Ensaios não destrutivos

Ensaios não destrutivos: o que são, tipos e quais métodos utilizar

Ao utilizar técnicas de ensaios não destrutivos, as inspeções conseguem averiguar a condição de equipamentos, sem precisar de ações invasivas, que modifiquem ou alterem componentes e materiais. 

Através do ensaio não destrutivo, são acompanhados detalhes como vibração e temperatura, e verificados a existência de vazamentos ou defeitos que comprometam o funcionamento dos equipamentos e que não poderiam ser detectados de outra forma. 

Veja os principais métodos de análise utilizados, exemplos de aplicações e quais são as vantagens do emprego dessa técnica. 

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O que são ensaios não destrutivos? 

Os ensaios não destrutivos (ED) são técnicas de inspeção não invasivas, que permitem a checagem da integridade de equipamentos e componentes, sem precisar causar danos ou alterações em suas propriedades.  

Elas são usadas para reconhecer defeitos, falhas, vazamentos, trincas, cavidades e bolhas que podem prejudicar a performance dos maquinários. 

Esse tipo de avaliação pode ser feita desde a fabricação até a manutenção do equipamento e de seus componentes, nos mais diversos segmentos, como: indústrias automotivas, aeroespaciais, nucleares, de óleo e gás e no setor ferroviário. 

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Ensaios não destrutivos exemplos

Usando uma analogia, os ensaios não destrutivos, podem ser entendidos como alguns exames médicos, que para diagnosticar um paciente não precisam recorrer a um procedimento invasivo, como uma cirurgia. Basta fazer um raio x para identificar um osso quebrado, por exemplo. 

Trazendo para aplicações na indústria, um exemplo de ensaio não destrutivo seria a realização de inspeções termográficas, que por meio de um aparelho chamado termovisor, captam o sinal infravermelho dos equipamentos, medindo a temperatura de cada componente e identificando quando existe superaquecimento. 

Assim, a detecção de falhas e irregularidades é mais fácil e simples e permite que ações corretivas sejam empregadas com mais agilidade, melhorando a performance e vida útil dos maquinários. 

Outros exemplos de ensaios não destrutivos são:

  • Inspeção visual;
  • Líquidos penetrantes;
  • Partículas Magnéticas;
  • Ultrassom;
  • Radiografia;
  • Emissão acústica;
  • Teste de estanqueidade;
  • Entre outros. 

Quais são os objetivos dos ensaios não destrutivos? 

Os ensaios não destrutivos buscam garantir a qualidade e a segurança dos processos, realizando inspeções que detectam irregularidades que não poderiam ser identificadas por outros tipos de inspeções. 

Por não utilizar procedimentos invasivos, esse tipo de técnica também mantém a integridade dos materiais e peças vistoriados, não causando danos ou alterando suas propriedades. 

Com isso, avarias e defeitos são encontrados e solucionados mais rapidamente, evitando retrabalhos, perdas produtivas e falhas de manutenção.

Qual norma fala sobre ensaios não destrutivos? 

Não existe uma única norma que trata sobre ensaios não destrutivos, porque dentro dessa classificação existem diferentes procedimentos que podem ser aplicados. 

Veja algumas das principais normas e sobre o que cada uma trata: 

  • NBR 16450: ensaio não destrutivo – líquido penetrante – qualificação de procedimento;
  • NBR: 15691: ensaio não destrutivo – líquido penetrante – prática padronizada; 
  • NBR 15928: ensaio não destrutivo – análise de vibrações – terminologia;
  • NBR 10082: ensaio não destrutivo – análise de vibrações – avaliação da vibração mecânica de máquinas com velocidade de operação de 600 r/min 5.000 r/min;
  • NBR 16969: ensaio não destrutivo – termografia infravermelha – princípios gerais;
  • NBR 16818: ensaio não destrutivo – termografia infravermelha – procedimento para aplicações do método de termografia infravermelha; 
  • NBR 15424: ensaio não destrutivo – termografia infravermelha – terminologia; 
  • NBR 15763: ensaio não destrutivo – termografia infravermelha – critérios de definição de periodicidade de inspeção em sistemas elétricos de potência;
  • NBR 15866: ensaio não destrutivo – termografia infravermelha – metodologia de avaliação de temperatura de trabalho de equipamentos em sistemas elétricos;
  • NBR 15824: ensaio não destrutivo – ultrassom – procedimento para medição de espessura;
  • NBR NM 315: ensaio não destrutivo – ensaio visual – requisitos e práticas recomendadas; 
  • NBR 16601: ensaio não destrutivo – emissão acústica – procedimentos para ensaios em guindastes articulados hidráulicos com ou sem cesto acoplado;
  • NBR 16593: ensaio não destrutivo – emissão acústica – procedimento para ensaio em cestas aéreas isoladas e não isoladas.
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Quais são os tipos de ensaios não destrutivos? 

