A informação e o conhecimento são as melhores formas de evitar um acidente, por isso as empresas precisam realizar o DDS (Diálogo Diário de Segurança), uma conversa rápida e prática para conscientizar os funcionários sobre práticas e medidas preventivas contra acidentes.
Apesar de simples, o DDS necessita de uma boa estratégia e também de uma condução adequada, atraindo a atenção da equipe e apresentando temas relevantes para o dia a dia do time. Veja como elaborar um DDS e dicas de temas para abordar.
Veja também: Modelos de checklists de segurança do trabalho e EPI para usar digitalmente
O que é DDS?
O DDS é a sigla para Diálogo Diário de Segurança, um encontro rápido, com duração média de 5 a 15 minutos para orientar a equipe sobre os riscos de suas funções e quais práticas devem ser adotadas para evitá-los.
Apesar do termo DDS não estar presente em nenhuma norma regulamentadora, as NRs exigem que as empresas informem os funcionários dos riscos presentes no ambiente de trabalho e as medidas preventivas exigidas. E é através do DDS que essa conscientização acontece.
É importante que o DDS seja conduzido por um profissional da segurança do trabalho ou algum especialista no assunto, junto da liderança do time.
Além de assuntos relacionados a medidas de segurança e prevenção, o DSS pode tratar de temas como meio ambiente, higiene, saúde mental, organização, limpeza, rotinas de trabalho e comunicação no ambiente profissional.
Para que serve o DDS?
O DDS serve como uma ferramenta para diminuir a incidência de acidentes de trabalho, através da conscientização das equipes sobre:
- Formas mais seguras de trabalhar;
- Atitudes perigosas a serem evitadas;
- Rotinas diárias de cada área;
- Ações emergenciais de primeiros socorros;
- Identificação de perigos potenciais.
Além disso, o DDS também é responsável por garantir que todos estejam alinhados sobre boas práticas de trabalho e que a equipe esteja engajada com essas práticas, aumentando a produtividade e segurança de todo o time.
Veja também: Check list segurança do Trabalho: 5 Modelos para Download
Qual a importância do DDS?
O DDS é o principal canal de comunicação entre a equipe técnica e os gestores. É ele que faz com que todos estejam a par de perigos e ações preventivas, responsáveis por garantir a segurança coletiva no ambiente de trabalho.
O encontro também auxilia na:
- Criação de rotinas de trabalho mais saudáveis;
- Melhora de produtividade;
- Instrução e capacitação da equipe;
- Diminuição de acidentes;
- Conscientização;
- Engajamento do time na execução do trabalho;
- Aumento da qualidade das atividades.
Quais são as vantagens do DDS?
Como vimos, o principal motivo de implementação de uma rotina de DDS é diminuir a incidência de acidentes de trabalho, mas o DDS também traz outros benefícios às empresas que o adotam, como:
- Reforça conhecimentos adquiridos em palestras, cursos e treinamentos;
- Relembra procedimentos de emergência;
- É uma metodologia dinâmica, que prende a atenção das pessoas;
- Coloca o funcionário em alerta diariamente;
- Aumenta a saúde dos funcionários;
- Promove integração entre o time e os gestores;
- Abre um espaço seguro para trocas.
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Quais são os melhores temas para DDS?
Preparamos alguns temas de DDS que você pode começar a aplicar hoje mesmo. Confira quais são:
1. DDS sobre percepção de risco
O DDS de percepção de risco deve ser aplicado para desenvolver a capacidade de percepção de riscos pelo profissional, dentro do ambiente de trabalho.
Assim, os funcionários conseguem identificar o risco rapidamente e agir para evitá-lo. São exemplos de riscos que podem ser abordados: físicos, químicos, biológicos e ergonômicos.
Ao longo do DDS é possível destacar atitudes que prejudicam a percepção de risco e que, portanto, devem ser evitadas. São exemplos:
- Agir por impulso, sem racionalizar sobre o que está acontecendo;
- Considerar apenas riscos que resultam em acidentes recentes e esquecer os de longo prazo, como doenças ocupacionais;
- Acreditar que porque está no controle, está sempre em segurança;
- Não desconfiar das situações por excesso de experiência e familiaridade;
- Excesso de confiança;
- Ausência de capacitação.
