Profissionais fazendo a avaliação de impacto ambiental

Avaliação de impacto ambiental: o que é, etapas e como fazer

A avaliação de impacto ambiental é uma análise obrigatória para qualquer empreendimento que cause impactos significativos no meio ambiente. Esse estudo ajuda a prevenir os danos ambientais e a encontrar alternativas que os minimizem. 

Entenda o que a avaliação de impacto ambiental deve considerar, os principais métodos de aplicação e o que devem constar nos documentos e relatórios.  

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O que é a Avaliação de Impacto Ambiental (AIA)?

A avaliação de impacto ambiental (AIA) é um processo de análise que estuda quais são os impactos ambientais gerados por determinados tipos de atividades e empreendimentos. 

Essa avaliação é realizada ainda na fase de planejamento para que possa medir as consequências e impactos para o meio ambiente de um projeto, sugerindo também algumas medidas preventivas, mitigadoras ou compensatórias. 

Durante a análise, são verificados os aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos dos impactos gerados, para que se tenha uma visão geral dos danos às áreas atingidas. 

Mas não é só antes da construção de um empreendimento que a avaliação de impacto ambiental pode ser feita. 

Ela também é realizada em casos onde o impacto ambiental já aconteceu, como após o rompimento de barragens. Neste caso, ela se preocupa em analisar as consequências e elencar ações de reparação. 

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Para que serve a avaliação de impacto ambiental? 

A avaliação de impacto ambiental é realizada para conter e minimizar possíveis danos causados ao meio ambiente por determinadas atividades e surgimento de novos empreendimentos. 

Além disso, através dos estudos realizados pela AIA, as tomadas de decisão e ações desenvolvidas para contenção dos danos ambientais, são melhor embasadas e se tornam mais assertivas. 

Assim é possível ter um panorama geral dos impactos e consequências do projeto e tentar equilibrar as obras, o desenvolvimento econômico proporcionado por elas e a preservação do meio ambiente.  

Quando a avaliação de impacto ambiental deve ser feita?

Todo empreendimento ou atividade que cause impactos significativos no meio ambiente precisa realizar a avaliação de impacto ambiental. 

A AIA deve ser executada antes das obras iniciarem e da instalação da empresa no local, ainda na fase de planejamento do projeto, para a obtenção do licenciamento ambiental. 

Em alguns casos, a avaliação de impacto ambiental também é realizada após o acontecimento de algum dano ou impacto ao meio ambiente, como no caso de algumas tragédias de rompimento de barragens, por exemplo. 

Quais setores precisam fazer a avaliação de impacto ambiental? 

Conforme a legislação nº 001 de 23.01.86 do CONAMA. A avaliação de impacto ambiental é exigida para todo empreendimento ou atividade que cause impactos ao meio ambiente. Alguns exemplos são: 

  • Projetos de desenvolvimento urbano;
  • Empreendimentos industriais;
  • Empreendimentos de infraestrutura;
  • Indústrias de produtos químicos
  • Grandes loteamentos;
  • Hidrelétricas;
  • Linhas de transmissão de energia elétrica acima de 230 Kw;
  • Aterros sanitários;
  • Rodovias e estradas de rodagem;
  • Ferrovias;
  • Oleodutos e gasodutos;
  • Mineradoras e minerodutos; 
  • Estações de tratamento de esgoto;
  • Troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;
  • Portos e terminais;
  • Extração de combustível fóssil.

Quais são os principais impactos ambientais e suas consequências? 

A determinação dos impactos ambientais acontece após uma série de análises e estudos, mas os mais comuns são: 

  • Geração de ruído;
  • Desmatamento;
  • Alterações climáticas;
  • Extinção de espécies e habitats;
  • Aumento do nível do mar;
  • Desaparecimento de rios;
  • Poluição do ar;
  • Diminuição da qualidade de vida;
  • Poluição da água;
  • Erosão do solo. 

O que diz a legislação sobre a avaliação de impacto ambiental? 

A AIA é um processo que faz parte da política nacional do meio ambiente, compondo as diretrizes da Lei Federal nº 6.938/1981, que define os objetivos dessa política e por meio de quais instrumentos ela se fará valer. 

