Técnico realizando a gestão de riscos

Gestão de riscos na segurança do trabalho: como fazer?

A gestão de riscos é essencial para todas as empresas, especialmente as que atuam em segmentos que apresentam ameaças à saúde e integridade física dos trabalhadores. É por meio dela que os perigos são identificados e tratados.

A seguir, entenda a importância da gestão de riscos para segurança do trabalho e veja modelos digitais de relatórios e checklists que podem ajudar no controle dos agentes de risco.

Veja também: Checklist digital de Segurança do Trabalho para registrar os riscos identificados no ambiente

O que é gestão de riscos?

A gestão de riscos é um processo que envolve a identificação, análise, avaliação e controle dos perigos que um ambiente apresenta. Seu objetivo é minimizar as potenciais consequências negativas dos eventos, enquanto maximiza as oportunidades que podem surgir.

A gestão de riscos é uma prática crucial para empresas, ajudando a garantir que estejam preparadas para enfrentar desafios inesperados e a aproveitar oportunidades quando surgirem. Ela é especialmente importante em setores onde a incerteza é alta, como finanças, saúde, tecnologia e gestão de projetos.

Além disso, a gestão de riscos pode ser usada para prevenir e controlar riscos à segurança e à saúde, principalmente em ambientes que lidam com insalubridade e periculosidade. Por isso, é essencial para a segurança do trabalho.

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Qual a importância da gestão de riscos?

A gestão de riscos é fundamental para empresas de todos os tipos, especialmente as que lidam com questões relacionadas à segurança do trabalho. Vamos conhecer algumas das principais razões pelas quais a gestão de riscos é importante:

Desenvolvimento de mentalidade de risco

A gestão de riscos não apenas trabalha com os perigos encontrados durante a análise, mas também estimula o desenvolvimento da mentalidade de risco, incentivando gestores e colaboradores a notar potenciais riscos de forma proativa e espontânea.

Leia também: Mapa de Riscos: o que é, para que serve e quais são os tipos?

Maior probabilidade de sucesso

Com a gestão de riscos, a empresa aumenta suas chances de sucesso, já que esse processo é um aliado na hora de tomar grandes decisões, como expansão das atividades. Sabendo dos riscos, é mais fácil evitá-los e assim garantir que as empreitadas sejam bem-sucedidas.

Redução de custos

Medidas preventivas tendem a ser mais baratas que ações corretivas. Portanto, invista na gestão de riscos proativa para prevenir as ocorrências e assim evitar os custos relacionados, como multas, manutenção corretiva emergencial, ociosidade e suspensão das atividades, entre outros.

Satisfação das partes interessadas

Quando sua empresa prioriza a segurança, a satisfação de clientes, investidores e trabalhadores é garantida, já que as partes interessadas estão cientes dos riscos e sabem das medidas de prevenção e controle aplicadas.

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Aumento da competitividade

Uma boa gestão de riscos pode contribuir para a construção e manutenção da reputação e confiança da empresa. As partes interessadas, como clientes, investidores e parceiros, têm mais confiança em uma empresa que demonstra uma abordagem sólida e proativa em relação aos riscos.

Cria novas oportunidades

A gestão de riscos não trata apenas de evitar ameaças; também envolve a identificação e aproveitamento de oportunidades. Ao compreender os riscos associados a novas iniciativas, as empresas podem tomar medidas para maximizar benefícios potenciais.

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Quais são os tipos de riscos para uma empresa?

Existem diferentes tipos de risco aos quais uma empresa está sujeita, vamos conhecer os principais:

Riscos financeiros

A gestão de riscos é indicada para prevenir e controlar riscos financeiros, como possibilidade de fraudes, falência e prejuízo em empresas que irão passar por algum tipo de mudança, como merge.

Riscos operacionais

Caso a empresa esteja passando por algum problema de logística ou operação, a gestão de riscos ajuda a identificar pontos de atenção e mensurar as consequências dos riscos operacionais apresentados.

Riscos estratégicos

Já os riscos estratégicos são aqueles relacionados à estratégia de longo prazo da empresa, tais como concorrentes, mudanças (nas leis pertinentes ou no comportamento do mercado), entre outros.

Riscos de compliance

Os riscos de compliance são aqueles relacionados à conformidade com a legislação e regras internas da empresa, em que o não cumprimento pode levar a penalidades como multas.

Riscos ambientais

Já os riscos ambientais são aqueles apresentados pelo meio ambiente, como desastres naturais. Alguns exemplos são tempestades, furacões ou ciclones, nevascas, entre outros.

