A gestão de ativos envolve o monitoramento de todos os equipamentos de uma empresa, acompanhando sua performance e ciclo de vida para definir as melhores estratégias de manutenção para cada um.
Vamos entender melhor o que é a gestão de ativos, quais são seus quatro pilares e como implementar nas empresas. Boa leitura!
Veja também: Software para gestão automatizada de ativos
- O que é a gestão de ativos?
- Por que a gestão de ativos é importante?
- Quais normas falam sobre gestão de ativos?
- Como fazer uma gestão de ativos?
- Quais são os benefícios da gestão de ativos?
- Gestão de ativos e gestão da manutenção são a mesma coisa?
- Qual é o ciclo de vida dos ativos?
- Quais são os pilares da gestão de ativos?
- Como escolher uma estratégia de gestão de manutenção dos ativos?
- Como os aplicativos ajudam na gestão de ativos?
O que é a gestão de ativos?
A gestão de ativos é um conjunto de práticas com o objetivo de manter os bens da empresa preservados, através do acompanhamento do ciclo de vida dos equipamentos, desde a compra até o descarte.
É a gestão de ativos que proporciona mais controle sobre entradas, saídas e reposições de equipamentos, peças e maquinários. Por isso, está diretamente relacionada com a organização, manutenção e uso correto dos equipamentos.
Na gestão de ativos, as atividades mais comuns são:
- Acompanhamento e balanceamento de custos, materiais e mão de obra;
- Análise do nível de criticidade de um ativo;
- Identificação de oportunidades;
- Controle de riscos;
- Análise de desempenho de ativos;
- Cumprimento de legislações e normas técnicas;
- Gestão de frotas;
- Descarte.
O que são ativos?
Ativos são bens materiais, tangíveis ou intangíveis, que fazem parte do patrimônio de uma empresa. Exemplificando, podemos definir dois tipos de ativos:
- Ativos tangíveis: são aqueles que existem fisicamente, como equipamentos, máquinas, mobílias, veículos, etc;
- Ativos intangíveis: já os intangíveis não são materiais e sim intelectuais ou autorais, como licenças, marcas patenteadas, direitos de uso e propriedade, entre outros.
Ambos os tipos são considerados parte fundamental para o crescimento das empresas. Portanto, a gestão de ativos torna-se uma atividade indispensável para a saúde financeira, o bom desempenho e a expansão dos negócios.
Ao longo deste artigo, vamos focar especificamente na gestão de ativos tangíveis.
Por que a gestão de ativos é importante?
A gestão de ativos é essencial para que a empresa tenha controle total sobre seus equipamentos, tendo dados exatos sobre o inventário das máquinas, planos de manutenção para cada ativo, disponibilidade e acompanhamento de custos.
Vamos entender melhor porque a gestão de ativos é importante:
- Otimização de recursos e custos: a gestão eficaz de ativos permite que as empresas usem seus recursos de maneira mais eficiente, reduzindo desperdícios e maximizando o retorno sobre os investimentos. Isso é particularmente importante para ativos caros e críticos, como maquinário industrial ou infraestrutura;
- Confiabilidade e disponibilidade: um bom programa de gestão de ativos ajuda a garantir que os equipamentos estejam em condições ideais de operação, reduzindo o tempo de inatividade e evitando falhas inesperadas. Isso aumenta sua confiabilidade e disponibilidade, o que é crucial para a continuidade das operações;
- Redução de riscos: a gestão inclui a identificação e o controle de riscos associados aos ativos, ajudando a proteger a empresa contra falhas, acidentes, perdas financeiras e até danos à reputação;
- Cumprimento de regulamentações: muitas indústrias são altamente regulamentadas, e a gestão de ativos ajuda as empresas a manterem a conformidade com leis e normas, como requisitos ambientais, normas de segurança e outras. Isso evita multas, penalidades e problemas legais;
- Tomada de decisões baseada em dados: com uma gestão de ativos bem implementada, a empresa pode coletar e analisar dados sobre o desempenho de seus aparelhos ao longo do tempo, proporcionando uma tomada de decisões mais informada, baseada em evidências, para investimentos futuros, manutenção e operações;
