O que é laudo SPDA e como fazer

O laudo SPDA é uma obrigatoriedade para todas as edificações que contam com sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

Vamos entender melhor qual é a sua importância, o que diz a lei e como fazer um laudo técnico SPDA confiável.

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O que é um laudo SPDA?

O laudo SPDA, ou laudo do sistema de proteção contra descargas atmosféricas, é um documento que registra a inspeção e comprova que esse sistema está funcionando corretamente.

O SPDA também pode ser chamado de pára-raio, embora não seja um único item e sim um conjunto de componentes que protegem a edificação da incidência de raios.

Seu laudo deve ser fornecido para os órgãos competentes, como Corpo de Bombeiros, mas mesmo quando não é obrigatório, é uma segurança para os ocupantes de que o sistema recebeu manutenção adequada e está operando como esperado.

Caso o SPDA não tenha sido aprovado na inspeção, ele não deve ter seu lado emitido até que as falhas tenham sido corrigidas.

Por que elaborar um laudo SPDA?

Além de ser uma obrigatoriedade exigida por lei (continue lendo para entender melhor), o laudo SPDA atua como uma garantia de que o sistema de proteção contra descargas atmosféricas está operando normalmente.

Ele ainda registra informações fundamentais sobre o sistema que são do interesse tanto do gestor do espaço quanto de outras partes relevantes, como seguradoras, sindicatos e ocupantes do imóvel.

É no laudo técnico SPDA que serão documentados todos os dados referentes a manutenções anteriores, estado de conservação, eficiência do sistema e até tendências de funcionamento, que podem ser usadas na manutenção preditiva.

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O que o laudo SPDA avalia nas instalações?

O laudo SPDA deve avaliar todo o sistema por meio de uma inspeção completa que analise:

• Eficiência do sistema;
• Estado de conservação do sistema e seus componentes;
• Cumprimento dos requisitos técnicos, como cabos, conexões, malhas e aterramento;
• Capacidade do sistema para proteção da estrutura;
• Potenciais riscos presentes no sistema;
• Ações necessárias para aumentar a eficácia do sistema.

A inspeção deve ser abrangente e completa, para que nenhuma não conformidade passe despercebida. 

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Quais danos o laudo SPDA ajuda a evitar?

A emissão de um laudo SPDA pode evitar danos tanto à estrutura da edificação quanto à gestão. Olha só:

• Multas: como o laudo SPDA é uma exigência legal, sua ausência pode gerar multas ao proprietário ou gestor do empreendimento;
• Embargo: o laudo SPDA pode ser exigido por diversos órgãos públicos para liberação de alvarás e licenças, que serão embargados caso o laudo não seja entregue;
• Curto-circuitos: as descargas atmosféricas podem causar curtos-circuitos se não forem contidas adequadamente, e é o laudo que vai identificar se o sistema está apto;
• Danos na infraestrutura: edificações sem um sistema apropriado estão mais sujeitas aos danos causados pelas descargas atmosféricas;
• Perdas financeiras: não é só a multa que pode causar prejuízo financeiro, já que um SPDA inadequado pode danificar equipamentos e aparelhos afetados pelos raios; 
• Fatalidades: o Brasil é o país com maior incidência de raios e infelizmente é um dos que mais registra mortes, com média de 110 fatalidades por ano. O laudo SPDA ajuda a garantir que o sistema esteja funcionando corretamente e portanto minimize os riscos à população.

Ou seja, o laudo técnico SPDA ajuda a preservar a segurança dos ocupantes, mantém a integridade física do edifício e ainda evita prejuízos financeiros desnecessários. Muito mais vantajoso investir em um, né?

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Laudo SPDA é obrigatório?

Sim, o laudo SPDA é obrigatório para todos os empreendimentos (residenciais, comerciais, industriais e outros) que possuam um sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

O tipo de SPDA vai depender das características do imóvel, mas conforme a Norma Regulamentadora nº 10 do Governo Federal, o laudo de SPDA é obrigatório para empresas com potência elétrica superior a 75kW.