Leia também: RIMA: o que é Relatório de Impacto Ambiental?

Riscos cibernéticos

Para empresas em que a proteção de dados é prioridade, a gestão de riscos cibernéticos auxilia na identificação de pontos de vulnerabilidade.

Riscos no ambiente de trabalho

A gestão de riscos é o primeiro passo para conhecer todos os agentes nocivos do ambiente de trabalho, implementar medidas de prevenção a acidentes e doenças ocupacionais, e elaborar documentos exigidos por lei, como o LTCAT e o modelo de PGR.

É possível que um único agente de risco se encaixe em mais de uma categoria, daí a importância de uma gestão de riscos que considere não apenas o perigo em si, mas outras variáveis, como gravidade e probabilidade.

Qual é a norma regulamentadora sobre gestão de riscos?

As normas regulamentadoras determinam que cada segmento faça sua própria análise preliminar de risco, conforme as diretrizes de cada NR. Além disso, a organização internacional ISO (International Organization for Standardization) também estabelece algumas normas para a realização da gestão de riscos, vamos conhecê-las:

ISO 9001

A ISO 9001 é uma norma internacional de gestão da qualidade. Amplamente reconhecida e adotada globalmente, a norma é projetada para ajudar as empresas a garantir a entrega de produtos e serviços de alta qualidade, atendendo às expectativas dos clientes e promovendo a melhoria contínua. A gestão de riscos faz parte desse processo, apontando os perigos que podem prejudicar a qualidade da empresa.

Para ajudar no registro e controle da gestão da qualidade, uma opção é investir em um modelo de checklist, como o checklist ISO 9001 elaborado e preenchido dentro do sistema Produttivo:

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ISO 31000

Já a ISO 31000 é uma norma internacional que trata especificamente da gestão de riscos. Ela estabelece princípios, estrutura e um processo abrangente para a gestão de riscos em qualquer tipo de empresa, setor ou atividade.

A norma não especifica requisitos para a certificação, mas oferece um guia que pode ser adaptado para atender às necessidades específicas de cada empresa, ajudando no desenvolvimento e implementação de um sistema de gestão de riscos eficaz.

Quais são os elementos que compõem o risco?

Antes de iniciar o processo de gestão de riscos, é preciso conhecer os elementos que compõem o risco. Vamos entender melhor:

  • Ameaça ou evento: o elemento inicial do risco é a ameaça ou evento causador dos danos, desde erros operacionais e falhas técnicas a fenômenos como incêndios ou acidentes de trabalho;
  • Probabilidade: já a probabilidade se refere às chances do evento ou ameaça se concretizar. É preciso calcular a probabilidade da situação ocorrer antes de traçar medidas de prevenção e controle;
  • Impacto: o impacto são as consequências que o evento ou ameaça terá na empresa caso venha ocorrer. Também está relacionado à gravidade da situação;
  • Tempo: o elemento tempo leva em consideração que o momento em que o evento ocorre pode impactar na probabilidade e no impacto. No caso de uma falha em equipamento, por exemplo, o impacto é muito maior se o problema ocorrer no início do expediente do que se a falha acontecer ao final do dia;
  • Contexto: já o contexto tem a ver com o ambiente em que a ameaça ocorre, impactando na gestão de riscos como um todo;
  • Controle: por fim, o controle são as medidas tomadas para mitigar os riscos.
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Quais são os princípios da gestão de riscos?

A ISO 31000, que citamos anteriormente, estabelece alguns princípios para a gestão de riscos. São eles:

  • Integração: a gestão de riscos deve estar integrada a todas as atividades realizadas pela empresa e seus colaboradores;
  • Abordagem estruturada: a abordagem utilizada na gestão de riscos deve ser bem estruturada, aderente ao segmento da empresa e levando em consideração todos os riscos identificados;
  • Personalização: além de bem estruturada, a gestão de riscos deve ser personalizada ao contexto da empresa;
  • Inclusão das partes interessadas: todas as partes interessadas, como funcionários, gestores, investidores e clientes, devem estar incluídas na elaboração e implementação da gestão de riscos;
  • Dinamismo: a gestão de riscos deve estar sempre em atualização, levando em consideração novos riscos que podem aparecer e novas estratégias para lidar melhor com esses perigos;
  • Baseada na melhor informação disponível: sua gestão de risco deve ser sempre baseada em dados e fatos, não em achismos. Quanto melhor a informação disponível, mais eficaz será a gestão de riscos;
  • Consideração de fatores humanos e culturais: a gestão de riscos deve levar em consideração fatores humanos e culturais, já que estes impactam tanto nos riscos em si quanto nas medidas preventivas a serem aplicadas;
  • Melhoria contínua: por último, o processo de gestão de riscos deve priorizar a melhoria contínua, buscando se manter atualizado e cada vez mais eficaz.