- Sustentabilidade e responsabilidade ambiental: a gestão de ativos pode contribuir para práticas mais sustentáveis, otimizando o uso de recursos naturais, reduzindo o consumo de energia e minimizando o impacto ambiental dos ativos. Isso é cada vez mais importante em um mundo focado na sustentabilidade;
- Desempenho operacional: ao manter os ativos em boas condições, a gestão melhora o desempenho operacional geral, resultando em maior produtividade, melhor qualidade de produtos e serviços, e uma vantagem competitiva no mercado;
- Ciclo de vida: a gestão permite que as empresas planejem e gerenciem o ciclo de vida completo de seus ativos, desde a aquisição até a desativação. Esse processo inclui estratégias para prolongar a vida útil dos ativos e tomar decisões sobre quando renovar ou substituir;
- Valorização dos ativos: com uma gestão adequada, o valor dos ativos pode ser preservado ou até aumentado ao longo do tempo, especialmente em setores como imobiliário ou industrial, em que a manutenção e melhorias podem agregar valor;
- Inovação e crescimento: a gestão de ativos pode liberar recursos e criar oportunidades para inovação e crescimento, permitindo que a empresa invista em novas tecnologias, expanda operações ou explore novos mercados.
Quais normas falam sobre gestão de ativos?
Como uma forma de padronização para a gestão de ativos, existem normas técnicas internacionais que regulamentam e orientam como deve ser o controle nas empresas. Abaixo explicamos o que cada uma prevê:
- ISO 55000: define princípios e terminologias utilizados na gestão de ativos, estabelecendo uma referência para as outras normas;
- ISO 55001: essa, por sua vez, define os critérios de um Sistema de Gestão de Ativos para que ele seja integrado e eficaz;
- ISO 55002: atua como um guia completo para a implantação do Sistema de Gestão de Ativos citado na norma anterior.
Todas as normativas acima são emitidas pelo ISO (International Organization for Standardization), uma organização internacional para padronização e normatização de critérios.
Leia também: ISO 9001: o que é, como fazer e checklist para aplicação
Como fazer uma gestão de ativos?
Preparamos um passo a passo que te mostra como fazer a gestão de ativos da sua empresa de forma eficiente e assim alcançar os melhores resultados, olha só:
Faça um inventário dos ativos
A criação de um inventário é o que vai garantir o controle na gestão de ativos, pois, para que seja ela seja implementada, é necessário um mapeamento detalhado de todos os equipamentos, maquinários, ferramentas e sistemas da empresa.
O mapeamento deve vir acompanhado de dados para além da identificação do ativo, como data de compra, modelo, número de série, quantidade, localização, descrição técnica e estado de conservação. Veja um modelo de inventário de equipamentos em Excel que pode ser baixado gratuitamente:
É essencial que o inventário seja constantemente atualizado para incluir novas informações que contribuam para a criação de um histórico e sirvam como uma base de dados sobre cada ativo.
O Produttivo conta com um Kit Inventário de Máquinas e Equipamentos totalmente gratuito. Ele vem com um modelo em Excel, um modelo em Word e dicas de como utilizá-los na prática. Para ter acesso, é só clicar na imagem abaixo e fazer o download. Aproveite, é grátis!
Mantenha o time com colaboradores qualificados
É essencial que toda a equipe seja capacitada para operar os ativos e contribuir com a gestão, já que colaboradores sem as qualificações necessárias podem causar danos e prejuízos. Além disso, conte com especialistas na parte de gestão, formando uma equipe multidisciplinar que leve em consideração as necessidades do negócio e as características de cada equipamento.
Conte com uma solução tecnológica
Para não depender somente da sua equipe, invista em uma solução tecnológica para fazer o acompanhamento dos ativos e sua gestão. Existem sistemas digitais, como o Produttivo, que permitem cadastrar todos os equipamentos da empresa e agendar inspeções e manutenções de forma automática, tudo feito pelo computador ou aplicativo.