Já o Corpo de Bombeiros exige a instalação do sistema em edifícios com mais de 30 metros de altura, instalações comerciais e  industriais com mais de 1500 m² de área construída, e para áreas destinadas ao armazenamento de explosivos e inflamáveis

Além disso, conforme a NBR 5419/2005 é preciso levar em conta fatores como análise de riscos, incidência de raios e outras variáveis que podem exigir ou dispensar a instalação de um SPDA.

Portanto, o laudo SPDA é obrigatório para todas as edificações que possuem esse sistema instalado, mas a obrigatoriedade do sistema em si vai depender de uma série de fatores.

Para saber se seu imóvel necessita de um sistema de proteção contra descargas atmosféricas, consulte a legislação do seu estado e solicite a um engenheiro eletricista que faça a avaliação da estrutura.

Normalmente, o próprio Corpo de Bombeiros estadual solicita a instalação do SPDA para liberação do alvará ou exige comprovação de que o mesmo não é necessário.

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Quais legislações o laudo SPDA deve atender?

O laudo SPDA deve atender o que diz a Norma Regulamentadora nº 10 (NR-10), que é a NR que regulamenta o trabalho em instalações elétricas, e à Norma Brasileira 5419 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

A NBR 5419 é a norma que aborda os procedimentos de proteção de estruturas contra as descargas atmosféricas.

Além disso, alguns estados possuem legislações específicas que tratam do SPDA, de modo que o laudo deve se atentar às regras de cada estado.

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Qual a validade do laudo SPDA?

Após a emissão, o laudo SPDA tem validade de 1 a 3 anos conforme o tipo de instalação.

Para sistemas expostos à corrosão atmosférica (regiões litorâneas, lugares com atmosfera agressiva, entre outros), locais que contêm munição ou explosivos e estabelecimentos de serviços essenciais, a validade do SPDA é de um ano. Isso significa que as inspeções devem ocorrer anualmente e, a cada vistoria, um novo laudo deve ser emitido.

Já para estruturas que não se enquadram nos critérios acima, o laudo SPDA tem validade de três anos.

Quem precisa ter o laudo SPDA?

Todos os empreendimentos com um sistema de proteção contra descargas atmosféricas instalado precisam de um laudo SPDA, que deve ser emitido regularmente após uma inspeção cuidadosa.

Quem pode emitir e assinar um laudo SPDA?

O laudo SPDA só pode ser emitido e assinado por um engenheiro eletricista, que também é o responsável por fazer as vistorias no sistema e seus componentes.

Além disso, o profissional deve ser devidamente registrado no CREA. O laudo técnico deve ser acompanhado pela ART (Anotação de Responsabilidade Técnica).

O que deve constar no laudo SPDA?

Para que o laudo SPDA seja completo e cumpra os requisitos da lei, ele precisa conter:

• Diagnóstico completo do sistema, contemplando:
  • Estado de conservação ou deterioração (corrosão, oxidação) dos componentes, como condutores, captores e conexões;
  • Medição do aterramento;
  • Análise de equipotencialização;
  • Avaliação de correspondência do sistema em relação ao projeto;
  • Estudo da adequação do sistema às necessidades da estrutura;
• Registros de descargas atmosféricas anteriores;
• Relatório fotográfico;
• Ações sugeridas para correção de não conformidades;
• Anotação de Responsabilidade Técnica.

O importante é que o laudo contenha uma análise completa do sistema para verificar se ele é capaz de cumprir com sua função.

Como fazer laudo SPDA?

Conforme a NBR 5419, a elaboração do laudo SPDA deve seguir os passos a seguir:

1. Verificação de cumprimento dos requisitos técnicos de proteção contra raios;
2. Gerenciamento dos riscos de descargas atmosféricas à instalação;
3. Análise de potenciais danos físicos à edificação e a vida dos ocupantes;
4. Levantamento das medidas de proteção a áreas internas para redução dos danos causados por impulsos eletromagnéticos de descargas atmosféricas (LEMP, sigla para Lightning Electromagnetic Pulse).

Além dos requisitos da norma, observe também as exigências do seu estado.

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Qual o valor de um laudo SPDA?

O valor do laudo SPDA varia conforme o sistema, a edificação e até a localização, entre outras questões. Com base nas diferentes variáveis, o preço do laudo SPDA pode ficar entre R$400 e R$1200.