2. DDS trabalho em equipe
Para promover a segurança, o trabalho em equipe é fundamental, e essa pode ser outra temática a ser abordada no DDS.
Na elaboração do DDS certifique-se de abrir um espaço para troca de ideias, implementar processos que foram sugeridos pela equipe e incluir demais ações que fomentem a participação de todo o time.
Mostre que o DDS é um espaço seguro para compartilhamento de ideias e sugestões. Você verá que muito mais do que segurança no trabalho, o DDS desenvolverá a produtividade e a harmonia da equipe.
3. DDS capacete de segurança
Por mais que algumas pessoas possam reclamar do uso do capacete de segurança, ele evita que muitos acidentes fatais aconteçam, porque protege o técnico de qualquer impacto externo.
No DDS sobre capacete de segurança, você pode relembrar a equipe de alguns cuidados que devem ser adotados com o uso desse EPI, por exemplo:
- Não usar capacetes trincados ou fissurados;
- Não usar carneira estragada;
- Não usar gorros ou bonés abaixo do capacete;
- Lava-lo com sabão neutro;
- Não introduzir objetos entre a carneira e o casco;
- Comunicar a liderança sempre que alguma alteração o danifique.
E finalize com o lembrete de que o uso do capacete de segurança pode significar a diferença entre a vida e a morte.
Veja também: O que é CA EPI e como conseguir
4. DDS protetor auricular
O protetor auricular é outro EPI de uso indispensável para equipes que trabalham com ruídos, seu uso evita a perda de audição e melhora a saúde dos ouvidos.
Em um DDS sobre o tema, você pode chamar atenção para os cuidados do uso do equipamento, garantindo que ele oferecerá a proteção de que o técnico precisa.
Inclua na apresentação recomendações como:
- Lave o aparelho com sabão neutro;
- Deixe-o secar na sombra, evitando ressecamento;
- Não use protetor sujo ou empoeirado;
- Guarde o aparelho em locais fechados, evitando contato com insetos;
- Não misture o protetor com roupas sujas;
- Não saia com o protetor na rua;
- Não manuseie o aparelho com mãos sujas;
- Não deixe o aparelho entrar em contato com produtos químicos;
- Protetores de espuma devem ser usados e descartados;
- Use sempre o mesmo protetor, na mesma orelha;
- Não compartilhe o equipamento;
- Em caso de problemas com a audição, procure um médico.
5. DDS ergonomia
A ergonomia está relacionada ao conforto na execução do trabalho. O cuidado com ela evita problemas e lesões desenvolvidas por má postura e trabalho repetitivo, por exemplo.
Use o DDS para repassar as posturas de trabalho adequadas a cada equipe e reforçar a necessidade de execução de práticas laborais. Deixe o DDS mais interativo convidando o time a desenvolver, junto de você, algumas práticas de ginástica laboral:
- Movimentação circular e estiramento do pescoço;
- Alongamento de antebraços e costas;
- Extensão de peitoral e ombros;
- Flexão de quadril;
- Alongamento da coluna vertebral;
- Alongamento de panturrilha;
- Mobilidade de tornozelos;
- Alongamento dos flexores e extensores do punho.
6. DDS saúde mental
A saúde é uma ótima temática para abordar dentro de um DDS, por isso a saúde mental é outro assunto muito importante a ser trabalhado nesses encontros.
Separe momentos para ouvir o relato do time, suas angústias e medos. Também estimule e desenvolva a equipe para identificar sinais de suicídio e ensine como conseguir ajuda para quem está precisando.
O assunto pode ser relembrado durante a campanha de setembro amarelo, mas lembre-se que esse é um assunto indispensável para o ano todo. Aborde questões como estresse, ansiedade, depressão e síndrome do pânico.
7. DDS NR 35
A NR 35 diz respeito ao trabalho em altura, regulamentando todas atividades que acontecem acima dos 2 metros a partir do nível inferior.
