Sistema de ventilação: tipos, como funcionam e dicas

Você já deve ter observado que a maioria dos locais que frequentamos possui algum tipo de sistema de ventilação: desde janelas para a circulação do ar até aparelhos de climatização para filtrá-lo e melhorar sua qualidade.

Esses são alguns tipos de sistemas de ventilação, que são responsáveis por renovar e tratar o ar para que o ambiente fique mais agradável e confortável.

No artigo a seguir, entenda como o sistema de ventilação funciona, quais são os tipos, conheça seus componentes e veja como fazer a manutenção adequada. Boa leitura!

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O que é um sistema de ventilação?

Um sistema de ventilação é um conjunto de equipamentos projetados para movimentar, renovar e tratar o ar em um ambiente, de modo a melhorar sua qualidade, conforto e segurança.

Ele é essencial em residências, indústrias, hospitais, escritórios e outros locais onde o controle da qualidade do ar é necessário.

Existem quatro tipos principais de sistemas de ventilação, como veremos mais adiante; cada um é indicado para uma necessidade específica.

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Quais os objetivos do sistema de ventilação?

Os objetivos de um sistema de ventilação são variados e dependem do tipo de ambiente e das necessidades específicas de cada espaço. Em geral, ele busca garantir conforto, segurança, eficiência energética e saúde dos ocupantes.

Vamos conhecer alguns desses objetivos:

Renovação do ar

Um dos principais objetivos do sistema de ventilação é substituir o ar viciado por ar fresco, removendo gases acumulados, dióxido de carbono (CO₂) e outros poluentes.

Ele também assegura a entrada de oxigênio suficiente para a respiração humana e de outros organismos presentes no ambiente.

Controle da qualidade do ar

O sistema de ventilação também é importante para remover partículas como poeira, alérgenos e fumaça, e reduzir a concentração de contaminantes químicos, biológicos (fungos, bactérias) ou tóxicos.

Esses agentes podem apresentar danos à saúde, por isso é importante contar com o sistema para removê-los adequadamente. Além disso, ele ainda evita o acúmulo de odores desagradáveis, como os provenientes de resíduos ou cozinhas.

Conforto térmico

Os componentes do sistema ainda buscam promover uma circulação de ar que minimize variações extremas de temperatura. Com isso, contribuem para a eficiência de sistemas de climatização, como ar-condicionado ou aquecimento, mantendo o ar em movimento constante.

Controle de umidade

Também é possível usar o sistema para regular os níveis de umidade do ar, evitando condições que favoreçam o crescimento de mofo, ácaros e outros microrganismos prejudiciais à saúde.

Isso ainda protege materiais sensíveis à umidade, como madeira, papéis e tecidos.

Remoção de calor e fumaça

O sistema de ventilação ajuda a dissipar o calor gerado por máquinas, equipamentos ou ocupantes em ambientes industriais, comerciais ou residenciais. Em caso de incêndios, ele facilita a saída de fumaça e gases quentes, protegendo os ocupantes e reduzindo danos à estrutura.

Segurança

Nesse sentido, o sistema ainda protege contra a acumulação de gases tóxicos ou inflamáveis em indústrias e locais sensíveis. Também pode reduzir o risco de doenças respiratórias, especialmente em locais com aglomeração de pessoas, como escritórios e hospitais.

Sustentabilidade e eficiência energética

Ainda é possível otimizar o uso de energia, promovendo a circulação de ar natural ou mecânica de maneira eficiente. Isso reduz a dependência de sistemas de climatização artificiais (como ar-condicionado), contribuindo para a economia de energia.

Adequação a normas e regulamentos

Em algumas situações, o sistema de ventilação pode ser necessário para atender às exigências de segurança e conforto impostas por normas regulamentadoras, como as da NR-17 (ergonomia) ou NR-15 (insalubridade) no Brasil.

Assim, ele garante a conformidade com padrões ambientais e de saúde pública.

Quais são os tipos de sistemas de ventilação?

Existem três tipos de sistemas de ventilação, vamos conhecê-los e entender quando cada um é indicado:

Ventilação natural

Baseia-se no fluxo de ar por aberturas, janelas e frestas, sem o uso de equipamentos mecânicos. É mais comum em residências e imóveis de baixa complexidade, ou seja, que não exigem climatização específica.