Assim, você otimiza o tempo dos colaboradores e ainda aproveita todas as vantagens da tecnologia, como relatórios digitais, sistemas de abertura de chamado, plano de manutenção automático, e muito mais.
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Implemente uma gestão de ativos eficaz e contínua
A gestão de ativos não acaba com o mapeamento de equipamentos e a análise de histórico. Uma vez que as devidas estratégias de gestão sejam implementadas, o processo precisa seguir de forma planejada e com foco na melhoria contínua. Para isso, as empresas devem criar normas e metas relacionadas à gestão de ativos e mobilizar os colaboradores a fim de prosseguirem com as mudanças, análises e experimentos.
Quais são os benefícios da gestão de ativos?
As vantagens de uma gestão de ativos começam com a coleta de dados e a criação de um histórico de informações sobre os equipamentos, que permitirão à empresa saber quais são as falhas mais comuns, o tempo de parada, o rendimento e o consumo energético de maquinários.
Em posse dessas informações, fica mais fácil para a empresa não só garantir mais controle sobre os bens, como criar planos de manutenção bem estruturados, que vão trazer benefícios de ponta a ponta no processo produtivo.
Abaixo separamos os principais resultados de empresas que fazem uma gestão de ativos eficiente:
Redução de custos
Um dos custos mais expressivos na gestão de ativos é o de manutenção corretiva, que precisa resolver um problema de forma imediata e por conta da urgência acaba demandando maiores investimentos.
Com um cronograma de manutenção implementado na gestão de ativos, os processos tornam-se mais organizados e padronizados. Assim, é possível estabelecer rotinas de manutenções que vão aumentar a vida útil do aparelho, melhorar consumos energéticos, identificar falhas antes de serem prejudiciais e reduzir o descarte e compra de novos equipamentos.
Aumento da produtividade
Paradas não programadas, ociosidade da equipe, manipulação incorreta e falta de manutenções, revisões e inspeções nos equipamentos são alguns dos principais motivos que levam a produtividade das empresas a cair.
Com a gestão de ativos, esses problemas são resolvidos de forma rápida, criando rotinas de manutenção com paradas estratégicas de ativos, treinamento de pessoal para a operação dos maquinários e preservação das boas condições de funcionamento do equipamento.
Aumento da disponibilidade
A disponibilidade é um indicador de manutenção que mede a proporção do tempo em que um equipamento está disponível para uso. Com a gestão adequada, a tendência é que o ativo fique cada vez mais disponível, já que sofre menos com paradas e suspensão das atividades.
Estabelecimento de prioridades
Quando a empresa lida com muitos equipamentos, pode ser difícil saber o que priorizar na hora de criar os planos de manutenção. A gestão de ativos ajuda a entender quais são os maquinários que não podem parar de funcionar e aqueles que apresentam risco em caso de falha, de modo que devem receber prioridade nos cuidados.
Alguns métodos que podem ser utilizados para fazer esse cálculo são o HRN e a matriz de criticidade.
Gestão de riscos e segurança do trabalho
Ativos defeituosos têm mais chance de causar acidentes e apresentar riscos aos trabalhadores e outras pessoas envolvidas na rotina da empresa. Invista na gestão de ativos para entender quais são os principais agentes de risco e quais medidas de prevenção e controle podem ser implementadas.
Isso pode envolver manutenção preventiva dos equipamentos, disponibilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), posicionamento de extintores, entre outros.
Controle da depreciação por departamento
A gestão de ativos também ajudará com um planejamento sobre a alocação de bens e recursos necessários a todos os setores da empresa. Dessa forma, as decisões serão mais assertivas sobre o que deve ser comprado e como a depreciação dos ativos pode ser controlada, priorizando o que é mais importante ao desenvolvimento organizacional.
Controle de estoque
Para empresas que trabalham com estoque de produtos e materiais, a gestão de ativos também ajuda a identificar a necessidade de compra de novos itens ou ainda a presença de excedentes que devem ser descartados.