O DDS para esse tipo de atividade pode relembrar alguns pontos importantes da normativa que precisam ser colocados em prática:
- Antes de iniciar os trabalhos, é necessário realizar uma Análise Preliminar de Risco (APR) mapeando todos os riscos da atividade;
- O uso do cinto do tipo paraquedista é obrigatório em trabalhos com risco de queda com duplo talabarte;
- Em lugares que não permitem fixação do cinto de segurança é obrigatório o uso de linha vida ou cabo guia;
- Andaimes e cimbramentos devem seguir as exigências da norma e possuir placa de identificação assinada por quem realizou a montagem e por um profissional de segurança;
- Edificações verticais devem ter guarda-corpos (h=120cm) em todo o perímetro;
- Escadas de acesso a partir de 2 metros precisam apresentar guarda corpos ou acesso interno.
8. DDS meio ambiente
O DDS sobre meio ambiente ajuda a equipe a ter maior conhecimento sobre como suas atitudes interferem no meio ambiente e também estimula a mudança de hábitos cotidianos, trazendo mais sustentabilidade. Alguns temas que podem ser tratados:
- Consciência ecológica;
- Coleta seletiva;
- Geração e destinação de resíduos;
- 3 Rs;
- Impactos ambientais do desperdício de água;
- Atitudes sustentáveis;
- ISO 14001;
- Lixo tecnológico;
- Ecologia;
- Reciclagem;
- Riscos ambientais;
- Educação ambiental.
9. DDS proteção das mãos
Acidentes nas mãos representam cerca de ⅓ dos 2.000.000 acidentes incapacitantes que acontecem por ano e a maioria desses acidentes acontecem por pontos de pinçamento.
Algumas dicas de cuidados essenciais com as mãos são:
- Usar luvas adequadas para cada atividade e com o ajuste correto;
- Usar dispositivos próprios para a atividade, no lugar das mãos, quando possível;
- Não usar alianças e anéis durante as atividades;
- Conhecer o funcionamento e os riscos de um equipamento antes de usá-lo;
- Ficar em alerta ao usar estiletes e facas;
- No manuseio de carga, proteger as mãos para que elas não se prendam entre ou embaixo dos objetos;
- Não manusear equipamentos cortantes em direção ao corpo;
- Manter as unhas cortadas;
- Manter a mão longe de engrenagens;
- Evitar exposição a produtos nocivos;
- Proteger polias e correias, que formam pontos de pinçamento;
- Ao manusear objetos verificar se sua mão não está suja de graxa ou óleo.
10. DDS EPI
O DDS de EPI pode servir para reiterar o uso correto de cada equipamento, expor em quais casos cada item deve ser utilizado e explicar quais são os riscos relacionados ao uso incorreto dos EPIs.
Aproveite e também relembre as obrigações da equipe:
- Usar o EPI apenas para a finalidade a qual se destina;
- Responsabilizar-se pela guarda e conservação dos equipamentos;
- Comunicar qualquer problema que impeça o uso do EPI.
11. DDS cuidado com os olhos
Cerca de 20% dos acidentes de trabalho que acontecem no país afetam os olhos de alguma forma, segundo dados da previdência social. No ano de 2018 foram aproximadamente 108.806 CATs abertas por lesões nos olhos.
Todos esses dados mostram a importância de realização de um DDS sobre cuidado com os olhos. Reforce quais situações podem causar o acidente:
- Partículas voantes (de metal, madeira);
- Poeiras;
- Respingos de produtos;
- Névoas irritantes;
- Radiações.
E também as formas mais comuns de prevenção, como:
- Conhecer o local de trabalho e as ferramentas usadas nas atividades;
- Realizar a inspeção do ambiente e das ferramentas, antes de começar o trabalho, identificando possíveis riscos;
- Conhecer os produtos que são utilizados;
- Participar dos treinamentos;
- Seguir os procedimentos de segurança da empresa;
- Usar óculos de segurança de acordo com o tipo de risco ao qual se está exposto;
- Verificar onde está o chuveiro lava olhos e seu funcionamento.
Veja também: O que é FISPQ e como elaborar
12. DDS ruído
O ruído pode causar inúmeros males à saúde do trabalhador: estresse, fadiga, dores de cabeça, irritação, insônia e até surdez. Tudo depende do tipo de ruído (contínuo, intermitente ou de impacto), intensidade, qualidade (sons agudos são mais prejudiciais), tempo de exposição, idade e susceptibilidade individual.
