Plano de manutenção: o que é e como elaborar um [Guia+Modelo]

Você sabe para que serve um plano de manutenção? É um planejamento auxilia no controle de qualidade dos equipamentos, evitando desgastes e prolongando a vida útil deles. 

O plano de manutenção leva em consideração as necessidades de cada ativo, permitindo agendar com antecedência as manutenções necessárias para potencializar seu funcionamento e minimizar os danos causados por eventuais paradas.

A seguir, veja a importância do plano de manutenção e como fazer um cronograma eficiente para o seu negócio.

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O que é um plano de manutenção?

O plano de manutenção mapeia quais tipos de manutenções são necessários em um determinado período para garantir a saúde e qualidade de um equipamento ou ativo.

Em um cronograma são colocados quais serviços devem ser realizados e a periodicidade indicada para cada um (manutenções semanais, quinzenais, trimestrais, semestrais e por aí vai).

Todas essas informações auxiliam no planejamento para que o ativo tenha menos chances de apresentar defeito por falta de manutenção. Além disso, o plano deixa eventuais intervenções previamente agendadas e reduz o impacto causado pela suspensão das atividades quando a manutenção ocorrer.

Por isso, antes de iniciar a elaboração do seu plano de manutenção, é importante entender as diferenças sobre os tipos de manutenção:

Manutenção Preditiva

Esse tipo de manutenção utiliza análises e medidores para prever eventuais falhas. Entre as medições está a vibração e temperatura do equipamento.

A partir do monitoramento do sistema, a manutenção preditiva estabelece os parâmetros adequados de funcionamento, prevendo quando os defeitos irão ocorrer e permitindo agendar a correção com antecedência.

Embora seja mais cara que as outras manutenções, a preditiva é ideal para indústrias e outros segmentos que operam com maquinário de alto custo, pois prioriza sua performance mesmo quando não apresenta erros de funcionamento.

Manutenção Preventiva

A manutenção preventiva é feita periodicamente para analisar o funcionamento do equipamento e identificar a necessidade de correção. Ela é definida com base em tempo ou produção. Por exemplo: 

  • Tempo: trocar filtro a cada 3 meses, independentemente da quantidade de usos;
  • Produção: após 10.0000 km rodados, realizar troca de óleo.

Para saber quais parâmetros de tempo e produção usar, é recomendado acompanhar as indicações dos fabricantes e o histórico de uso do equipamento. Diferente da manutenção preditiva, a preventiva pode ser aplicada em qualquer setor para apontar peças que necessitam de reparo ou troca antes que comecem a prejudicar a operação.

Manutenção Corretiva

Quando um ativo ou peça apresenta falhas de funcionamento, a manutenção corretiva é responsável por reparar esse defeito e estabelecer seu desempenho.

Muitas vezes ela pode ser evitada com a realização de preventivas frequentes, já que estas normalmente permitem identificar o problema antes que cause impacto no equipamento.

Justamente por ser realizada apenas quando o defeito já está instaurado, a corretiva tende a ser mais onerosa, muitas vezes exigindo o desligamento do ativo e interrupção do seu funcionamento até a solução da falha.

Manutenção Planejada

A manutenção planejada é um tipo de corretiva realizada em ativos ou peças com uma vida útil pré-estabelecida e que portanto presumem a necessidade de manutenção para continuar seu funcionamento. É o caso de aparelhos que necessitam de troca dos filtros com intervalo regular de tempo, independentemente de apresentarem falha ou não.

Enquanto a preventiva busca identificar problemas ainda no início para resolvê-los o quanto antes, a manutenção planejada já considera o eventual aparecimento da falha e também sua correção.

Leia também: Controle de equipamentos: 8 dicas para fazer o seu

A importância de ter um plano de manutenção

O plano de manutenção é uma ferramenta muito importante para que gestores e operadores não sejam pegos desprevenidos. Embora esteja diretamente relacionado ao desempenho de equipamentos, o planejamento (ou sua ausência) pode afetar departamentos inteiros e até a empresa como um todo.

