técnico realizando lubrificação industrial

Lubrificação industrial: o que é e quando usar cada tipo

Já parou pra pensar no que acontece quando uma máquina para no meio da produção? As dores de cabeça não são poucas: atraso na entrega, desperdício de matéria-prima e gastos não planejados com manutenção são apenas alguns dos problemas que podem surgir. Muitas vezes o motivo dessas paralisações é mais simples e fácil de resolver do que você imagina: falta de lubrificação adequada. 

Neste artigo, você vai aprender os básicos essenciais para garantir a lubrificação industrial adequada nos seus ativos: tipos, materiais e aditivos de lubrificantes, principais métodos de aplicação e como evitar os erros mais comuns. Boa leitura!

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O que é lubrificação industrial?

A lubrificação industrial é uma prática de manutenção preventiva que consiste em aplicar substâncias lubrificantes nas peças mecânicas dos seus ativos para reduzir o atrito entre elas. Existem diversos métodos de aplicação e tipos de lubrificantes, que devem ser escolhidos com base nas características de cada máquina e de cada peça, individualmente.

Além de melhorar o desempenho das máquinas, a lubrificação industrial adequada contribui para a produtividade da equipe, reduz custos com manutenção corretiva e previne acidentes. É uma medida simples, mas com impacto direto na eficiência e segurança das operações industriais.

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Quais são os tipos de lubrificantes na lubrificação industrial?

Pensando na textura, existem 4 tipos de lubrificantes. Para entender melhor cada um deles, você precisa saber o que é viscosidade. 

Você pode observar o quão viscoso é um material em situações práticas na sua cozinha: ao temperar carnes, por exemplo, se você usa óleo, perceba que ele escorre facilmente no alimento e fica no fundo do recipiente. Já ao usar manteiga, precisa espalhar melhor para que ela alcance toda a superfície da comida, mas ela parece se “fixar” melhor que o azeite. Nesse caso, a manteiga possui uma viscosidade mais alta que o óleo. 

Agora que você já viu um exemplo prático que te ajudou a entender melhor, veja os tipos de lubrificantes:

Lubrificantes líquidos

Os lubrificantes líquidos são, basicamente, óleo aditivado com componentes especiais. Suas características principais são a baixa viscosidade e perda de atrito. Ou seja, apesar de serem ótimos para diminuir o atrito entre as peças, não fixam tão bem nas superfícies. Normalmente, são utilizados em componentes que movimentam cargas pesadas e precisam de velocidade.

Lubrificantes pastosos

São conhecidos como graxas, e normalmente são feitos de óleo mineral e algum espessante, como por exemplo sabonetes à base de lítio, que aumentam sua viscosidade. Em alguns casos, são adicionados mais elementos, dependendo da necessidade e recomendação de uso.

É utilizado principalmente em componentes em que os lubrificantes líquidos escorrem com muita facilidade, impedindo a lubrificação adequada. Além de ajudar na diminuição do atrito e preservação contra a corrosão, os lubrificantes pastosos também são úteis para evitar o superaquecimento.

Lubrificantes sólidos

Os lubrificantes sólidos são utilizados em componentes que sofrem atrito acima do comum ou chegam a temperaturas superiores a 500°C, caracterizando condições extremas. Alguns dos mais utilizados são: grafite, talco, bissulfeto de molibdênio (MoS₂) e óxido de zinco (ZnO₂).

A existência de lubrificantes sólidos pode parecer estranha, não é? Quimicamente falando, a maioria dos elementos utilizados como lubrificantes sólidos têm algo chamado estrutura lamelar – basicamente camadas que deslizam entre si. Para entender melhor, imagine tentar correr num chão com várias cartas de baralho espalhadas: é mais ou menos o que acontece, mas em escala microscópica.

Lubrificantes gasosos

Os lubrificantes gasosos, como o hélio ou o nitrogênio, são utilizados principalmente em ambientes que exigem um alto nível de limpeza ou controle de temperatura, ou quando os outros tipos não são indicados para o caso. 

O destaque desse tipo de lubrificante está no baixo nível de viscosidade, que permite a movimentação mais fácil de peças. O principal contra é que eles não suportam cargas muito pesadas.