Otimização do orçamento
Depois de conhecer como os ativos funcionam e entender quais são as principais demandas ao longo do tempo, como necessidade de compra de novos equipamentos, periodicidade de manutenções e trocas de peças, a previsibilidade orçamentária e o controle de custos tornam-se mais eficazes, ocasionando o melhor aproveitamento de recursos e a redução de desperdícios.
Conduta legal correta
A gestão de ativos também contribui com o cumprimento de normas regulamentadoras aplicáveis, garantindo conformidade com a legislação e evitando problemas com multas e autuações.
Conhecimento sobre o valor real da empresa
Em qualquer negócio, o conhecimento sobre a empresa é fundamental para o crescimento e melhoria de processos. Na gestão de ativos, o conhecimento adquirido está relacionado aos equipamentos e suas rotinas produtivas, nas quais são identificadas os bens mais importantes para a empresa e como funcionam.
Gestão da manutenção
A gestão da manutenção anda lado a lado com a gestão de ativos, como veremos logo abaixo. Com o conhecimento e o planejamento traçado a partir da gestão dos ativos, é mais fácil planejar a manutenção de forma estratégica, ou seja, que faça sentido conforme as necessidades do equipamento e da empresa.
Gestão de ativos e gestão da manutenção são a mesma coisa?
A gestão de ativos e a gestão da manutenção não são a mesma coisa. Embora estejam relacionadas, elas apresentam algumas diferenças, vamos entender melhor:
Gestão de ativos
A gestão de ativos é um conceito mais amplo e estratégico, que abrange a administração e otimização de todos os ativos de uma empresa ao longo de seu ciclo de vida. A manutenção está incluída na gestão de ativos, junto com o planejamento da aquisição, operação, melhoria e desativação dos equipamentos.
O principal objetivo é maximizar o valor dos ativos para as empresas, garantindo que eles contribuam para seus objetivos estratégicos e operacionais. Normalmente, a gestão de ativos envolve:
- Planejamento estratégico: como e quando investir em novos ativos;
- Análise de risco: controle de riscos associados aos ativos, como acidentes;
- Otimização de recursos: uso eficiente e econômico dos ativos;
- Ciclo de vida dos ativos: gestão desde a aquisição até a desativação.
Gestão da manutenção
A gestão da manutenção, por outro lado, é uma parte específica da gestão de ativos, focada na manutenção dos equipamentos para garantir que eles permaneçam em bom estado de funcionamento e cumpram suas funções ao longo de sua vida útil. A gestão da manutenção inclui:
- Manutenção preventiva: ações realizadas para evitar falhas antes que elas ocorram;
- Manutenção corretiva: reparos realizados após a ocorrência de falhas;
- Manutenção preditiva: uso de dados e análises para prever e prevenir falhas antes que aconteçam;
- Planejamento de manutenção: agendamento e execução de atividades de manutenção.
Portanto, a gestão de manutenção faz parte da gestão de ativos, mas esta abrange outras estratégias e cuidados relacionados às propriedades da empresa.
Qual é o ciclo de vida dos ativos?
Uma parte muito importante da gestão de ativos é o seu ciclo de vida. Mas você sabe como ele funciona? Calma, vamos te ajudar:
Planejamento
Antes de tudo, é preciso se planejar para entender como a aquisição do equipamento ou sistema irá solucionar as necessidades da empresa. Use essa etapa para definir os objetivos que quer alcançar e entender como os ativos podem ajudar.
Aquisição
Sabendo a importância do ativo para os objetivos da empresa, vamos iniciar a aquisição. Leve em consideração o preço de compra, mas também custos de manutenção, adaptações necessárias (como treinamentos ou alterações no espaço) e outros impactos relacionados, sejam eles financeiros ou não.
Uma vez que tenha considerado todos esses fatores e tomado a melhor decisão, faça a aquisição do ativo.
Operação e Manutenção
A etapa mais longa do ciclo de vida é a de operação e manutenção. Após a aquisição, o ativo deve ser instalado e então começar a operar.