Como implementar a gestão de riscos na empresa?

A gestão de riscos precisa ser implementada corretamente para que seja eficaz. Separamos algumas dicas de como fazer esse processo, olha só:

Organize o ambiente

O primeiro passo para a gestão de riscos é organizar o ambiente, definindo quais áreas serão analisadas, quem será o responsável e outras questões que ajudem na organização do processo antes que ele seja colocado em prática.

Identifique os riscos

Este é o primeiro passo da parte prática da gestão de riscos, em que os riscos potenciais são identificados. Essa etapa pode envolver uma análise detalhada de processos, atividades, eventos e fatores externos que podem afetar a empresa.

Avalie os riscos

Após a identificação, os riscos são analisados para entender sua natureza, probabilidade de ocorrência e potencial impacto. Isso muitas vezes envolve a classificação dos riscos com base em sua gravidade e probabilidade, o que ajuda a priorizar os riscos, concentrando esforços e recursos nos que têm maior probabilidade de ocorrer e/ ou maior impacto.

Desenvolva um plano de gestão de riscos

Depois de avaliar os riscos, é preciso desenvolver estratégias para lidar com eles. Alguns exemplos são a mitigação dos riscos, a transferência de parte ou todo o risco para terceiros (como seguradoras), a aceitação do risco com um plano de ação, e até a eliminação do risco, se possível.

Comunique o plano de gestão de riscos

Não basta que o modelo de plano de ação definido fique no papel — é preciso comunicá-lo a todas as partes interessadas, principalmente as que são mais afetadas pelos perigos abordados.

No caso da segurança do trabalho, comunicar o plano de gestão de riscos é uma forma de conscientizar a equipe, para que todos estejam cientes dos riscos e saibam como proceder em caso de ocorrência.

Uma forma de fazer essa comunicação é por meio dos diálogos diários de segurança, ou DDS. O Produttivo conta com um material gratuito que vem com um cronograma de DDS em Excel e Word, ficha para controle de presença e e-book com dinâmicas, ideal para auxiliar na conscientização dos colaboradores.

Para ter acesso aos materiais do Kit DDS, é só clicar na imagem abaixo e aproveitar os conteúdos para repassar o plano de gestão de riscos para a sua equipe!

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Implemente o plano de gestão de riscos

Após o desenvolvimento e comunicação do plano de gestão de riscos, ele deve ser cuidadosamente implementado na empresa. Lembre-se que ele deve alcançar a empresa como um todo, e abordar todos os riscos encontrados na avaliação inicial.

Você pode elaborar diferentes planos de ação para cada departamento ou para cada tipo de risco encontrado, facilitando a implementação.

Leia também: Plano de ação 5W2H: conceito, vantagens e como fazer

Monitore e revise continuamente o plano de gestão de riscos

A gestão de riscos é um processo contínuo. É essencial monitorar os riscos ao longo do tempo, revisar as estratégias de controle e ajustar as abordagens conforme necessário. Novos riscos também podem surgir, exigindo uma adaptação contínua.

O que é incerteza na gestão de riscos?

A gestão de riscos envolve um princípio chamado incerteza, que consiste na limitação de informações sobre o risco. Quando se sabe pouco sobre o risco, é mais difícil prever a probabilidade, estimar o impacto e definir quais são as medidas de prevenção e controle mais indicadas.

Mas não se preocupe, é possível medir a incerteza para entender melhor os riscos. Continue lendo para saber como!

Como medir a incerteza na gestão de riscos?

A incerteza na gestão de riscos pode ser medida por diferentes métodos, tais como:

  • Análise de sensibilidade: esse método analisa o impacto de uma alteração no resultado final, determinando a importância dessa alteração para a empresa;
  • Simulação Monte Carlo: metodologia que ajuda a prever os possíveis resultados de um evento incerto, permitindo estimar probabilidades;
  • Análise de cenários: baseia-se na criação de diversos cenários hipotéticos para entender como os fatores de risco podem ser afetados pelas circunstâncias;
  • Análise de tendências históricas: técnica que utiliza o histórico registrado para prever novas ocorrências. Com a análise de dados anteriores, é possível identificar padrões e prever tendências futuras. 