O DDS deve alertar para os graus de surdez que o ruído pode causar:
- Trauma acústico: É desenvolvido após a exposição a ruídos intensos como o de explosões e impactos e pode se transformar em uma surdez temporária ou permanente. Outros sintomas são: aceleração da pulsação, aumento de pressão sanguínea e aumento na liberação de hormônios;
- Surdez temporária: dificuldade de audição passageira, percebida depois da exposição a ruídos intensos (Se a exposição for consistente a surdez temporária pode se transformar na surdez permanente);
- Surdez permanente: Perda irreversível da capacidade auditiva por exposição intensa à ruídos, sem equipamentos de proteção.
Veja também: O que é insalubridade no trabalho e quem tem direito ao adicional
13. DDS ferramentas manuais
Instrumento diário de trabalho, as ferramentas muitas vezes têm seu uso negligenciado. Seja por hábito ou excesso de confiança é muito comum que esse tipo de acidente aconteça nas empresas.
Os motivos variam entre improviso, uso incorreto, defeitos, má conservação e até por manter a ferramenta desprendida no bolso. Para evitar esses riscos o DDS deve enfatizar os cuidados necessários:
- O armazenamento deve ser feito em caixas ou armários;
- As ferramentas devem passar por inspeções e avaliações de desgastes;
- O transporte deve ser realizado em caixas ou cintos de ferramentas;
- Opte por utilizar ferramentas com isolante;
- Mantenha as ferramentas limpas, com cabos firmes e inteiros;
- Utilize cera em pasta para conservar as lâminas;
- Ferramentas com ferrugem devem ser lavadas com diluentes e palha de aço;
- Ao identificar problemas, encaminhe a ferramenta para manutenção.
14. DDS primeiros socorros
Os primeiros socorros são ações imediatas após um acidente de trabalho e devem estar embasadas em três princípios básicos: rapidez de atendimento, reconhecimento e reparação de lesões.
Os profissionais devem estar preparados e capacitados para exercerem os primeiros socorros de acordo com o tipo de acidente: ferimentos, fraturas, hemorragia, choque elétrico, queimadura, intoxicação, insolação e entorse.
Cabe ao DDS evidenciar quais devem ser ações para cada tipo de acidente e dicas gerais de como agir em emergências:
- Identificar e isolar o local do acidente;
- Verificar se não há fatores de risco presentes no ambiente (fios elétricos soltos ou descascados, fumaça, líquidos inflamáveis, objetos cortantes e risco de desabamento);
- Usar luvas e calçados impermeáveis quando possível;
- Não demonstrar a gravidade das lesões à vítima por meio de comentários ou expressões faciais;
- Realizar o procedimento conhecido como ABC:
- A: Verificar se a passagem de ar não está obstruída;
- B: Conferir se a respiração não está sendo realizada com dificuldade;
- C: Analisar a circulação e monitorar a frequência cardíaca.
- Em caso de inconsciência, realizar massagem cardíaca e chamar a emergência;
Veja também: EPC – Equipamentos de Proteção Coletiva: o que são?
15. DDS lesões
Segundo um levantamento realizado pelo Observatório de Segurança e Saúde do Trabalho, entre 2012 e 2021 as lesões corporais mais comuns foram: corte, laceração, ferida contusa e punctura (21%); fratura (18%); contusão e esmagamento (15%); distorção e torção (9%).
Diante dos números, o DDS pode ser um ótimo caminho para recapitular as principais causas de lesões e os cuidados que devem ser tomados.
São exemplos de ações que podem desencadear em lesões:
- Levantamento de cargas com o corpo em posição incorreta;
- Levantamento de objetos abaixo do nível do solo;
- Levantamento de pesos acima da capacidade;
- Escorregões;
- Giro do corpo nos calcanhares quando realizando um levantamento;
- Posição de trabalho incorreta e frequente.
16. DDS importância do descanso
Todos sabem da importância do descanso, mas será que sua equipe está aproveitando os tempos de pausa da maneira correta?
A qualidade de entregas, a produtividade e o desempenho dos colaboradores dependem totalmente do tempo de descanso.