Ao longo do ciclo de vida, serão necessárias intervenções como manutenção, atualização ou outras modificações. É importante fazer as mudanças conforme necessário se isso atender às demandas da empresa. Em alguns casos, é mais vantajoso reparar o equipamento para que volte à operação. Em outros, pode ser mais interessante descartá-lo e adquirir um novo, iniciando todo o processo novamente.
Descarte
Por fim, o descarte é a etapa final do ciclo de vida de um ativo, quando ele encerra sua vida útil. Isso não quer dizer que o equipamento deixou de funcionar, apenas que, por algum motivo, ele não é mais vantajoso para a empresa.
Pode ser porque seu uso não é mais necessário, porque o custo de manutenção se tornou muito alto, entre outros motivos.
Caso o descarte ocorra porque o equipamento não é mais funcional, é preciso fazer a destinação correta dos resíduos. Mas se o equipamento estiver operando e só não for mais necessário, é possível revender ou realocar o ativo.
Quais são os pilares da gestão de ativos?
A gestão de ativos pode ser aplicada através de diferentes métodos. Um dos mais conhecidos e usados é o PDCA, que significa planejar, fazer, checar e agir.
As quatro etapas do PDCA foram pensadas de forma a garantir uma melhoria contínua e cíclica de processos. Entenda como implementá-la na sua gestão de ativos:
Planejamento
A primeira etapa consiste na criação de um plano de ativos, começando pelo mapeamento e cadastro deles.
Para os ativos tangíveis, como maquinários, uma classificação comum é: marca, modelo, idade/ vida útil, estado de conservação, custo de um ativo novo, valor de depreciação, histórico de paradas, falhas, manutenções, serviços e outros dados de identificação.
Além disso, registre também o nível de criticidade de cada ativo, destacando aqueles que merecem maior atenção.
A partir dessas informações mapeadas, você pode iniciar o plano de gestão de ativos, começando pela criação de objetivos. Alguns exemplos:
- Reduzir falhas e paradas;
- Aumentar a confiabilidade e segurança dos ativos;
- Minimizar desperdícios e/ ou custos para a empresa;
- Melhorar a gestão de riscos;
- Reduzir o impacto ambiental;
- Entre outros.
Depois, é a hora definir quais ações você vai realizar para atingir esse resultado e o impacto de cada uma delas. Alguns exemplos:
- Ajustes no cronograma de manutenção e inspeção;
- Aquisição de novos equipamentos, marcas e modelos;
- Descarte e renovação;
- Investimento em novas tecnologias
- Outros.
Um bom plano de ativos deve também mapear ações de emergência para ativos de nível crítico, além de identificar possíveis falhas.
Execução
Com os objetivos e planos de ação traçados, chegou a hora da execução das ações mapeadas no planejamento.
Se você decidir adquirir novos equipamentos, por exemplo, comece pesquisando modelos que atendam a critérios como:
- Eficiência energética;
- Avanço tecnológico;
- Custos menores de ciclo de vida;
- Baixa capacidade de sobrecarga.
Outro exemplo de ação é o ajuste de cronogramas de manutenção. Comece definindo as datas das manutenções com base no seu histórico e também das recomendações do fabricante. Insira tudo em um calendário e acompanhe a execução por meio de ordens de serviço e checklists.
No processo de execução, é essencial que tudo seja documentado. Por isso, não deixe de registrar a mudança realizada e a qual objetivo ela atende. Na etapa seguinte, você conseguirá medir os resultados das alterações executadas aqui.
Verificação de indicadores
Por meio dos indicadores, você consegue validar se as ações definidas estão atendendo aos seus objetivos. Por exemplo: vamos supor que na primeira etapa você tenha definido o objetivo de redução de falhas e paradas e, para isso, você mapeou como ação principal o ajuste no cronograma de inspeção.
Aqui, na terceira fase, você vai colher alguns números para identificar se realmente as falhas e paradas estão diminuindo. Nesse caso, você pode resgatar seu histórico de ordens de serviço e checklists.
