A análise de riscos é uma importante aliada para manter um ambiente de trabalho seguro, listando eventuais agentes perigosos a que os colaboradores estão expostos.
Veja como fazer uma análise eficiente e quais os benefícios da análise de riscos para a sua empresa!
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O que é análise de riscos?
Como o nome sugere, a análise de riscos envolve observar potenciais riscos à empresa e seus colaboradores. Esse termo pode ser usado em diversos segmentos para diferentes abordagens, como riscos financeiros, políticos, à propriedade, às pessoas, entre outros.
A análise pode ser usada em várias situações, como na segurança do trabalho. É por meio de uma análise de riscos que a empresa identifica agentes nocivos que podem causar danos à saúde dos trabalhadores.
Além disso, ela é o primeiro passo para elaboração de um plano de ação que defina como prevenir os riscos e controlar as consequências, caso sejam inevitáveis.
Quais são os benefícios da análise de riscos?
Como falamos acima, a análise dos riscos permite identificar agentes que podem ser prejudiciais aos colaboradores. Para a empresa, alguns benefícios da análise de riscos são:
- Prevenir acidentes de trabalho e doenças ocupacionais;
- Evitar imprevistos que podem prejudicar a operação;
- Diminuir o prejuízo com acidentes e licenças;
- Entre outras vantagens.
Quais são os tipos de riscos?
Anteriormente, a Norma Regulamentadora nº 9 definia os agentes de risco como físicos, químicos e biológicos. Desde 2020, também são considerados os riscos ergonômicos e de acidentes. Vamos entender mais sobre eles:
Riscos físicos
Os riscos físicos são aqueles que prejudicam a integridade física do funcionário. Entre eles, podemos destacar: ruídos, vibração, calor, frio, pressão e radiação.
Riscos químicos
Já os riscos químicos são apresentados por produtos, substâncias e compostos, podendo ser ingeridos ou aspirados. Alguns exemplos são poeira, gases, vapores, fumo e névoa, entre outros.
Riscos biológicos
Por sua vez, os riscos biológicos normalmente são apresentados por micro-organismos, como bactérias, vírus, fungos, parasitas e pragas. Eles podem ser adquiridos por via respiratória, ingestão ou tópica.
Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos estão relacionados à postura e movimentação dos colaboradores, incluindo movimentos repetitivos, esforço físico, jornadas extensas e levantamento de peso. Não são necessariamente causados por fatores externos, e sim pela execução das tarefas diárias.
Riscos de acidentes
Por fim, o risco de acidentes (também chamado de risco mecânico) é causado por falhas e imprevistos, como incêndios, explosões, problemas elétricos, quedas, acidentes com máquinas, equipamentos e ferramentas, entre outros.
É possível que a empresa apresente diferentes tipos de riscos conforme o setor ou função do trabalhador. Além disso, um mesmo departamento pode estar exposto a mais de um tipo de risco.
Em uma cozinha industrial, por exemplo, há risco de acidentes causados por chamas, risco ergonômico pela má postura e repetição de movimentos, risco químico gerado pelo gás de cozinha, e risco físico do calor.
Qual a classificação dos riscos?
Além dos diferentes tipos de riscos, também é preciso classificá-los conforme sua gravidade. Afinal, agentes distintos podem ter consequências bem diferentes na saúde e segurança dos trabalhadores. Vamos ver como é feita a classificação dos riscos:
Muito baixo
Quando o risco existe, mas a probabilidade de ocorrer é muito baixa ou as consequências são mínimas caso venha a ocorrer. Um exemplo são os cargos em que o profissional fica sentado por muito tempo: ainda que isso possa causar danos à saúde a longo prazo, eles não têm tanto impacto e o problema pode ser facilmente controlado.
Baixo
O risco ainda é baixo, mas é mais provável e/ ou tem consequências um pouco maiores, porém não graves.
Médio
Tanto o risco quanto suas consequências não podem ser ignorados, mas também não são considerados graves. Um exemplo é a LER (lesão por esforço repetitivo): ela pode levar ao afastamento do colaborador, portanto precisa ser evitada, mas não apresenta risco imediato ou de morte.
Alto
Nesse caso, o risco é considerável, bem como eventuais consequências caso venha a ocorrer. Assim, é preciso tomar medidas que diminuam a incidência do problema e reduzam o impacto se ele acontecer.
