Análise Preliminar de Risco o que é e como fazer

Análise Preliminar de Risco: o que é e como fazer

A Análise Preliminar de Risco, ou APR, é obrigatória para alguns tipos de serviço, mas pode ser uma aliada da segurança do trabalho em todos os segmentos.

Para entender a importância desse documento e ver como fazer, é só continuar acompanhando o artigo!

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O que é Análise Preliminar de Risco?

A Análise Preliminar de Risco consiste em uma avaliação do ambiente de trabalho que faz um levantamento de todos os possíveis riscos presentes.

Esses riscos se referem a perigos para a saúde e segurança dos colaboradores, como desenvolvimento de doenças ocupacionais e acidentes.

Também chamada de APR, ela é obrigatória para algumas atividades guiadas por normas regulamentadoras, já que detalha os riscos apresentados durante a execução da tarefa.

A partir dessa análise, é possível definir medidas de prevenção e controle dos riscos identificados, como a implantação de EPCs no local.

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Qual o objetivo da Análise Preliminar de Risco?

O principal objetivo da Análise Preliminar de Risco é identificar todos os riscos apresentados por aquele ambiente de trabalho, levando em consideração todas as atividades exercidas.

Com os dados da APR em mãos, o próximo passo é a conscientização dos trabalhadores quanto aos riscos e elaboração das medidas de proteção para evitar que esses riscos se transformem em ocorrências.

Outro objetivo da APR é o embasamento de outros documentos, como o PGR, que precisa de um inventário de riscos para estar completo e adequado à legislação.

Qual a importância da Análise Preliminar de Risco?

A Análise Preliminar de Riscos é uma aliada da segurança do trabalho, já que identifica perigos que podem trazer danos à saúde e à integridade dos trabalhadores.

É por meio da APR que todos os riscos podem ser mapeados, levando em consideração o agente causador (risco físico, químico, biológico, ergonômico ou de acidentes). Isso permite identificar quais são os pontos que precisam de atenção, abrindo espaço para:

  • Solicitação de uso de EPIs;
  • Instalação de EPCs;
  • Adoção de treinamentos de segurança;
  • Entre outras medidas que deixam o ambiente de trabalho mais seguro.

Ao ter todos os riscos documentados, é possível traçar estratégias para minimizar a ocorrência de cada um deles e definir planos de ação para que as consequências sejam as menores possíveis em casos inevitáveis.

Por exemplo: imagine que a análise de risco identificou possibilidade de queda de nível. Com essa informação em mãos, a empresa estabelece estratégias de controle (implementação de guarda-corpo, sinalização de segurança) para diminuir o risco de queda, e medidas para reduzir o impacto (uso de capacetes, adoção de primeiros socorros).

Quando o risco não é devidamente registrado, ele não é controlado corretamente, abrindo espaço para acidentes e desenvolvimento de doenças.

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A APR é obrigatória?

A Análise Preliminar de Riscos é obrigatória para alguns segmentos e atividades, conforme definido pelas normas regulamentadoras (falaremos mais sobre isso a seguir).

Algumas das áreas em que ela é obrigatória são:

  • Trabalho com máquinas e equipamentos;
  • Trabalho em construção civil;
  • Trabalho com inflamáveis e combustíveis;
  • Trabalho em espaços confinados;
  • Trabalho em altura.

Nem sempre é preciso formalizar uma APR, mas por ser o primeiro passo para a elaboração do Programa de Gerenciamento de Riscos (esse sim obrigatório por lei), ela é feita pela maioria das empresas. 

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Quais são as Normas Regulamentadoras que preveem a elaboração do estudo de APR?

Como citamos acima, a APR pode ser feita por todas as empresas como parte do processo de elaboração do PGR, mas, para alguns setores, a análise de riscos é uma exigência da lei.

As normas regulamentadoras do governo federal que exigem a elaboração de uma Análise Preliminar de Risco são:

  • NR-12: norma que aborda as medidas de segurança para o trabalho com máquinas e equipamentos;
  • NR-18: essa NR trata das medidas a serem adotadas no setor da construção civil;
  • NR-20: estabelece fatores de risco e critérios de segurança no trabalho com inflamáveis e líquidos combustíveis;
  • NR-33: além de formalizar a definição do que constitui confinamento, essa norma estabelece as diretrizes de segurança para o trabalho em espaços confinados;
  • NR-35: é a NR que regulamenta medidas de prevenção e controle no trabalho em altura.

As NRs são atualizadas constantemente, por isso verifique o que diz a legislação referente ao seu segmento e à natureza das atividades a serem executadas pelos funcionários.

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APR em 5 passos

Chegou a hora de elaborar a sua análise preliminar de risco, mas por onde começar? Vamos ver um passo a passo:

Pense na tarefa

Quais tarefas são executadas na sua empresa? Pense em cada cargo e considere todas as atividades exercidas em cada um. Lembre-se que até funções consideradas seguras podem apresentar algum tipo de risco, ainda que baixo.

Identifique os riscos

Sabendo de todas as atividades envolvidas no dia a dia da operação, quais são os riscos apresentados por elas? Esses riscos podem ser:

  • Riscos físicos: ruído, vibração, temperaturas extremas, pressão, radiação;
  • Riscos químicos: substâncias como poeira, gases, vapor e névoa;
  • Riscos biológicos: bactérias, fungos, vírus e outros micro-organismos;
  • Riscos ergonômicos: má postura, lesão por esforço repetitivo (LER), levantamento de peso;
  • Riscos de acidentes: incêndios, choques elétricos, quedas, acidentes com máquinas e equipamentos.