Conheça mais sobre alguns dos principais métodos de ensaios não destrutivos: 

Ensaio não destrutivo ultrassom

O ensaio não destrutivo de ultrassom busca encontrar falhas internas em peças de grande espessuras, como chapas. 

A identificação da irregularidade acontece por meio de um equipamento chamado transdutor, que ao ser colocado na superfície do material inspecionado emite ondas acústicas que detectam quando existem defeitos como rupturas internas, falhas ou cavidades. 

Assim é possível marcar em qual parte da superfície está a irregularidade e qual a sua profundidade.   

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Ensaio não destrutivo líquido penetrante

Em busca de falhas que comprometam a qualidade e resistência das peças, a técnica de líquido penetrante pode ser utilizada em diversos tipos de materiais

Nesses casos, a inspeção é realizada da seguinte forma: um líquido químico misturado a corante visível é depositado na superfície do material e ao penetrar na estrutura, evidencia visualmente onde estão trincas, dobras, rupturas e fendas. 

A remoção do líquido é simples e prática e pode ser feita com água ou solventes. 

Ensaio não destrutivo estanqueidade

O teste de estanqueidade é uma técnica que aponta a existência de vazamentos, sendo muito utilizada para verificar tubulações de gás e suas soldas, conexões e válvulas. 

O teste consiste em injetar ar dentro da tubulação, calibrar o instrumento de medição da pressão chamado de manômetro, e esperar de 5 a 10 minutos para que o ar estabilize dentro da tubulação, conferindo a medição feita pelo instrumento. 

Estando dentro dos parâmetros estabelecidos e não apresentando variações, significa que não existem sinais de vazamentos. 

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Ensaio não destrutivo termografia 

A análise termográfica acontece por meio de termovisores, que captam a radiação infravermelha dos sistemas e as transformam em imagens térmicas. 

Essas imagens nada mais são do que uma escala de calor, que evidencia em quais pontos da estrutura existe calor excessivo, demonstrando sinais de superaquecimento. 

É uma metodologia de manutenção preditiva muito utilizada na inspeção de rolamentos, motores e de componentes elétricos 

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Ensaios não destrutivos inspeção visual 

Esse tipo de inspeção visual pode ser realizada com a ajuda de lupas, microscópios, projetores óticos, drones, gabaritos ou comparadores. 

É uma técnica simples, com baixo custo e que consiste na observação do objeto a ser inspecionado pela equipe técnica. 

É comum a utilização de checklists com instruções para guiar as observações. Durante as checagens podem ser avaliadas a existência de corrosão, desalinhamento e rachaduras, por exemplo. 

Ensaio não destrutivo análise de vibração 

Todo equipamento emite algum tipo de vibração quando está funcionando. Analisar essas vibrações é o que permite que a equipe técnica identifique quando alguma coisa não está funcionando como deveria. 

Para ser realizado, esse tipo de ensaio não destrutivo precisa da ajuda de sensores, como acelerômetros que captam e medem as vibrações emitidas por diferentes componentes do equipamento. 

Ao fazer um comparativo dos dados fornecidos pelos sensores é fácil visualizar quando os parâmetros fogem da normalidade, representando irregularidades nos equipamentos como desalinhamentos, desequilíbrio e problemas nos rolamentos. 

Ensaio não destrutivo emissão acústica

Através das análises de emissão acústica, as equipes conseguem encontrar sinais de vazamentos e corrosão. 

Esse é um tipo de ensaio muito utilizado em vasos de pressão e tubulações, para averiguar sua saúde estrutural. 

O teste é realizado quando os equipamentos estão em funcionamento, para escutar a energia liberada por eles por meio de sensores, que conseguem captar anomalias e descontinuidades.

Ensaio não destrutivo partículas magnéticas 

O ensaio não destrutivo de partículas magnéticas só pode ser realizado em materiais ferromagnéticos, ou seja, aqueles que são altamente atraídos por ímãs. 

Ao submeter o material a campos magnéticos, as partículas magnéticas vão se alinhar no local onde existe algum tipo de defeito ou perturbação, como em trincas. 

Esse campo magnético pode ser criado com ímãs permanentes ou eletroímãs, o que demanda a aplicação de uma corrente.

Ensaio não destrutivo radiografia 

A aplicação do ensaio de radiografia em equipamentos segue um princípio parecido com o utilizado na medicina, o que muda é o nível de radiação, que é muitas vezes maior. 

Ou seja, são emitidos raios (X ou gama), em que uma parte é absorvida pelo material e a outra o atravessa, sensibilizando o filme e criando uma imagem. 

Esse tipo de técnica é muito aplicada em gasodutos, caldeiras de vapor e equipamentos de refinaria. 

Qual a diferença entre ensaios destrutivos e não destrutivos? 

A principal diferença entre essas duas metodologias é que os ensaios destrutivos são realizados geralmente como forma de testar amostras dos materiais na fase em que os equipamentos estão sendo projetados. 

Dessa forma, o ensaio destrutivo utiliza técnicas que deixam marcas no material, tornando a amostra inutilizável.  

