Como fazer a manutenção de equipamentos odontológicos

A manutenção de equipamentos odontológicos é essencial para garantir o bom funcionamento do consultório, a segurança dos pacientes e o bom andamento das operações.

Para que ela seja feita corretamente, é preciso ficar de olho no tipo de manutenção mais adequado, na frequência das inspeções e nas atividades a serem realizadas em cada equipamento.

Por isso, criamos este guia para auxiliar na criação do cronograma de manutenção de equipamentos odontológicos, incluindo as principais tarefas que precisam ser feitas, quando e quais as vantagens. Acompanhe!

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O que é a manutenção de equipamentos odontológicos?

A manutenção de equipamentos odontológicos é um conjunto de ações voltadas para garantir que os aparelhos e instrumentos utilizados em consultórios odontológicos estejam sempre funcionando corretamente e com segurança.

Os reparos em equipamentos como autoclaves, cadeiras odontológicas, aparelhos de raio-X, motores de alta rotação e equipamentos de ultrassom, é essencial para garantir a segurança e a eficácia dos tratamentos, além de reduzir custos a longo prazo e evitar interrupções no atendimento.

Alguns cuidados podem ser feitos diretamente na clínica no dia a dia mesmo, como limpeza e lubrificação. Já manutenções mais delicadas, como as que envolvem troca de peças e reparos mais profundos, devem ser realizadas por profissionais especializados.

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Quais são os tipos de manutenção de equipamentos odontológicos?

Existem três principais tipos de manutenção de equipamentos odontológicos. Conheça quais são eles:

Manutenção preventiva

A manutenção preventiva envolve inspeções e cuidados periódicos para evitar problemas futuros, aumentando a vida útil dos equipamentos. Isso inclui limpeza, lubrificação, calibração e ajustes, além da verificação de componentes desgastados ou deteriorados. É recomendada para minimizar o tempo de inatividade, garantir a segurança dos pacientes e profissionais e prevenir quebras inesperadas.

Ela deve ser feita em intervalos pré-determinados mesmo que o equipamento não apresente problema; afinal, é possível que haja um indício de falha que pode se agravar sem o cuidado adequado, e a manutenção preventiva assegura que isso seja feito de forma planejada e com antecedência.

Manutenção corretiva programada

Por sua vez, a manutenção corretiva programada é feita uma vez que o equipamento tenha apresentado problemas de funcionamento (que podem ser identificados na manutenção preventiva ou não) e necessite de uma resolução sem urgência.

Nesse caso, a manutenção pode ser agendada para um momento mais conveniente, como períodos de baixa demanda ou maior reserva de caixa. 

Manutenção corretiva emergencial

Já a manutenção emergencial também é corretiva, mas é realizada quando um equipamento já apresentou falhas ou parou de funcionar e precisa de correção imediata. Nesses casos, o técnico faz o reparo assim que possível, devolvendo o equipamento às condições de uso normais.

Em alguns casos, a manutenção corretiva emergencial é apenas temporária, ou seja, fornece um cuidado paliativo para que o equipamento possa voltar a funcionar o quanto antes, mas ainda será necessário uma nova manutenção no futuro.

Quando um equipamento odontológico precisa de manutenção?

Muitos equipamentos, como canetas de alta e baixa rotação e motores, precisam de uma limpeza e lubrificação diárias, especialmente aqueles que entram em contato direto com os pacientes. Já a limpeza semanal pode incluir desinfecção mais profunda e verificação de desgastes visíveis.

Veja algumas recomendações quanto à periodicidade da manutenção de equipamentos odontológicos:

Início do expediente

Alguns cuidados precisam ser tomados diariamente, antes do início do expediente, para que os equipamentos funcionem bem ao longo do dia. Por exemplo:

  • Higienização das peças de mão e seringas;
  • Limpeza da unidade dentária;
  • Lubrificação das canetas (pode ser feita a cada dois dias).

Fim do expediente

Uma vez que o expediente seja encerrado, recomenda-se:

  • Esvaziar e limpar a lavadora ultrassônica;
  • Desligar as unidades de entrega;
  • Higienizar e lubrificar as válvulas;
  • Desligar corretamente cilindros de óxido nitroso e de oxigênio.

Semanalmente

Além da rotina diária, alguns cuidados precisam ser tomados semanalmente. Tais como:

  • Higienização e lubrificação dos componentes de sucção;
  • Inspeção do tanque de drenagem do compressor;
  • Teste biológico na autoclave;
  • Limpeza do filtro do sugador da cadeira odontológica.