Para a segurança do trabalho as pausas são ainda mais essenciais, porque se o corpo não está descansado, o trabalho não rende e erros podem acontecer, o que pode prejudicar a segurança de todos.
Aproveite o espaço do DDS para dar dicas à sua equipe e garantir que o tempo de descanso está sendo bem aproveitado. Aqui estão algumas:
- Aproveite os tempos de pausa e horário de refeição para descansar e fazer tudo com tranquilidade;
- Use menos o celular, principalmente próximo ao horário de dormir;
- Durma de 6 a 8 horas por noite;
- Pratique alguma atividade física com regularidade;
- Tenha uma alimentação saudável.
17. DDS APR
O DDS também é um bom espaço para discutir e elaborar a Análise Preliminar de Risco (APR), mapeando quais são os principais riscos no local de trabalho e pensando em ações preventivas para eliminá-los ou reduzi-los.
Siga as seguintes etapas para realização da APR:
- Analise a atividade: quebre as ações em passo a passo e pense em todas as tarefas que são executadas;
- Mapeie os riscos: Identifique todas as possíveis fontes de riscos relacionadas às atividades. Considere todas as variáveis;
- Avalie os riscos: Verifique qual a probabilidade de cada risco acontecer e a frequência em que pode acontecer. Quais são os riscos mais comuns e perigosos?
- Faça o controle: Pense em ações preventivas que podem deter os riscos listados;
- Execute as atividades com segurança: Reflita sobre os passos anteriores na hora da execução do serviço e preste atenção em possíveis mudanças.
18. DDS boa comunicação
A boa comunicação é importante para qualquer setor, mas na segurança do trabalho ela ganha uma importância maior, porque é o que vai fazer com que acidentes de trabalho sejam evitados e que as medidas preventivas corretas sejam empregadas.
Comunicar vai muito além de transmitir uma informação. É preciso se preocupar se todos entenderam o que foi passado e se a mensagem não apresentou ruídos ou mau entendidos, pois eles podem custar caro.
Elabore um DDS para falar sobre a importância da boa comunicação, não só oral como escrita, dando dicas de como melhorá-la e reforçando que as mensagens precisam ser claras, limpas e diretas.
19. DDS 5s
O DDS 5s serve para falar sobre organização, higiene e limpeza. São baseados em cinco conceitos básicos e quando aplicados na segurança do trabalho, melhoram a organização de materiais e ferramentas, o descarte de itens e tornam o ambiente de trabalho mais organizado.
Os 5s a serem apresentados são:
- 1º S (Senso de Utilização): Deixe no espaço de trabalho apenas os materiais que serão utilizados;
- 2º S (Senso de Organização): Organize o espaço de trabalho de forma funcional, deixando um lugar para cada coisa e colocando cada coisa em seu lugar;
- 3º S (Senso de Limpeza): Processos de limpeza devem estar presentes nas rotinas de trabalho. Além do cuidado com a limpeza, é preciso não sujar;
- 4º S (Senso de Saúde e Higiene): Mantenha limpo e higienizado lugares de uso comum, observe as práticas de segurança no trabalho, pense e aja positivamente;
- 5º S (Senso de Autodisciplina): Cumpra normas e procedimentos internos com foco no desenvolvimento profissional e em ações que melhorem o ambiente de trabalho.
20. DDS motivacional
O DDS também pode ser um mecanismo de motivação do time na medida em que trata sobre temas que engajam os colaboradores a realizarem suas tarefas com excelência, cumprindo as metas estabelecidas.
Estimule a reflexão sobre o tema através de algumas perguntas e oriente algumas ações para que a motivação no trabalho seja conquistada:
- Você sente que está se desenvolvendo? Converse com o seu gestor ou liderança sobre suas necessidades de melhorias e evoluções ao longo do tempo;
- As tarefas que executa fazem sentido para você? Entenda e descreva a importância de cada tarefa que realiza no seu dia;
- Você consegue identificar os resultados do que faz? Faça uma lista com as atividades diárias e também dos resultados que já alcançou;
- Como suas atividades impactam os outros? Pense em como suas tarefas refletem na empresa, nos clientes ou em outros setores;
- A rotina te desagrada? Tente realizar novas tarefas e desenvolver novas habilidades;
- Você sabe o que o gestor pensa do seu trabalho? Peça feedbacks;
- Você usa sua criatividade e conhecimentos nas tarefas no dia a dia? Estimule o protagonismo e autonomia na execução de suas atividades.