As diretrizes sobre a avaliação de impacto ambiental também são complementadas através da resolução nº 001 de 23.01.86 do CONAMA.

Entre os pontos abordados pela resolução estão: 

  • O que é caracterizado como impacto ambiental;
  • Quais tipos de atividades e empreendimentos devem realizar a AIA;
  • Diretrizes que devem ser seguidas para a elaboração do estudo;
  • Quais atividades devem ser realizadas pelo estudo de impactos ambientais;
  • Quais informações devem constar no Relatório de Impacto Ambiental. 
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Como fazer a avaliação de impacto ambiental? 

A avaliação de impacto ambiental reúne essencialmente quatro passos que buscam resumir quais são os possíveis danos ao meio ambiente e como eles podem ser minimizados. Entenda o que é feito em cada etapa: 

Diagnóstico Ambiental

Na fase de diagnóstico, a avaliação de impacto ambiental deve analisar a região em que o projeto será instalado, de forma detalhada, registrando as principais características da área, de modo a oferecer um retrato realista de como tudo era antes da instalação do empreendimento. 

Devem ser avaliados: 

  • Meios físicos: solo, subsolo, ar, água, clima, recursos minerais, topografia, regime hidrológico, correntes marinhas e correntes atmosféricas;
  • Meios biológicos: fauna, flora, espécies indicadoras de qualidade ambiental, de valor científico ou econômico, áreas de preservação, espécies raras ou ameaçadas de extinção.
  • Meio socioeconômico: uso e ocupação do solo, da água, socioeconomia, existência de sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade; relação de dependência entre sociedade local, recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos. 

Análise dos impactos ambientais

Depois disso, a avaliação de impacto ambiental deve se preocupar em mapear quais serão esses impactos, classificando-os em níveis de relevância e importância ao considerar os três grupos abordados acima. 

Nesta etapa a avaliação deve considerar o nível dos impactos, utilizando os seguintes critérios: 

  • Impactos positivos;
  • Impactos negativos;
  • Impactos diretos;
  • Impactos indiretos;
  • Impactos imediatos;
  • Impactos a médio prazo;
  • Impactos a longo prazo;
  • Impactos temporários;
  • Impactos permanentes;
  • Grau de reversão deste impacto;
  • Propriedades cumulativas e sinérgicas;
  • Distribuição dos ônus e benefícios sociais.

Medidas mitigadoras

Com a listagem dos impactos negativos em mãos, o próximo passo da avaliação de impacto ambiental é propor soluções e ações mitigadoras para que todos aqueles impactos avaliados como negativos, sejam reduzidos ou anulados. 

Programas de acompanhamento e monitoramento

A avaliação de impacto ambiental não termina com as sugestões de ações a serem desenvolvidas para reduzir os danos às comunidades e ao meio ambiente, pelo contrário, deve existir um programa capaz de fazer um acompanhamento sobre tudo que foi apontado como risco e sugerido como solução. 

Nesta fase, alguns critérios e parâmetros também devem ser criados para que o acompanhamento desses danos seja facilitado. Assim, fica muito mais simples comparar tudo que foi previsto através do estudo e tudo que aconteceu na prática. 

Qual a diferença entre o AIA e o EIA?

A avaliação de impacto ambiental (AIA) é nome que se dá para todo o processo que envolve desde o diagnóstico da área afetada, até a análise dos possíveis danos e a comprovação de todo o estudo realizado, por meio da apresentação de laudos e relatórios.

Enquanto o estudo de impacto ambiental (EIA) é uma das fases da AIA, mais especificamente a fase de análise e de estudo conforme vimos no tópico anterior, com suas etapas bem definidas para a construção de um panorama geral sobre os impactos ao meio ambiente provocados pelo empreendimento avaliado. 

Quais são os métodos de avaliação de impactos ambientais? 

Para a realização do estudo de impactos ambientais alguns métodos são utilizados para assegurar que o maior número possível de impactos estão sendo avaliados e considerados.