Imagine um frigorífico que foi surpreendido por um defeito no seu sistema de climatização: uma falha de funcionamento pode prejudicar toda a mercadoria, causando prejuízos ao negócio, inconvenientes ao consumidor e riscos aos trabalhadores, já que a carne não refrigerada pode ser contaminada.

Por outro lado, se o frigorífico em questão tiver um plano de manutenção, é possível planejar vistorias com antecedência, assim identificando e corrigindo potenciais falhas antes que levem à suspensão do sistema.

Um plano adequado também permite que a empresa se organize para que, nos dias em que o desligamento for inevitável, haja a estrutura necessária para que o prejuízo seja o mínimo possível.

Vantagens e benefícios para sua empresa

Além de ser benéfico para os ativos, o plano de manutenção também auxilia no desempenho da sua empresa, olha só:

Diminui o número de falhas

Se o equipamento estiver com a manutenção em dia, ele tem menos chance de apresentar falhas. Com isso, não interrompe o fluxo de trabalho por defeitos e os riscos de uma parada total são menores.

Melhora a vida útil dos equipamentos

Outra vantagem da preventiva para redução de falhas é que as manutenções ajudam a prolongar a vida útil dos ativos, permitindo seu funcionamento por mais tempo até que haja a necessidade de substituição.

Quando o plano de manutenção é feito corretamente, é possível se antecipar às falhas e protelar o desgaste do equipamento ao máximo, garantindo melhor aproveitamento.

Aumenta a segurança dos operadores

Ativos defeituosos apresentam maior risco para a saúde e segurança dos colaboradores envolvidos.

O cumprimento das normas de segurança do trabalho garantem que a empresa esteja agindo em conformidade com a lei, traz mais bem-estar para os funcionários e evita os inconvenientes de um acidente de trabalho, que vão de afastamento do operador até processos judiciais.

Reduz custos

Se você já teve que lidar com a manutenção não planejada de um ativo, sabe que além de ser mais cara, as corretivas ainda interrompem seu funcionamento, trazendo novos custos à empresa pelo tempo ocioso ou atraso.

Com o planejamento da manutenção, é possível:

  • Identificar danos que ainda não ocorreram, diminuindo o gasto causado com sua correção;
  • Estar preparado(a) para a manutenção corretiva, permitindo a elaboração de um cronograma alternativo de trabalho e evitando inatividade durante aquele período;
  • Prolongar o tempo de funcionamento do equipamento, reduzindo a necessidade de troca e assim diminuindo os custos causados pela substituição.

Economia de energia

Assim como ocorre a redução de custos, a implementação de um plano de manutenção adequado pode auxiliar sua empresa na economia de energia. Isso porque equipamentos defeituosos tendem a usar mais energia, de modo que sua correção traz ainda mais economia para a empresa.

Como fazer um plano de manutenção em 6 passos?

A seguir separamos o passo a passo de como fazer seu plano de manutenção e adaptá-lo para as necessidades da sua empresa.

Passo 1: mapeamento dos equipamentos

É o que chamamos de Inventário de Máquina e Equipamentos, com o objetivo de auxiliar no controle interno, contábil ou registro para um posterior serviço que será realizado.

É extremamente importante mapear e armazenar informações sobre os equipamentos, pois assim a equipe em campo ganha mais agilidade na realização das tarefas e consegue aplicar planos de ações mais assertivos. 

Entre as principais informações que devem ser recolhidas pelo mapeamento dos equipamentos estão:

  • Identificação única do equipamento;
  • Fabricante;
  • Modelo;
  • Especificação;
  • Local.
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Passo 2: mapeamento dos serviços e procedimentos para cada equipamento

Tendo a listagem dos equipamentos em mãos, é preciso identificar qual tipo de manutenção é mais indicado para cada um.

É possível planejar mais de um tipo de serviço para o mesmo ativo, como manutenção preventiva semestral (para verificar a saúde geral do equipamento) e manutenção planejada anual (para realizar uma troca ou limpeza necessária mesmo sem o uso).

O mapeamento dos serviços deve estar diretamente ligado às necessidades do ativo, que é indicado pelo fornecedor do equipamento.