Como fazer um DDS?
A implementação do DDS depende de inúmeras variáveis como tamanho de empresa, tempo disponível para realização do encontro, nível educacional dos times e da necessidade de determinados temas a serem trabalhados, baseados nas vivências de cada setor.
Mas preparamos quatro passos indispensáveis para qualquer DDS de sucesso e que vão te ajudar com dicas desde o planejamento, até a execução. Confira:
1. Crie cronogramas e planeje a execução das reuniões
O planejamento é a chave para a elaboração de um bom DDS. Ele começa com a definição de periodicidade dos encontros, porque o DDS pode ser diário, mas nada impede que os encontros sejam mais espaçados.
Para saber a periodicidade correta é preciso pensar nas rotinas das equipes, de forma que não atrapalhem suas tarefas e também na eficácia dos DDS aplicados.
Afinal, o principal objetivo desse encontro é reduzir acidentes de trabalho, relembrar perigos da função e medidas preventivas para combatê-los. Diante disso, a periodicidade escolhida está conseguindo cumprir o objetivo estabelecido? Caso contrário, é melhor repensar a periodicidade.
Aqui vão mais algumas dicas importantes:
- Elabore cronogramas completos para a semana ou para o mês todo, isso vai evitar que o time fique sem o DDS por falta de tempo para planejamento;
- Priorize a escolha de temas de acordo com dúvidas da equipe, situações de perigo que aconteceram na empresa e problemas mais recorrentes;
- Caso precise de mais temas, uma boa dica é abordar requisitos críticos descritos pelas normas regulamentadoras;
- Marque com antecedência todos os DDS, de preferência no mesmo horário e com regularidade, para que ninguém possa esquecer ou não comparecer;
- Produza um roteiro para guiar as falas durante o DDS. Pontue as questões mais importantes e separe um tempo para a participação e contribuição do time;
- Na elaboração do roteiro pense em formas de deixar o DDS mais dinâmico e interativo, estimulando a participação da equipe;
- Não se esqueça de elaborar a lista de presença.
O Produttivo preparou um Kit de DDS com dois modelos de cronograma que você pode baixar gratuitamente para organizar a aplicação do seu DDS.
O primeiro deles é em Excel, pensado para quem quer realizar o agendamento do DDS com mais agilidade. Para isso, basta cadastrar as informações sobre os palestrantes, as ideias de temas, os locais em que o DDS pode ser realizado e se será um treinamento específico para algum setor ou geral. Veja como é a planilha:
Baixe o modelo de cronograma de DDS em Excel aqui!
Caso você queira mais simplicidade o Kit DDS também vem com o cronograma em Word, que pode ser usado digitalmente, como impresso. Confira:
Baixe o modelo de cronograma de DDS em Word aqui!
2. Busque diferentes abordagens
O DDS não é uma palestra, o objetivo é que todos participem e que seja de fato um diálogo entre gestores, funcionários, equipe técnica e especialistas em segurança do trabalho. Por isso, procurar diferentes abordagens que estimulem essa participação é essencial.
Fuja do comum, não comece todo DDS do mesmo jeito. Incremente a apresentação variando os temas, os tipos de conteúdo e até as pessoas que realizam o diálogo.
Algumas ideias:
- Convide outras pessoas para conduzir o DDS;
- Use vídeos que ajudem a fixar os conteúdos;
- Traga notícias relacionadas ao tema da semana para serem discutidas;
- Realize dinâmicas;
- Traga dados;
- Faça benchmarking;
- Use exemplos do dia a dia, sem citar nomes.
E, claro, não se esqueça de ter uma boa comunicação, pensando no entendimento de quem estará presente na apresentação. Seja claro, objetivo e evite jargões muito técnicos.
3. Envolva os trabalhadores
Não se esqueça de prever espaços durante o planejamento do DDS para a participação dos colaboradores. Reserve os minutos finais para as contribuições.
Outra ação para estimular a participação é fazer um DDS focado em evidenciar atitudes positivas por parte dos colaboradores e premiar aqueles que estão interagindo mais.