Quando utilizados de forma combinada, esses métodos podem contribuir para a reduzir o grau de subjetividade dos estudos.  

Conheça mais sobre cada um:

Metodologias Espontâneas (Ad hoc) 

Na metodologia espontânea, especialistas de diferentes áreas (fauna, flora, geologia, etc) se reúnem para avaliar os impactos sob diferentes perspectivas e pontos de vista. 

Essa é uma ótima metodologia para quando não se têm muitos dados ou informações sobre a área afetada e para superar a subjetividade de análise feita por um único profissional, o que poderia tornar o estudo mais simplista e generalista. 

Checklist 

Através de checklists, ou listas de verificação, os principais impactos ambientais estudados são elencados em formato de lista, considerando as diferentes etapas do projeto: implantação, operação e desativação do empreendimento. 

É uma ótima metodologia para realizar avaliações preliminares dos impactos, entendendo quais são aqueles mais relevantes. 

A metodologia do checklist pode ser utilizada de duas formas principais:  

  • Checklist simples: nele os impactos são listados de modo simples, sem fazer associações ou correlações de duas ou mais variáveis, como a dos impactos e das atividades que os geraram. Para ser construído neste formato, o checklist deve trazer o impacto avaliado e em que momento ou fase do projeto ele pode acontecer. Veja um exemplo: 
ImpactoFase de Planejamento Fase de ConstruçãoFase de Operação
RuídoXX
Deterioração da qualidade do ar XX
Deterioração da qualidade da água XX
Erosão do solo XX
Melhora da economia localXXX
  • Checklist descritivo: neste modelo de checklist os impactos são mais detalhados, possibilitando o reconhecimento das fontes geradoras, designação de valores numéricos ou hierarquização de cada impacto, permitindo comparações. Veja um exemplo: 
Possíveis impactosComo avaliar esses impactos?
Deterioração da qualidade do ar: causada por concentração de poluentes no ar de forma frequente, afetando a saúde das pessoas atingidas.– Avaliação dos níveis de concentração de poluentes atualmente; 
– Comparativo entre emissões atuais e as emissões previstas;
– Mapas demográficos para identificação de áreas afetadas;
– Modelos de dispersão.
Qualidade da água: alteração no uso permitido e número de pessoas afetadas. – Modelos de qualidade da água;
– Avaliação das concentrações atuais;
– Comparação entre efluentes existentes versus previstos. 

Redes de Interação (Networks)

O método de redes de interação foi pensado para ser utilizado para empreendimentos menores e menos complexos, porque através dele é possível mapear toda uma cadeia de impactos, sendo possível analisar as conexões entre diferentes impactos. 

Veja um exemplo de como ele pode ser construído em formato de fluxograma:

Exemplo de como funciona o método de redes de Interação (Networks) para avaliação de impacto ambiental

Matriz de Interação

Na matriz de interação são cruzadas as informações sobre as ações geradoras de impactos e os danos que podem causar ao meio ambiente, considerando todas as suas fases: viabilidade, implantação, operação e desativação do empreendimento. 

A matriz pode ser montada de diferentes formas, mas seu objetivo é fazer a interseção entre diferentes informações, podendo inclusive estimar a classificação do grau do impacto, deixando claro se será significante ou não.   

Metodologias Quantitativas

Na avaliação de impacto ambiental quantitativa são atribuídos valores a diferentes aspectos qualitativos do empreendimento, como: 

  • Aspectos estéticos;
  • Ecologia;
  • Interesse humano;
  • Poluição ambiental. 

A partir desses dados, uma série de gráficos é montada para determinar a qualidade ambiental relacionada a cada um dos aspectos avaliados. 

Assim é possível não só avaliar os impactos, mas ter um indicador numérico que norteie as análises e acompanhamentos. 

Métodos de Simulação

Relacionando causa e efeito por meio de computadores e inteligência artificial, essa metodologia é a mais complexa e exige um bom investimento, seja em equipamentos próprios ou em profissionais especializados para conduzir esse estudo. 