Mensalmente

Alguns aparelhos, como compressores de ar, válvula de alívio de pressão e bombas de sucção, devem ser revisados mensalmente. É importante limpar filtros ou substituí-los, se necessário, verificar o nível de óleo (quando aplicável) e checar se não há obstruções ou vazamentos.

Anualmente

Pelo menos uma vez por ano, uma revisão completa de todos os equipamentos é recomendada. Isso deve ser feito por um técnico especializado, que verificará itens que podem passar despercebidos no dia a dia.

Além das práticas gerais, é essencial seguir o manual do fabricante, que indica intervalos específicos e procedimentos recomendados para garantir a performance e a segurança de cada equipamento.

Qual a importância da manutenção de equipamentos odontológicos?

A manutenção de equipamentos odontológicos é fundamental para garantir a segurança, a eficácia e a durabilidade desses aparelhos, que são essenciais no dia a dia de uma clínica odontológica. Vamos conhecer mais a fundo essas vantagens:

Eficiência operacional

Equipamentos que falham durante o atendimento podem interromper as operações da clínica, causando atrasos e impactando a agenda dos pacientes. A manutenção regular ajuda a evitar essas interrupções e a manter o fluxo de trabalho com eficiência e qualidade.

Segurança do paciente

Equipamentos bem mantidos reduzem o risco de falhas que podem causar acidentes ou comprometer a saúde de pacientes e profissionais. Por exemplo, autoclaves em boas condições garantem a esterilização adequada dos instrumentos, prevenindo infecções.

Os pacientes também percebem quando a clínica usa equipamentos modernos e bem cuidados. Isso transmite uma imagem de profissionalismo e atenção, aumentando a confiança nos serviços prestados.

Durabilidade dos equipamentos

A manutenção preventiva é mais econômica a longo prazo, pois reduz a necessidade de reparos caros e aumenta a vida útil dos equipamentos. Equipamentos que quebram com frequência ou que são substituídos prematuramente representam um custo adicional para a clínica.

Conformidade com as regulamentações

A maioria dos órgãos regulatórios exige que os equipamentos estejam em boas condições de funcionamento e frequentemente estabelece normas para a manutenção de aparelhos de saúde. Estar em conformidade evita penalidades e garante um atendimento de qualidade.

A manutenção, portanto, não apenas protege o investimento feito nos equipamentos, mas também contribui para a reputação e a eficiência do consultório.

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Quando fazer a manutenção de equipamentos odontológicos?

Além da frequência recomendada de manutenção, como falamos anteriormente, também pode ser preciso realizar uma inspeção em situações específicas. Vamos entender melhor:

Manutenção preventiva

Cada equipamento tem um cronograma de manutenção recomendado pelo fabricante, geralmente baseado no número de usos, horas de funcionamento ou tempo decorrido desde a última revisão. Seguir essas orientações ajuda a manter o bom funcionamento e evita problemas futuros.

Após uso intenso

Em períodos de alta demanda com uso intenso, os equipamentos odontológicos podem sofrer mais desgaste. Leve em conta a rotina da clínica para agendar inspeções e manutenções após esses momentos, aproveitando os períodos de baixa procura para assegurar que os equipamentos estejam aptos para uso.

Em caso de falhas

Barulhos estranhos, aquecimento excessivo, baixa potência, vazamento de líquidos ou ar, ou qualquer comportamento anormal indicam a necessidade de manutenção. Por exemplo, uma cadeira odontológica que faz ruídos ao ser ajustada ou um motor que perde velocidade precisam de revisão.

Quando um equipamento começa a perder desempenho, como uma autoclave que demora mais para atingir a pressão ou temperatura corretas, isso também indica necessidade de manutenção para garantir a eficácia na esterilização.

Antes de auditorias e inspeções

Caso o consultório esteja sujeito a auditorias, inspeções e vistorias, programe as manutenções para que ocorram antes desses eventos e assim os equipamentos estarão em conformidade quando a checagem ocorrer.

Quais são os principais procedimentos de manutenção de equipamentos odontológicos?

Os principais procedimentos de manutenção de equipamentos odontológicos incluem ações de limpeza, calibração, inspeção e reparo. Esses procedimentos variam de acordo com o tipo de equipamento e a frequência de uso, mas geralmente incluem:

Limpeza

A limpeza é essencial para equipamentos como canetas de alta e baixa rotação, que entram em contato direto com o paciente. Além da lavagem com soluções específicas, a desinfecção é fundamental para prevenir contaminação.

Autoclave e ultrassom também precisam ser limpos regularmente para evitar a formação de resíduos e garantir a esterilização eficaz dos instrumentos.