Como escolher a lubrificação industrial adequada?

Não é comum que as máquinas tragam no manual qual técnica de lubrificação industrial deve ser utilizada durante seu funcionamento. Então, para fazer uma escolha consciente, você precisa saber sobre alguns aspectos principais:

  • De quantos quilos é a carga que o aparelho lida?
  • Quais temperaturas o ativo atinge?
  • Em qual velocidade a máquina opera?

Baseado nessas informações, é mais fácil perceber qual tipo de lubrificante, desses que você viu logo acima, é o mais adequado. Você também consegue identificar quais aditivos e materiais dessas substâncias devem ser utilizados. Logo falaremos mais sobre isso.

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Qual o material adequado para cada lubrificante?

O material do lubrificante interfere diretamente no seu funcionamento. Conheça as características de cada um:

  • Lubrificante mineral – é o tipo mais comum e normalmente o mais barato. É derivado do petróleo, e normalmente mais viscoso e espesso. Sua principal desvantagem é não ser tão estável e estar sujeito a muitas mudanças químicas, o que faz com que precise ser aplicado com uma frequência e quantidade maiores;
  • Lubrificante sintético – os primeiros lubrificantes sintéticos foram criados para uso em ativos que não lidavam bem com os lubrificantes minerais. Hoje em dia, são chamados “lubrificantes especiais” por algumas marcas, mas não precisam ser utilizados somente nesses casos. Apesar de serem mais caros, o fato de serem produzidos em laboratório permite que eles sejam mais estáveis e tenham características (viscosidade, temperatura suportada, quantidade de carga, etc.) personalizáveis. Outra vantagem é que eles são mais sustentáveis, já que evitam a emissão de resíduos contaminantes derivados do petróleo;
  • Lubrificante semissintético – é uma mistura entre os dois tipos anteriores, o que garante um preço mais acessível, em relação ao sintético, e uma facilidade no controle de qualidade maior, em relação ao mineral. Uma de suas vantagens é conseguir atingir propriedades sem a adição de aditivos.

Como melhorar a lubrificação industrial?

Uma boa estratégia para garantir que o sistema de lubrificação industrial esteja funcionando da melhor maneira possível é adicionar componentes. Veja:

Aditivos para óleos lubrificantes

Existem diversos tipos de ativos em empresas, e cada um deles precisa de propriedades de lubrificação específicas. Veja algumas das possibilidades:

  • Detergentes – exercem dupla função na lubrificação. A principal é manter os componentes limpos, evitando o depósito de impurezas formadas à medida que o lubrificante é usado. Além disso, por ter o pH básico, ajuda a neutralizar os ácidos, subprodutos da oxidação do óleo;
  • Anticorrosivos – como o próprio nome sugere, os anticorrosivos evitam a corrosão de ativos, especialmente os que estão constantemente em contato com ar, água, ou localizados em ambiente litorâneo;
  • Antioxidantes – lubrificantes sofrem oxidação, o que altera a viscosidade e estimula a produção de ácidos. Para tornar esse processo mais lento, é recomendável usar um composto antioxidante, que manterá o óleo saudável por mais tempo;
  • Antiespumantes – a presença de espuma pode afetar diretamente a capacidade de lubrificação e resfriamento do produto, além de facilitar o espalhamento de impurezas no ativo. Por isso, antiespumantes são utilizados;
  • Extrema pressão – feitos a partir de fósforo, enxofre ou cloro, os aditivos de extrema pressão reagem com o metal, formando uma película de proteção extra, resistente à alta pressão e temperatura. Seu uso é em peças que lidam com cargas pesadas ou calor extremo, mas operam em baixa velocidade;
  • Melhoradores de viscosidade – evitam mudanças bruscas na viscosidade dos lubrificantes industriais, que podem acontecer sob alta temperatura ou pressão.

Qual a importância da lubrificação industrial?