Extremo
Aqui, o risco é elevado e as consequências em caso de acidente, também. É o caso de uma queda de nível em um canteiro de obra: por conta da altura elevada, é muito provável de acontecer e, se ocorrer, pode até levar à morte. Nesse caso, a solução é o uso de EPCs e EPIs.
Quanto mais elevada a classificação do risco, mais importante são as medidas de prevenção e controle.
Como é feita a análise de riscos?
Para que sua análise de risco seja completa, é possível seguir alguns passos que vão ajudar na elaboração do material:
Defina a situação a ser analisada
No início do artigo, mencionamos que existem diferentes situações em que análise de risco pode ser empregada. Por isso, é importante definir qual a situação que será analisada, como é o caso da segurança do trabalho.
Nesse caso, o gestor pode fazer uma análise por departamento, por função ou até direcionar suas observações para um novo equipamento ou maquinário. O primeiro passo é selecionar o que vai ser analisado.
Estabeleça o grau de cada risco
Lembra da classificação dos riscos? Ela não pode faltar na sua análise, indicando qual a gravidade de cada agente identificado. Lembre-se de que os riscos mais altos devem ter prioridade.
Essas informações serão muito importantes para elaborar o mapa de riscos futuramente.
Defina suas estratégias
Não basta apenas estar ciente dos riscos apresentados — é preciso traçar estratégias para que eles sejam minimizados. Portanto, defina estratégias para reduzir e controlar cada um dos riscos encontrados.
Documento e formalize a análise de riscos
Agora chegou a hora de registrar todas essas informações em um documento, que poderá servir como embasamento para um PGR (Programa de Gerenciamento de Riscos).
O ideal é formalizar tanto os riscos quanto as medidas implementadas, para que todos os colaboradores possam acessar o documento e estar cientes das condições de trabalho.
Controle e efetue uma revisão periódica
Qualquer mudança no ambiente de trabalho pode alterar os riscos a que a empresa está exposta, então é essencial que sua análise seja sempre revista e atualizada, se for o caso.
Também é preciso avaliar se as medidas de prevenção e controle estão funcionando como esperado ou se será necessário introduzir novas medidas.
Em quais momentos utilizar uma análise de risco?
Como dissemos lá em cima, a análise de risco pode ser aplicada em diversos segmentos e em vários momentos da rotina da empresa. Vamos ver alguns deles:
- Prevenção de acidentes de trabalho: a análise de riscos é o primeiro passo para conhecer todos os agentes nocivos do ambiente de trabalho, implementar medidas de prevenção a acidentes e doenças ocupacionais, e elaborar documentos exigidos por lei, como o LTCAT e o modelo de PGR;
- Avaliação de riscos financeiros: a análise de risco é indicada para avaliar possibilidade de fraudes, falência e prejuízo em empresas que irão passar por algum tipo de mudança, como merge;
- Análise de problemas operacionais: caso a empresa esteja passando por algum problema de logística ou operação, a análise de riscos ajuda a identificar pontos de atenção e mensurar as consequências dos riscos apresentados;
- Precaução quanto a ataques cibernéticos: para empresas em que a proteção de dados é prioridade, a análise de risco auxilia na identificação de pontos de vulnerabilidade.
Análise de riscos segurança do trabalho
Um dos segmentos em que a análise de riscos não pode faltar é a segurança do trabalho. Isso porque uma boa análise ajuda a embasar documentos obrigatórios, como PGR, LTCAT e mapa de riscos, além de ser o primeiro passo para o mapeamento do ambiente que permite identificar os agentes nocivos.
Assim, a análise identifica os riscos em potencial e facilita o planejamento de medidas para diminuir os perigos. Com isso, a empresa consegue traçar estratégias que reduzam a quantidade de acidentes e sua gravidade, diminuam a incidência de doenças ocupacionais e de modo geral contribui para manter um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Uma ferramenta que pode ser usada para fazer análise de riscos segurança do trabalho é o checklist digital. O checklist segurança do trabalho do Produttivo conta com questões que avaliam a segurança das condições de trabalho, e todos os dados podem ser registrados pelo celular ou tablet.
Também é possível personalizar questões de não conformidades e até incluir um registro fotográfico com data e hora. Quando o preenchimento for finalizado, o gestor recebe um relatório na hora.
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