Também é muito usado por seu baixo custo de instalação e operação.

Porém, a ventilação natural pouco controle sobre o fluxo de ar e pode ser ineficiente em climas extremos ou locais fechados. 

Ventilação mecânica

Utiliza ventiladores e exaustores para garantir a circulação e renovação do ar. É projetada para ambientes onde a ventilação natural é insuficiente ou inviável.

A ventilação mecânica proporciona maior controle do fluxo de ar e funciona independentemente das condições climáticas externas, mas consome energia elétrica e tem custo de instalação e manutenção mais elevado.

Ventilação forçada

É uma categoria da ventilação mecânica em que o ar é movido de forma controlada e direcionada, geralmente com o auxílio de dutos. Muito usada em locais como fábricas, hospitais e laboratórios, onde a qualidade e a direção do ar são críticas.

Pode ser dividida em duas subcategorias:

  • Pontual: remove contaminantes diretamente da fonte, como coifas de cozinha e exaustores localizados;
  • Geral: promove a circulação de ar em todo o ambiente.

Ventilação híbrida

Integra ventilação natural e mecânica, maximizando eficiência energética. Geralmente utiliza ventilação natural durante condições climáticas favoráveis e ativa a ventilação mecânica quando necessário.

Por um lado, a ventilação híbrida promove economia de energia ao aproveitar a ventilação natural e oferece flexibilidade para atender diferentes necessidades. Por outro, ela pode exigir maior investimento inicial e necessita de planejamento técnico detalhado.

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Como funciona o sistema de ventilação?

O funcionamento de um sistema de ventilação varia conforme o tipo de sistema utilizado. Veja mais:

  1. Durante condições adequadas, as aberturas naturais (como janelas) promovem a troca de ar;
  2. Sensores monitoram a qualidade do ar, temperatura e umidade, indicando a necessidade de intervenção;
  3. Se necessário, ventiladores ou exaustores são ativados automaticamente ou manualmente;
  4. O equipamento cria um fluxo de ar forçado, removendo o ar contaminado ou trazendo ar fresco;
  5. O sistema pode incluir filtros para purificar o ar, controladores de umidade e reguladores de temperatura.

Ou seja, o sistema de ventilação funciona em um fluxo contínuo de entrada do ar (janelas ou ventiladores), tratamento (desumidificação, aquecimento ou resfriamento) e saída, eliminando o ar contaminado para fora do ambiente.

Quais são os componentes do sistema de ventilação?

O sistema de ventilação é formado por um conjunto de componentes que atuam juntos para renovar o ar. Vamos ver quais são eles:

  • Dutos: canais que transportam o ar para dentro e fora dos ambientes;
  • Ventiladores: equipamentos que movimentam o ar, seja para exaustão (remover ar viciado) ou insuflamento (adicionar ar fresco);
  • Exaustores: removem ar contaminado, quente ou com odores de um espaço;
  • Filtros: removem partículas, poeira, poluentes e microrganismos do ar;
  • Controle de umidade: equipamentos que ajudam a manter a umidade em níveis ideais, como desumidificadores e umidificadores;
  • Reguladores de fluxo: dispositivos que controlam o volume e a velocidade do ar;
  • Sensores e controles: sistemas automáticos para ajustar a ventilação com base em fatores como temperatura, umidade e concentração de CO₂.

Um sistema de ventilação mais complexo pode necessitar de mais componentes, enquanto os mais simples não dependem de tantos equipamentos. É o caso da ventilação natural, que normalmente só depende de janelas e outros dutos de entrada e saída de ar.

Como fazer a manutenção do sistema de ventilação?

A manutenção de um sistema de ventilação é essencial para garantir seu desempenho, prolongar sua vida útil e manter a qualidade do ar interno. O processo pode variar dependendo do tipo de sistema (natural, mecânico, híbrido ou forçado), mas há práticas gerais que se aplicam à maioria dos casos:

Inspeção regular

Mensalmente, verifique os componentes principais, como dutos, ventiladores, exaustores e filtros. Procure sinais de desgaste, corrosão, vibração excessiva ou peças soltas.