A lubrificação industrial é uma prática essencial para manter a qualidade do serviço ou produto final e também para manter a saúde das suas máquinas. Veja quais são as principais vantagens:

  • Controle de temperatura – o atrito entre peças sem lubrificação aumenta a temperatura de maneira perigosa para a segurança do trabalho e também para a saúde da máquina. O lubrificante permite que as máquinas funcionem com menos atrito e, portanto, com menor temperatura;
  • Redução de choques – o choque entre peças também é um dos motivos que leva à diminuição da vida útil. A lubrificação industrial cria uma película entre os metais, evitando esses choques;
  • Protege contra a corrosão – a presença de lubrificante evita o contato do metal com ar, água ou outros componentes que podem danificar sua estrutura;
  • Redução de ruídos – ruídos altos podem ser ocasionados pelo choque entre peças. Por evitar o choque, o uso de lubrificantes também suaviza o ruído;
  • Limpeza das peças – o lubrificante pode servir como veículo para detergentes, retirando impurezas;
  • Aumento da vida útil – tudo o que já citamos ajuda a manter a saúde do equipamento, ou seja, faz com que ele dure por mais tempo, alcance seu maior potencial e precise de menos manutenções corretivas;
  • Produtividade – equipamentos mal cuidados geram pausas na produção, o que impede ou dificulta a realização de várias etapas. Cuidar da lubrificação dos equipamentos é garantir a produtividade da equipe;
  • Reduz acidentes – se um ativo não funciona da maneira como deveria, os EPIs e recomendações de segurança indicados no manual ou normas regulamentadoras podem não ser suficientes para proteger os colaboradores. A lubrificação industrial é essencial para garantir que o aparelho opere dentro dos padrões esperados e para que as regras sejam suficientes para proteger os usuários;
  • Ajuda na manutenção – a lubrificação industrial é uma maneira de prevenir que aconteçam quebras ou falhas e, por isso, é uma prática de manutenção preventiva. Mas, além de tudo isso, a lubrificação industrial também é essencial para a técnica de ferrografia, utilizada como manutenção preditiva para medir a saúde dos ativos a partir das partículas de ferro encontradas em lubrificantes após o uso.
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Quais são os principais erros na lubrificação industrial?

A lubrificação industrial é bastante simples, mas alguns erros comuns podem causar problemas graves. Veja quais práticas devem ser evitadas: 

Não fazer

O primeiro e mais óbvio erro é não realizar a lubrificação industrial. Você já viu todas as vantagens que ela proporciona e os riscos de não realizá-la. É importante priorizar a prática, para garantir a saúde dos ativos e também a segurança dos trabalhadores.

Usar o lubrificante inadequado 

Outro erro é não utilizar lubrificantes específicos para cada um dos seus ativos. Numa indústria alimentícia, por exemplo, a máquina que trabalha com embalagens exige um lubrificante que se comporta bem em altas velocidades, mas o ativo que transfere caixas cheias de um local para o outro precisa de um lubrificante que aguente bastante peso.

Excesso de lubrificante 

Usar muito lubrificante pode causar aumento na temperatura e da pressão, além de desgastes. Ou seja, o excesso muitas vezes facilita as questões negativas que você está tentando evitar. A solução para isso é sempre se atentar aos rótulos e manuais de instrução, e seguir exatamente o que está descrito.

Contaminação

Outra questão que pode ser perigosa é a contaminação dos lubrificantes com sujidades, água ou até mesmo com outros lubrificantes diferentes. Aliada à conservação em locais impróprios, a contaminação desregula as propriedades básicas do lubrificante e pode torná-lo menos eficaz ou até causar danos às máquinas por conta de partículas que entram no sistema junto com o óleo.

A melhor maneira de evitar esse tipo de problema é garantir que todos os lubrificantes estão sendo armazenados de maneira correta, lacrados, num lugar arejado e ao abrigo do sol. Outra prática interessante é separar os tipos diferentes por cores e garantir que eles não tenham contato. 

Quais são os métodos de lubrificação industrial?

Existem várias maneiras de fazer a lubrificação industrial. Veja algumas das práticas mais utilizadas:

Lubrificação industrial manual

Esse método envolve a aplicação do lubrificante em determinadas peças do ativo com uma frequência pré-definida. É um tipo mais indicado para máquinas com muitos pontos que precisam de atenção individualizada, o que acontece, por exemplo, quando a lubrificação automatizada não chega no local por conta da gravidade, distância ou viscosidade do lubrificante. 