Por meio de análise de dados quantitativos e qualitativos, essa metodologia ajuda a estimar o comportamento desses impactos, considerando as relações entre os fatores bióticos, físicos e culturais e as alterações a serem realizadas. 

Mapas de Superposição (Overlays)

Nesta técnica, diferentes tipos de mapas da área afetada são sobrepostos, como: 

  • Mapa da cidade;
  • Mapa da concentração da população;
  • Mapas do encontro de fauna;
  • Mapas rodoviários; 
  • Mapas de solo;
  • Mapas da vegetação.  

Ao oferecer uma visão geral daquela área geográfica, considerando diferentes visões (fauna, flora, comunidades locais) é possível entender qual será a área que vai sofrer o maior impacto ambiental e elencar soluções. 

Essa metodologia também pode ser usada para provar que o empreendimento será construído na área menos afetada, resultando em menos impactos do que as outras áreas comparadas. 

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O que é o relatório de impacto ambiental (RIMA)? 

O RIMA, como o próprio nome sugere, é um relatório que sintetiza e reúne as principais informações coletadas e desenvolvidas durante a fase de estudo. 

Seu objetivo é registrar a avaliação de impacto ambiental e comunicar sobre os principais impactos decorrentes daquela atividade ou empreendimento, e quais medidas mitigadoras devem ser adotadas. 

Veja um exemplo de relatório emitido pelo sistema e aplicativo do Produttivo que pode ser personalizado para o que você precisa: 

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Quais informações o RIMA deve conter? 

Existem algumas informações que são obrigatórias em todo RIMA. Veja quais são: 

Descrição do projeto

A descrição do projeto deve ser detalhada, abordando: 

  • Características do projeto;
  • Objetivo;
  • Localização;
  • Responsáveis;
  • Metodologia utilizada;
  • Demais observações pertinentes. 

Identificação e avaliação de impactos

A próxima informação importante que o RIMA deve conter, é o descritivo das análises ambientais realizadas, incluindo os impactos negativos e positivos. 

Também devem ser considerados na análise:

  • Tempo e em qual fase do projeto os impactos vão acontecer;
  • Métodos, técnicas e critérios utilizados com os devidos contextos e explicações. 

Alternativas e medidas de mitigação

Diante dos impactos identificados, quais medidas ou ações podem ser implementadas para contê-los ou mitigá-los? Elas devem estar descritas no RIMA junto a uma recomendação de qual alternativa é a mais indicada e adequada. 

Alguns exemplos de medidas de mitigação podem ser a implementação de tecnologias mais limpas ou programas de restauração ambiental.

É importante que seja possível fazer comparações entre as alternativas sugeridas. 

Consulta pública

Não deixe de lado o resumo da consulta pública e das demais participações das partes interessadas, principalmente da sociedade civil, no processo de elaboração do RIMA. 

Conclusões e recomendações

Por fim, o RIMA deve trazer uma conclusão sobre os impactos ambientais avaliados e demais informações necessárias sobre a viabilidade do projeto, realização de ajustes e aprovação. 

Como a tecnologia pode ajudar na elaboração dos documentos de avaliação de impacto ambiental? 

Alguns aplicativos e sistemas, como no caso do Produttivo, facilitam e agilizam a produção de checklists e relatórios, eliminando a burocracia e os erros do uso do papel e tornando tudo digital. 

No Produttivo, os relatórios são todos preenchidos do celular, sem precisar de acesso à internet. É possível anexar fotos, incluir textos, responder checklists com pontuação e enviar o relatório para os responsáveis logo ao final do serviço, sem retrabalho. 

As informações ficam armazenadas em nuvem e podem ser consultadas facilmente, sem dificuldades. 

No Produttivo, além de criar e preencher checklists e relatórios também é possível: 

  • Agendar serviços recorrentes de forma automática;
  • Visualizar a agenda da equipe e identificar atrasos rapidamente;
  • Notificar clientes em tempo real sobre o andamento das atividades;
  • Produzir relatórios digitais e personalizados, com logos e cores da empresa;
  • Receber e gerenciar chamados direto do celular com agilidade;
  • Acompanhar indicadores sobre a operação de forma visual e descomplicada. 
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