4. Registre os DDS
Registre todo o processo de DDS, incluindo as escolhas dos temas e a forma como os conteúdos foram abordados para que eles não se repitam. Também não se esqueça de registrar a lista de presença em cada encontro.
Outro bom motivo para fazer o registro do DDS, é que ele tem valor documental uma vez que formaliza as exigências das NRs sobre a divulgação de informações aos funcionários, por parte das empresas, sobre os riscos de suas funções e a adoção de medidas preventivas.
Dicas para criar um bom DDS
Agora que você já sabe tudo sobre o processo de elaboração do DDS, aqui estão mais cinco dicas que vão tornar o encontro mais dinâmico e participativo.
1. Divulgue as datas com antecedência
A divulgação com antecedência é importante para que todos consigam se programar e comparecer ao DDS. Por esse motivo, deixe claro a periodicidade, datas de realização, horário e local, assim não restarão dúvidas.
2. Escolha temas atuais
Ao escolher temas atuais é possível prender a atenção dos colaboradores, fazer com que o interesse pelo DDS aumente e melhorar a participação.
Pesquise em jornais, traga histórias interessantes, estudos de caso, acontecimentos do dia a dia e deixe um canal aberto para sugestões do time.
3. Opte por DDS mais curtos e rápidos
O que faz o DDS ser tão eficaz na prevenção contra acidentes é que ele é curto, simples, dinâmico e não demanda muito tempo da equipe. Isso contribui para que as informações fiquem frescas na memória e ainda faz com que os colaboradores consigam se concentrar melhor.
Por isso, procure ser objetivo e incentivar reflexões. Faça apresentações sucintas e bem visuais.
4. Aposte em um DDS para descontrair através de dinâmicas
As dinâmicas têm o intuito de prender a atenção da equipe e estimular sua participação. Separamos dois exemplos para você implementar:
Dinâmica sobre integridade
Para essa dinâmica você vai precisar de uma fita adesiva, três folhas de papel e canetas.
Para começar, siga o passo a passo da atividade:
- 1º: Solicite a participação de três pessoas;
- 2º: No primeiro voluntário, passe a fita adesiva nos dedos polegar e indicador da mão direita e peça que ele pegue uma folha de papel e dobre-a quatro vezes;
- 3º: No segundo voluntário passe a fita em toda a mão direita, cobrindo os 5 dedos e peça para que ele desamarre e amarre novamente o cadarço dos sapatos;
- 4º: No terceiro voluntário passe a fita no dedo indicador e no dedo médio e peça que ele escreva seu nome em uma folha de papel.
Através desse exercício você pode abordar a dificuldade de realizar tarefas simples com a restrição de movimentos dos dedos e da mão.
Dinâmica batata quente
Para realização dessa dinâmica você vai precisar de papéis, canetas, uma caixa e uma música. A dinâmica se dará da seguinte forma:
- 1º Peça para que cada colaborador escreva no papel alguma dúvida sobre os procedimentos de segurança da empresa;
- 2º Reúna todas as dúvidas em uma caixa;
- 3º Coloque os colaboradores dispostos em círculo;
- 4º Ligue a música;
- 5º Instrua os colaboradores a passarem a caixa para quem está ao seu lado até a música parar;
- 6º Quem estiver com a caixa quando a música parar, vai sortear um papel, ler a pergunta e tentar responder;
- 7º Caso a pessoa que sorteou a pergunta, não saiba responder, os colegas podem ajudar.
Ao final da dinâmica várias dúvidas sobre segurança serão sanadas e um canal de comunicação é aberto com a equipe.
No kit DDS elaborado Produttivo, você pode baixar gratuitamente um ebook que reúne uma série de dinâmicas diferentes para você aplicar no seu DDS. Veja mais sobre o material:
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5. Estimule feedbacks
Para melhorar a execução do DSS você precisa saber o que a equipe pensa e quais contribuições têm a acrescentar. Por isso crie canais para compartilhamento de feedbacks, sugestões, experiências e dúvidas.
Reúna todas as opiniões e sugestões e veja como pode aplicar ao longo dos encontros.
Veja também: Como fazer um relatório de segurança do trabalho + Modelo digital!
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