Inspecione também as conexões elétricas e os sensores de controle.

Limpeza dos componentes

A cada 3 ou 6 meses, lave ou substitua os filtros de ar regularmente, dependendo do tipo:

  • Filtros HEPA: substitua conforme a recomendação do fabricante;
  • Filtros reutilizáveis: lave com água e detergente suave.

Remova poeira, mofo e detritos acumulados para evitar a obstrução dos dutos de ar. Isso pode ser feito anualmente. Contrate profissionais para limpeza profunda dos dutos a cada 2 anos ou conforme a periodicidade indicada pelo fabricante.

Grelhas e difusores também precisam de limpeza nas superfícies para evitar o acúmulo de poeira, assim como ventiladores e exaustores — remova sujeira das pás e lubrifique os rolamentos, se necessário.

Verificação e reparo de componentes mecânicos

Certifique-se de que ventiladores, exaustores e insufladores estão funcionando sem ruídos anormais ou vibração excessiva. Ajuste ou substitua correias e rolamentos desgastados.

Não se esqueça de testar os motores elétricos e sensores de controle. Esse processo pode ser feito a cada 6 meses.

Teste de eficiência do sistema

Verifique se o fluxo de ar está adequado em todas as áreas. Utilize medidores de vazão de ar para detectar obstruções ou perdas de eficiência. Avalie a qualidade do ar com sensores de CO₂ ou partículas.

Inspeção dos sistemas de controle e automação

Teste termostatos, sensores de umidade e controladores automáticos. Certifique-se de que os sistemas de monitoramento estão funcionando corretamente e atualize softwares de controle, se aplicável.

Ajuste dos níveis de umidade e temperatura

Inspecione e limpe os umidificadores e desumidificadores. Verifique os equipamentos de aquecimento ou resfriamento integrados ao sistema.

Remoção de contaminações

Inspecione e limpe áreas com sinais de mofo, fungos ou bactérias.

Aplique produtos desinfetantes em dutos ou superfícies contaminadas, seguindo normas de segurança.

Revisão das normas de segurança

Certifique-se de que o sistema atende às regulamentações locais. Anualmente, realize testes de evacuação de fumaça (em sistemas de ventilação industrial ou de emergência).

As estratégias de manutenção do sistema de ventilação podem variar conforme o sistema em si, por isso é importante ficar de olho nas recomendações do fabricante e seguir as instruções do Plano Manutenção, Operação e Controle (PMOC) dos equipamentos.

Modelo de PMOC DIgital para usar dentro do sistema do Produttivo

Software para PMOC do sistema de ventilação

Embora o sistema de ventilação seja regulamentado por normas diferentes das que abordam os sistemas de climatização e aparelhos de ar condicionado, o uso de um PMOC pode ajudar na definição da periodicidade das manutenções e dos cuidados recomendados.

Esse conjunto de documentos pode conter informações sobre os imóveis, os componentes do sistema de ventilação, os responsáveis técnicos pelas manutenções e um descritivo sobre os cronogramas e procedimentos de cada inspeção.

Os modelos digitais de PMOC são uma alternativa aos modelos em papel, porque deixam o controle mais eficaz e eliminam a necessidade de emitir muitos documentos, principalmente quando os locais inspecionados contam com vários equipamentos de ventilação.

Em alguns softwares, como é o caso do Produttivo, os planos de manutenção são criados automaticamente com base nas periodicidades em que devem acontecer. Os técnicos são notificados dos serviços no aplicativo e o formulário é respondido direto do celular durante o serviço, sem precisar de acesso à internet.

Olha só um exemplo de PMOC digital preenchido dentro do Produttivo e exportado em PDF:

Com o Produttivo, você pode criar um PMOC para cada cliente, local ou equipamento e ter mais controle sobre seus serviços. Tudo isso por meio de recursos como:

  • Portal de abertura de chamados para recebimento de solicitações dos clientes.
  • Painel de atividades vinculado à agenda dos técnicos;
  • Checklists, relatórios e ordens de serviço digitais para registrar a manutenção e complementar o PMOC;
  • Compartilhamento por WhatsApp ou e-mail;
  • Armazenamento em nuvem de todas as informações, que ficam disponíveis para consulta do histórico;
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