Quais ferramentas ajudam na gestão de riscos?

A gestão de riscos é uma prática importante para todas as empresas, e para tornar o processo de identificação, avaliação e controle dos riscos ainda mais fácil, você pode investir em algumas ferramentas.

Veja as metodologias que separamos para te ajudar na gestão de riscos:

FMEA

A FMEA, sigla para Failure Mode and Effects Analysis (Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos) é  uma técnica que investiga os motivos pelos quais os equipamentos falham e qual o impacto dessas falhas.

A partir dos modos de falha analisados, é possível traçar planos de ação para impedir a ocorrência desses riscos.

APR

A Análise Preliminar de Risco, ou APR, é um documento muito utilizado na segurança do trabalho que faz um levantamento de todos os possíveis riscos presentes no ambiente, facilitando a elaboração das medidas de proteção para evitar que esses riscos se transformem em ocorrências.

Matriz GUT

Já a Matriz GUT ajuda na priorização de demandas por meio de um cálculo que leva em conta três critérios: a gravidade, a urgência e a tendência de um problema piorar.

Ao construir a matriz GUT, os riscos ficam mais visíveis, facilitando a organização e o entendimento de quais situações podem impactar mais a sua empresa se não forem resolvidos com prioridade.

5 Porquês

Os 5 Porquês são cinco perguntas que devem ser feitas após a identificação do problema, buscando chegar na sua causa raiz.

O uso da técnica é muito simples: ao se deparar com um problema, pergunte-se por que ele aconteceu. Tendo essa resposta, repita a pergunta mais quatro vezes. A quinta e última resposta provavelmente oferecerá uma explicação completa sobre a questão.

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Qual a importância da gestão de riscos para a segurança do trabalho?

Na segurança do trabalho, a gestão de riscos ajuda a prevenir os perigos causadores de acidentes e doenças laborais. Ao identificar todos os potenciais riscos que o ambiente e a atividade representam aos trabalhadores, é possível criar medidas de prevenção e controle que ajudem a mitigar esses riscos, garantindo um ambiente de trabalho mais seguro.

Além disso, a gestão de riscos é uma etapa importante para a elaboração do Programa de Gerenciamento de Risco (PGR), documento que reúne medidas para identificar, controlar e reduzir os riscos à segurança do trabalho.

Portanto, priorize a gestão de riscos para assegurar um ambiente de trabalho mais saudável para a sua equipe.

Como a tecnologia pode ajudar na gestão de riscos?

Para garantir que todos os riscos e medidas preventivas sejam devidamente registrados, você pode investir em relatórios de segurança do trabalho e checklists digitais. Com o Produttivo, é possível elaborar formulários totalmente personalizados para atender às necessidades da sua empresa.

Veja um exemplo de checklist de segurança do trabalho preenchido e exportado pelo sistema Produttivo:

Todos os formulários do Produttivo são totalmente digitais, podendo ser preenchidos diretamente pelo celular ou tablet do técnico responsável pela inspeção. 

Os relatórios, checklists e ordens de serviço do Produttivo ainda contam com:

  • Registro fotográfico com fotos tiradas na hora e marcação de data e horário, para comprovação;
  • Preenchimento por voz que agiliza o trabalho do técnico responsável pelo relatório;
  • Questões de não conformidade que notificam o gestor;
  • Assinatura digital para comprovação feita na tela do celular;
  • Entre outros.

Além disso, o Produttivo ainda conta com recursos que facilitam a gestão de riscos da empresa, como:

  • Relatórios inteligentes que podem ser personalizados com as cores e logo da sua empresa, e são enviados automaticamente por e-mail ou WhatsApp após a finalização da tarefa;
  • Painel do gestor que permite visualizar todas as atividades em aberto, criar novos chamados e direcionar serviços para a equipe, tudo pelo computador;
  • Plano de atividades automático para planejar as próximas etapas com antecedência e garantir que seu plano de gestão de riscos esteja atualizado;
  • Armazenamento em nuvem, assim as informações podem ser acessadas a qualquer momento e de qualquer lugar;
  • Pesquisa de satisfação para medir a reputação da empresa com os clientes;
  • E muito mais!
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Para começar a usar todos esses recursos, é só fazer um teste grátis e aproveitar todas as funcionalidades liberadas!

Se preferir, agende uma demonstração para entender como o Produttivo pode auxiliar na gestão de riscos para a segurança do trabalho.

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