Para fazer a lubrificação manual, são utilizados, normalmente, uma pistola de lubrificação, bomba manual ou conta-gotas. Um dos maiores cuidados que deve ser tomado nesse modelo de aplicação é a homogeneidade. Isso quer dizer que o material lubrificante deve cobrir toda a superfície das peças de maneira igualitária, evitando que sobre muito produto numa parte e falte em outra. 

Lubrificação industrial por capilaridade

Utilizada com lubrificantes líquidos, a lubrificação industrial por capilaridade consiste em embeber um material fibroso – normalmente estopa, pavio ou almofada – em óleo e deixar que ele escoe para a peça. A principal vantagem é que o lubrificante é liberado aos poucos, o que pode ser útil quando o componente é de difícil acesso ou quando opera continuamente. 

Sistema de lubrificação forçado

Nesse tipo de lubrificação, existe uma bomba que é acionada a cada determinado intervalo de tempo, enviando o lubrificante de um reservatório para todas as peças necessárias. Existem dois tipos de lubrificação forçada:

  • Lubrificação por circulação – após passar pelas peças, o óleo volta para o reservatório e é utilizado novamente durante alguns ciclos;
  • Lubrificação por perda – após cada ciclo, o lubrificante utilizado é descartado. 

Lubrificação industrial por salpico

Nesse tipo de lubrificação industrial, existe um recipiente com óleo logo abaixo do componente que deve ser lubrificado. Em torno do componente, é colocada uma corrente ou anel, mais larga e fixa ao eixo. Assim, quando o componente gira, a corrente ou anel faz com que o óleo seja salpicado na peça. 

Lubrificação industrial por imersão

Essa técnica consiste em dar um banho de óleo na peça, não apenas para lubrificar, mas também para resfriá-la. Aqui, o maior cuidado deve ser com o excesso: após mergulhar a peça, convém deixar que ela escorra pelo tempo necessário para que a camada não fique desnecessariamente grossa. 

Checklist Digital de Manutenção Preventiva para usar dentro do sistema do Produttivo

Como o Produttivo ajuda em práticas de manutenção preventiva?

O Produttivo é um software que oferece controle e automatização de manutenção. Com seus recursos, auxilia na organização e aplicação do plano de lubrificação industrial. Conheça as funcionalidades que podem te ajudar:

Checklists

No Produttivo, você tem acesso a diversos modelos de checklists, incluindo o de manutenção preventiva, no qual a lubrificação industrial pode ser incluída. Eles podem ser preenchidos no app com apenas alguns cliques, durante a realização do serviço, e contam com:

  • Fotografias tiradas na hora, com data, hora e localização;
  • Orçamentos automáticos;
  • Funcionamento offline;
  • Questões personalizadas.

Relatórios inteligentes

Após o preenchimento do checklist, o sistema gera automaticamente um relatório em PDF ou Excel, que pode ser acessado e enviado para o seu cliente. Além das informações dispostas de maneira organizada, o documento pode ser personalizado com a sua logo, a logo do seu cliente, cores e fontes da sua preferência. 

Veja um relatório de manutenção preventiva feito pelo app do Produttivo:

Teste grátis: Relatório de manutenção preventiva para lubrificação industrial

Calendário de manutenção

Com o Produttivo, você consegue agendar atividades. Isso evita, por exemplo, que aconteçam esquecimentos na lubrificação industrial e problemas no funcionamento de ativos. 

No caso de atividades que envolvem uma periodicidade, você consegue programar o software para agendá-las automaticamente e enviar para o calendário dos seus colaboradores. 

Saiba mais: Plano de manutenção e serviços automático para você economizar tempo e entregar tudo no prazo

Indicadores de manutenção

Os relatórios gerados funcionam como histórico dos ativos e podem ser muito úteis para observar recorrências de falhas, condição dos aparelhos e efetividade das manutenções. 

Imagine, por exemplo, que sua empresa mudou o fornecedor de lubrificantes pastosos e as máquinas que utilizam esse tipo passam a apresentar problemas. É muito mais fácil encontrar causas quando há registros, como a data em que cada um dos ativos começou a receber produto dessa nova marca. 

Saiba mais: Indicadores de manutenção e serviços para uma gestão baseada em dados

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