Durante o ensaio destrutivo são realizados testes de tração, flexão, compressão, cisalhamento, torção, dureza, impacto, entre outros. Isso serve para analisar o comportamento dos materiais quando submetidos a diferentes tipos de condições, semelhante às de operação. 

Esses procedimentos ajudam a identificar o nível de resistência dos materiais e prever o comportamento deles frente a algumas situações, tendo a certeza de que para aquele uso específico foram utilizados os melhores e mais seguros materiais. 

Por sua vez, o ensaio não destrutivo realiza suas análises a procura de não conformidades e descontinuidades sem provocar qualquer dano aos materiais. 

Esse tipo de técnica é utilizada periodicamente para assegurar a qualidade e segurança dos equipamentos, atestando que eles não apresentam irregularidades que comprometam seu funcionamento. 

Quem pode fazer um ensaio não destrutivo? 

O ensaio não destrutivo só pode ser realizado por profissionais capacitados e habilitados, com certificação em suas áreas de atuação e registros em órgãos reguladores. 

Outro cuidado é para que esses profissionais estejam em constante capacitação e treinamento. 

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Quando métodos de ensaios não destrutivos são utilizados?

Como os ensaios não destrutivos são uma forma de prevenção, evitando que falhas e defeitos tragam riscos à operação dos equipamentos ou que eles tenham seu funcionamento comprometido, eles devem ser realizados frequentemente. 

A periodicidade exata depende de diferentes fatores como: 

  • Tipo de material/equipamento a ser inspecionado;
  • Técnica utilizada;
  • Recomendações de normas técnicas e fabricantes;
  • Tempo de uso;
  • Nível de criticidade.

O ideal é que todos os critérios sejam considerados e um plano de manutenção seja criado para organizar a frequência de cada inspeção. 

Você pode utilizar o modelo de plano de manutenção preventiva em Excel feito pelo Produttivo. Veja só como ele é: 

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Quais são as aplicações dos ensaios não destrutivos?

Os ensaios não destrutivos podem ser aplicados a diferentes tipos de materiais, equipamentos e indústrias. Conheça os setores mais comuns: 

  • Petróleo e petroquímico;
  • Nuclear;
  • Aeroespacial;
  • Siderúrgico; 
  • Ferroviário;
  • Naval;
  • Eletromecânico;
  • Automotivo. 

Também é utilizado em diferentes áreas nas indústrias, como na fabricação de novos produtos, análise de integridade de materiais, manutenção e na regulamentação de vasos e caldeiras. 

Quais são as vantagens dos ensaios não destrutivos? 

Os ensaios não destrutivos ajudam a preservar os ativos e ainda trazem inúmeros benefícios para as empresas. Conheça alguns: 

Redução de custos 

Quando um equipamento não funciona como deve por conta de alguma não conformidade, isso se reflete em retrabalho, refugos e perdas para a empresa, que são sentidas diretamente no bolso.

Por outro lado, ao adotar técnicas de ensaios não destrutivos essas irregularidades, que não poderiam ser identificadas com a ajuda de nenhuma outra metodologia, são detectadas e corrigidas rapidamente, o que colabora para a redução de custos. 

Melhoria de desempenho

Pequenas falhas podem gerar grandes impactos, mas quando os ensaios não destrutivos encontram essas pequenas falhas e as corrigem, os equipamentos começam a operar melhor, aumentando sua performance e desempenho. 

Redução de riscos e aumento de segurança

Os riscos vão embora quando os problemas são detectados e solucionados, o que faz com que o ambiente de trabalho se torne mais seguro, principalmente para os colaboradores que operam o maquinário. 

Como registrar inspeções e manutenções no celular?

Em qualquer inspeção ou manutenção, o serviço deve ser registrado, tanto para ter um histórico completo que ajude no diagnóstico e acompanhamento dos ativos quanto para comprovar o que foi feito. 

Mas fazer isso no papel é um grande desafio. A equipe precisa lidar com esquecimentos, perdas, rasuras e a dificuldade dos gestores em entender o que foi escrito. Tudo isso acaba gerando retrabalho e comprometendo a qualidade do serviço prestado. 

Com a ajuda da tecnologia, o registro dos serviços pode ser mais simples, prático e rápido. Existem sistemas e aplicativos hoje, como o Produttivo que permitem que o registro seja feito no celular, sem precisar de acesso à internet e com recursos que agilizam o preenchimento: 

  • Informações sobre a empresa, o cliente e o equipamento preenchidas automaticamente;
  • Consulta de histórico por QR Code;
  • Cálculo automático de tempo de atendimento e de valores de peças, materiais e serviços;
  • Fotos anexadas na hora ao relatório com marcação de data, horário e local;
  • Questões de checklist com pontuação;
  • Coleta de assinaturas digitais; 
  • E muito mais. 

Além disso, no computador os gestores conseguem agendar serviços recorrentes de forma automática, acompanhar o andamento de cada atividade, receber e gerenciar chamados e acompanhar indicadores sobre a operação! 

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