Calibração

Equipamentos de diagnóstico, como raios-X e aparelhos de ultrassom, precisam ser calibrados para garantir a precisão dos resultados. Essa calibração é feita geralmente por técnicos especializados em intervalos determinados pelo fabricante ou pela clínica.

Verificação de conexões e fios

Inspeções elétricas garantem que não há falhas nos circuitos, tomadas, fios ou conexões que possam causar acidentes. Testes de segurança elétrica são recomendados anualmente.

Troca de peças

Componentes de equipamentos odontológicos, como lâmpadas, tubos de raios-X, fusiveis e rolamentos, devem ser trocados conforme necessário. Substituir peças desgastadas ajuda a evitar falhas maiores.

Compressores de ar e bombas de vácuo têm filtros que devem ser limpos ou trocados regularmente para manter a eficiência. Os filtros evitam a entrada de sujeira e partículas que podem danificar o equipamento.

Já autoclaves possuem juntas e vedantes que precisam de inspeção frequente para evitar vazamentos de vapor.

Atualização de software

No caso dos equipamentos que funcionam com softwares, é preciso fazer a atualização regular dos sistemas utilizados para garantir seu funcionamento contínuo e adequado. Muitas vezes, isso pode ser feito pela própria equipe do consultório.

Inspeção visual

A inspeção visual pode ser feita pela própria equipe para identificar falhas ou danos visíveis, como desgaste, corrosão, oxidação, entre outros. Caso algum problema seja observado, é possível agendar uma manutenção programada com um profissional para corrigir a situação.

Treinamento da equipe

Todos os membros da equipe devem ser instruídos a identificar sinais de falha, como ruídos incomuns, baixa performance do equipamento e outros indícios de problemas. Oriente sua equipe sobre como relatar uma falha e como proceder em caso de necessidade de alguma intervenção urgente (ou seja, que não possa esperar a visita do técnico), como desligamento do aparelho.

Documentação adequada

Não se esqueça de manter uma documentação detalhada sobre a manutenção de equipamentos odontológicos. Invista em checklists e relatórios de manutenção que criem um histórico do equipamento, informando quais foram as intervenções realizadas, quando, que peças foram trocadas e outras informações que podem ser úteis no futuro.

Guarde bem essa documentação, porque ela pode servir para consulta futuramente.

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Como a falta de manutenção afeta o desempenho de uma clínica odontológica?

A falta de manutenção nos equipamentos odontológicos pode afetar o desempenho de uma clínica de diversas formas, desde problemas operacionais até impactos financeiros e na satisfação dos pacientes. Olha só:

Interrupções nos atendimentos

Equipamentos que falham ou quebram por falta de manutenção podem interromper os atendimentos, causando atrasos e cancelamentos, o que afeta a agenda e prejudica a experiência do paciente. Paradas inesperadas forçam a clínica a reprogramar procedimentos, o que pode comprometer a reputação e a confiança do paciente.

Redução na qualidade dos tratamentos

Equipamentos mal calibrados ou em mau estado podem comprometer a precisão e a qualidade dos procedimentos odontológicos. Por exemplo, um aparelho de ultrassom com baixo desempenho ou uma autoclave que não realiza a esterilização adequada colocam em risco a eficácia dos tratamentos.

Aumento de custos com reparos e substituição de equipamentos

Sem manutenção preventiva, equipamentos estão mais propensos a falhas graves que exigem reparos emergenciais e até substituição completa, o que é mais custoso que uma manutenção periódica. Esse aumento de despesas pode impactar o orçamento e comprometer investimentos em melhorias para a clínica.

Risco para a saúde e segurança

Equipamentos em mau estado podem representar riscos para a saúde e segurança dos pacientes e dos profissionais. Uma autoclave que não realiza a esterilização corretamente, por exemplo, aumenta o risco de infecção, enquanto falhas elétricas em equipamentos podem causar acidentes.

Perda de confiança dos pacientes

Pacientes percebem quando uma clínica é organizada e possui equipamentos em bom estado, o que transmite uma imagem de profissionalismo e cuidado. Equipamentos em más condições ou paradas inesperadas geram uma percepção negativa e podem afastar os pacientes, prejudicando a fidelização e a atração de novos clientes.

Desgaste dos profissionais e do ambiente de trabalho

A falta de manutenção pode gerar estresse adicional para a equipe, que precisa lidar com improvisos e ajustes frequentes para manter os atendimentos. Isso pode diminuir a satisfação e a produtividade dos profissionais, além de aumentar o tempo necessário para cada procedimento.

Manter os equipamentos em bom estado é um investimento essencial para o bom funcionamento e crescimento sustentável da clínica, garantindo segurança, qualidade e eficiência nos serviços prestados.


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