Passo 3: planejamento das rotinas de manutenção com data, responsável e recursos necessários

Criar um calendário de atividades pré-estabelecido com os responsáveis (gerentes de manutenção, técnicos de manutenção e outros colaboradores envolvidos no dia a dia dos ativos) é fundamental para um plano eficaz.

Antes de elaborar esse calendário, é importante saber a prioridade de cada equipamento no plano de manutenção. Para definir essa prioridade, utiliza-se uma tabela de pontuação que define o nível de criticidade do equipamento.

Os seguintes critérios são alguns exemplos de como listar o que é necessário e definir sua pontuação conforme a importância de cada atividade. Considere três níveis de pontuação, 10, 20 e 30:

  • Tempo de reparo: é o tempo gasto com cada ação corretiva em que quanto maior o tempo empregado no reparo, maior a pontuação; 
  • Grau de utilização: considere a frequência em que o ativo é usado, equipamentos pouco utilizados devem pontuar menos;
  • Perdas: qual o impacto na perda do produto/ impossibilidade de execução do serviço em caso de parada do ativo (se o impacto for alto, a pontuação também deve ser);
  • Número de paradas: quantas vezes a máquina apresentou defeitos que levaram à suspensão da operação, sendo que o número de paradas é proporcional aos pontos.

Somando os itens acima, você obtém uma pontuação que permite classificar seus ativos em três categorias, em que A é mais crítica (portanto, maior pontuação na soma):

  • Categoria A: nível mais crítico, exige prioridade na manutenção, principalmente preventiva e preditiva;
  • Categoria B: intermediário, requer atenção e deve priorizar a manutenção preventiva, seguida de corretiva;
  • Categoria C: tem menor impacto no caso de danos, por isso pode depender apenas da manutenção corretiva não planejada.

Em caso de “empate” na categorização do equipamento, você também pode medir o impacto causado na segurança e saúde dos funcionários, danos ao meio ambiente, custos gerados ou outros critérios que achar relevante para o seu caso.

Passo 4: elabore um orçamento

Outro ponto para considerar junto com o passo anterior é o orçamento disponível para as manutenções. Você pode comparar o custo da manutenção com o gasto gerado em caso de defeito no equipamento para definir as prioridades.

Passo 5: treinamento da equipe

Um passo que nem todos preveem, mas que é extremamente necessário, é a capacitação dos colaboradores. O treinamento adequado contribui para que as rotinas de manutenção dos equipamentos sejam de excelência, garantindo o máximo de eficiência e a satisfação do cliente.

Não só para empresas com equipes grandes, mas também para pequenas empresas e profissionais autônomos, o conhecimento e preparo se tornam um diferencial de mercado. Busque orientar sua equipe quanto ao tipo de manutenção mais indicado para cada caso para que os funcionários também estejam envolvidos no processo.

Passo 6: acompanhamento de indicadores

É importantíssimo acompanhar o desenvolvimento do plano e ver os resultados que estão sendo alcançados. Alguns dos indicadores para considerar:

→ Produção e tempo de atendimento dos técnicos;

→ Disponibilidade dos equipamentos contemplados no plano;

→  Não conformidades por equipamento ao longo do tempo

→ Frequência de falhas e da necessidade de corretivas emergenciais;

→ Redução de acidentes;

→ Menos gastos com corretivas não planejadas.

Você pode até criar metas no seu plano de manutenção. Por exemplo: reduzir em 20% o número de chamados corretivos por meio de uma periodicidade maior nas preventivas. Assim, ao longo do plano de manutenção, você pode acompanhar esse indicador e verificar se está dentro da meta.  

Por que automatizar o plano de manutenção?

Conforme vimos neste artigo, são muitos pontos para incluir na hora de elaborar o plano de manutenção, o que pode acarretar em ainda mais trabalho no planejamento. 

Alguns aplicativos para plano de manutenção, como o Produttivo, ajudam a montar um cronograma e reúnem dados confiáveis sobre as ações que serão realizadas pela sua equipe.

Você pode usar o recurso de planejamento de atividades para agendar serviços automaticamente, com alertas integrados à agenda dos técnicos e histórico vinculado ao ativo para consulta.

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