Lembre-se: só será possível mensurar o que estiver documentado.
Alguns indicadores comuns de gestão de ativos são:
- Análise de riscos: é obtido pela comparação do desempenho dos equipamentos, que identifica possíveis vulnerabilidades ou desgastes que possam causar impactos a longo prazo;
- Custo do ciclo de vida do ativo: é a soma de todos os custos que um ativo trouxe para a empresa, passando por todas as etapas, desde a aquisição até o descarte;
- Cálculo das taxas de falhas: precisa ser analisado regularmente, pois através dele é possível saber a periodicidade das manutenções, o tempo médio de cada uma e a vida útil de cada equipamento.
Você pode calcular alguns indicadores de manutenção de forma automática com essa planilha gratuita do Produttivo, olha só:
Ela faz parte do Kit Indicadores de Manutenção, que calcula automaticamente os principais indicadores da sua operação. É só fazer o download e substituir com as suas informações.
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Aprimoramento
Para garantir uma boa gestão de ativos, com melhorias e resultados é preciso aprimorar os processos. Por esse motivo, essa fase funciona como uma avaliação, na qual todas ações são revistas acompanhadas de questionamentos, como:
- O que deu certo?
- O que deu errado?
- O que poderia melhorar?
As respostas a essas perguntas vão guiar os próximos planos de ação.
E para assegurar que esse seja de fato um processo cíclico e todas as etapas sejam constantes, é primordial uma política de gestão de ativos, que nada mais é do que um documento que comprova o compromisso da empresa e dos colaboradores com a gestão. Nesse documento, as responsabilidades e deveres de cada um podem ser incluídos.
Como escolher uma estratégia de gestão de manutenção dos ativos?
Escolher a estratégia de gestão de manutenção adequada para os ativos é uma decisão importante que impacta a eficiência operacional, a longevidade dos equipamentos e os custos associados.
Para determinar a melhor estratégia, é necessário considerar uma série de fatores, incluindo o tipo de ativo, sua criticidade para as operações, o ambiente operacional, os recursos disponíveis e as metas da empresa.
Separamos algumas dicas que podem ajudar, confira:
Compreensão dos tipos de manutenção
Em primeiro lugar, é preciso entender que existem diferentes tipos de manutenção e que cada um é indicado para uma situação diferente. Ainda é possível combinar diferentes tipos de manutenção conforme a estratégia da empresa.
Vamos conhecer os principais:
- Manutenção corretiva: também chamada de manutenção não planejada, é realizada após a falha do ativo. É adequada para ativos de baixo custo ou não críticos, em que o impacto da falha é mínimo;
- Manutenção preventiva: é realizada em intervalos regulares e pré-definidos com o objetivo de evitar falhas. É indicada para ativos críticos, em que a falha pode ter consequências significativas;
- Manutenção preditiva: baseia-se em dados coletados sobre a condição do ativo, permitindo identificar tendências e assim prever falhas antes que ocorram. É usada para ativos de confiabilidade crítica, com alto custo associado às falhas;
- Manutenção Centrada em Confiabilidade (RCM): é um processo sistemático que busca determinar as necessidades de manutenção de ativos com base em sua criticidade e modos de falha. É mais utilizada em ambientes complexos e de alto risco;
- Manutenção condicional: é feita com base na condição real do ativo, monitorado através de inspeções regulares ou tecnologia de acompanhamento, como IoT.
Análise dos ativos
Conhecendo os tipos de manutenção, vamos fazer a análise dos ativos para definir quais devem receber qual estratégia. Para isso, considere:
- Criticidade do ativo: avalie a importância de cada ativo para as operações da empresa. Ativos críticos (aqueles cuja falha causaria interrupções significativas ou riscos à segurança) podem exigir estratégias mais rigorosas, como manutenção preditiva ou preventiva;
- Custo de falha: considere os custos associados à falha do ativo, incluindo reparos, tempo de inatividade, perda de produção e impacto na qualidade. Ativos com alto custo de falha geralmente justificam uma abordagem mais preventiva;
- Ciclo de vida: identifique em que fase do ciclo de vida o ativo se encontra. Ativos novos podem precisar de manutenção preventiva para evitar o desenvolvimento de falhas, enquanto ativos mais antigos podem se beneficiar de uma abordagem preditiva ou centrada em confiabilidade.