Ainda que sua empresa não tenha nenhuma ocorrência registrada, só a possibilidade do risco existir já é suficiente para que ele seja documentado e controlado.

Avalie os riscos

Aqui é preciso determinar qual a probabilidade do perigo se tornar um risco real, e qual a gravidade da situação caso ele venha a acontecer.

Por exemplo: o risco de incêndio pode ser baixo, mas a ocorrência de um pode ter consequências sérias para os trabalhadores, inclusive levar a óbito. Portanto, não deixe as medidas de prevenção e combate a incêndio para lá só porque a probabilidade é baixa.

O contrário também é válido: ainda que um risco seja de baixa gravidade, como má postura, a alta probabilidade ainda precisa ser levada em consideração.

Portanto, tenha esses dois fatores em mente ao elaborar sua APR e definir as prioridades na hora de implementar as medidas de prevenção e controle.

Implemente o controle

Sabendo de todos os riscos (e da criticidade de cada um), é preciso implementar medidas de controle para reduzir os perigos ao máximo e diminuir a gravidade das consequências nos casos inevitáveis.

Faça o trabalho em segurança

Com os riscos identificados, ranqueados e controlados, é só continuar colocando as medidas em prática para que seu ambiente de trabalho permaneça seguro e livre de ocorrências!

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Quem participa da elaboração da APR?

A Análise Preliminar de Riscos deve ser assinada por um profissional do SESMT (Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho), como um engenheiro de segurança do trabalho ou técnico da área.

Porém, ela pode ser elaborada com o auxílio dos membros da CIPA, já que os membros da comissão estão diretamente envolvidos com a preservação da segurança no ambiente de trabalho.

Outros colaboradores da empresa também são bem-vindos para compartilhar suas observações e sugestões, pois são eles que lidam com os riscos no dia a dia.

Quem deve fazer a análise preliminar de riscos?

A Análise Preliminar de Risco deve ser elaborada por todas as empresas que se encaixam em alguma das NRs que mencionamos anteriormente.

Além disso, como a APR é parte do PGR, ela deve ser feita por todas as empresas com funcionários em regime CLT (trabalhadores com carteira assinada).

O que deve constar na APR?

Como a Análise Preliminar de Risco reúne informações essenciais para a segurança do trabalho, ela deve ser o mais completa possível.

Sua APR pode incluir dados como:

  • Mapeamento de todos os ambientes da empresa (essa informação será muito útil na elaboração do mapa de riscos);
  • Descrição de todas as atividades exercidas por cada colaborador, inclusive aqueles com cargos de baixo risco;
  • Listagem de todas as máquinas e equipamentos operados, bem como suas especificações técnicas;
  • Listagem de todas as substâncias a que os colaboradores estão expostos, como vapores tóxicos, produtos inflamáveis, etc; 
  • Análise de todos os riscos levantados, seus agentes causadores, a probabilidade e a gravidade de cada um;
  • Quais grupos de funcionários estão sujeitos a cada risco (essa distinção por ser feita pelo cargo, pela idade ou por qualquer outra característica em comum);
  • Detalhamento de todas as medidas de prevenção e controle a serem implementadas ou, caso já existam, das que estão em vigor.

O laudo ainda pode conter outras informações, conforme as necessidades da sua empresa. O importante é que ele seja completo e confiável.

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Qual a diferença entre PT e APR?

Outro laudo relacionado à segurança do trabalho é a Permissão de Trabalho (PT), também chamada de Permissão para Trabalho (PPT).

Enquanto a APR reúne todos os riscos encontrados no ambiente de trabalho, a PT é uma liberação que permite a atividade nas áreas de risco.

Ela é emitida apenas para os trabalhadores necessários para aquele serviço, evitando a presença de pessoas não capacitadas no local.

Portanto, embora ambos sejam documentos relacionados à saúde e segurança no trabalho, um não substitui o outro.

Qual a importância da APR para prevenção de acidentes?

Se os riscos não forem identificados, não é possível implementar medidas de controle sobre eles, daí a importância da Análise Preliminar de Riscos.

Ao registrar todos os perigos encontrados no ambiente de trabalho, a APR serve como ponto de partida para elaborar um plano de ação com medidas preventivas que irão reduzir a probabilidade de ocorrências.

Imagine que sua análise identificou que um equipamento pode causar choques elétricos. Com essa informação, você pode determinar medidas que diminuam essa probabilidade, como uso de luvas protetoras durante o manuseio e instalação de sinalização.

Assim, os trabalhadores ficam cientes dos riscos, podem adotar estratégias de controle e assim ficam menos sujeitos a acidentes com o maquinário.

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Checklist de segurança do trabalho para APR

Uma ferramenta prática que você pode adotar ao fazer a análise de riscos é o checklist. A lista ajuda a identificar não conformidades no ambiente de trabalho, que então podem ser transformadas em um relatório que fará parte do seu plano de ação e controle.

O checklist de segurança do trabalho do Produttivo é feito diretamente no celular ou tablet, e o relatório em PDF fica disponível para envio automático assim que o serviço for finalizado.

As questões podem ser personalizadas, é possível incluir relatório fotográfico com marcação de data, hora e local para comprovação, e você pode fazer anotações usando o recurso de voz.

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