Recursos disponíveis
Em seguida, é preciso avaliar os recursos à disposição da empresa, como:
- Determine se a empresa possui ou pode adquirir as tecnologias necessárias para implementar estratégias avançadas, como sensores, software de análise, sistemas, entre outros;
- Avalie a disponibilidade e a qualificação da equipe de manutenção. Algumas estratégias, como RCM, exigem equipes altamente qualificadas para análise e execução;
- Considere os custos associados a cada estratégia, incluindo a implementação, treinamento, tecnologia e mão de obra. Equilibre o investimento necessário com os benefícios potenciais.
Análise de Modos de Falha e Efeitos (FMEA)
Uma metodologia que pode ajudar na escolha da melhor estratégia é a FMEA, ou Análise de Modos de Falha e Efeitos. Utilize a FMEA para identificar como e por que os ativos podem falhar. Isso ajuda a entender as causas das falhas e a escolher a estratégia de manutenção mais eficaz para preveni-las.
Após a análise, determine o impacto de cada modo de falha nas operações e na segurança. Modos de falha com impacto alto podem justificar uma manutenção preventiva ou preditiva.
Definição de metas de manutenção
Lembra-se dos indicadores de manutenção que mencionamos anteriormente? Eles podem servir como base para a definição de metas, incentivando a empresa a atingir resultados saudáveis.
Alguns indicadores que podem ser avaliados são:
- Confiabilidade;
- MTBF e MTTR;
- CPMV;
- Disponibilidade.
Implementação e ajustes
Agora chegou a hora da implementação da estratégia escolhida. Primeiro, teste a estratégia de manutenção selecionada em uma pequena parte da operação ou em ativos específicos antes de expandir para toda a organização.
Então, monitore os resultados da estratégia escolhida, medindo indicadores-chave relevantes. Com base no desempenho observado, ajuste a estratégia conforme necessário. A manutenção é um processo contínuo e pode precisar de refinamentos ao longo do tempo.
Melhoria contínua
Por fim, faça revisões periódicas da estratégia de manutenção para garantir que ela continue alinhada com as necessidades operacionais e os objetivos da sua empresa.
Fique de olho também em inovações tecnológicas que possam melhorar a eficiência e eficácia da manutenção, como novas ferramentas de análise de dados ou avanços em IoT.
Documentação e treinamento
Não se esqueça de documentar detalhadamente a estratégia escolhida e os procedimentos de manutenção para garantir consistência e conformidade. Além disso, garanta que a equipe de manutenção esteja bem treinada na estratégia escolhida e nas ferramentas necessárias para sua execução.
Como os aplicativos ajudam na gestão de ativos?
Os aplicativos de gestão de ativos contribuem para controle dos equipamentos e serviços de forma confiável e automatizada.
Aplicativos como o Produttivo permitem:
- Cadastrar ativos, locais e clientes com informações completas e que podem ser acessadas com um clique;
- Criar ordens de serviço, checklists, relatórios e outros formulários digitais, para registrar a manutenção e outras etapas da gestão de ativos;
- Agendar planos de manutenção automaticamente, assim sua equipe não perde prazos e ainda recebe alertas no celular;
- Receber chamados dos clientes;
- Acompanhar indicadores como performance dos ativos, volume de trabalho, histórico de serviços prestados e muito mais.
O aplicativo do Produttivo é ideal para ser usado pela equipe de campo via celular ou tablet, enquanto a gestão pode acompanhar tudo isso pelo painel web, que pode ser acessado de qualquer lugar.
Além disso, todas as informações ficam armazenadas em nuvem e podem ser acessadas depois, permitindo a consulta e a criação de histórico que contribuem para a avaliação da efetividade da gestão de ativos.
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