Esse valor leva em consideração os gastos com compra ou aluguel de aparelhos necessários, deslocamento, horas-homem da equipe e o conhecimento técnico e responsabilização do profissional encarregado, que é quem vai assinar o laudo e pode ser responsabilizado judicialmente em caso de erro.

Lembre-se que o laudo é um documento que acompanha a manutenção do SPDA, portanto a vistoria em si e eventuais reparos também têm custo e podem ser cobrados à parte.

Como funciona o SPDA – Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas?

O SPDA, ou sistema de proteção contra descargas atmosféricas, é o nome técnico do que chamamos de pára-raio. Ele pode ser utilizado em prédios (tanto residenciais quanto comerciais ou industriais), antenas e outras instalações.

Os dispositivos que compõem o sistema são instalados na parte mais alta, e portanto mais suscetível, da estrutura. Por isso é tão comum vermos pára-raios nos telhados e terraços.

Uma vez instalado, o sistema cria um caminho alternativo para a corrente elétrica gerada pela descarga atmosférica. Quando um raio atinge o imóvel, o SPDA atrai a descarga e a conduz para o solo, dissipando a corrente sem comprometer a segurança das pessoas e a integridade da edificação.

Com isso, ele ajuda a evitar os danos causados pelos raios, como incêndios, panes em equipamentos elétricos e eletrônicos, e riscos à vida da população.

Tipos de laudo SPDA

Existem diferentes tipos de SPDA que podem ser instalados, conforme o tamanho e as necessidades da estrutura. Olha só:

SPDA Gaiola de Faraday

Muito utilizado em espaços maiores, o SPDA Gaiola de Faraday segue a teoria de mesmo nome, que considera que o campo elétrico no interior da gaiola é nulo e portanto que tudo que estiver dentro da gaiola não é atingido.

Isto ocorre porque condutores horizontais interligados formam uma malha capaz de distribuir a corrente uniformemente por toda a sua superfície. Assim, a corrente não afeta o interior da gaiola, que nesse caso são as estruturas em que o SPDA está instalado.

Quanto menor for a distância entre os condutores distribuídos pela malha, maior será a proteção oferecida pelo sistema.

SPDA Franklin

Já o SPDA Franklin recebe a descarga em um formato de cone. Um captor é colocado na extremidade da estrutura, formando um ângulo cônico de proteção sobre o local.

É utilizado em espaços pequenos, pois a proteção fornecida tem alcance de aproximadamente 45 metros (o equivalente a um prédio de 15 andares) e 25º de angulação.

SPDA Esfera rolante

Também chamado de esfera fictícia, é usado em estruturas elevadas ou de formas complexas. Nesse sistema, uma esfera fictícia (cujo raio será definido conforme o nível de proteção necessário) vai rolar pela superfície da instalação em todas as direções possíveis.

Os locais onde a esfera tocar são os mais expostos a descargas, de modo que precisam ser protegidos por outros métodos (como Gaiola de Faraday ou Franklin). Os pontos que não forem tocados pela esfera (exceto subsistema de captação) estão protegidos.

Após a aplicação do método, um subsistema captor deve ser posicionado para proteger as áreas expostas.

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É possível optar por uma combinação de métodos para garantir a eficácia do SPDA.

Por que fazer inspeções anuais no SPDA?

Alguns sistemas, como já vimos anteriormente, devem passar por inspeção anual obrigatória. A legislação se aplica a locais expostos à corrosão atmosférica extrema, espaços para depósito de munição ou explosivos e estabelecimentos de serviços essenciais, como fornecimento de água e energia elétrica.

Mas mesmo as edificações que não se encaixam em nenhuma das categorias acima podem se beneficiar de vistorias regulares — além da renovação do laudo SPDA, a auditoria do sistema pode identificar não conformidades que podem prejudicar sua eficácia e assim possibilita corrigir as falhas antes que elas causem algum problema.

Isso porque a manutenção periódica verifica que o sistema e seus componentes estão operando normalmente, garantindo a segurança do imóvel, seus ocupantes e bens materiais presentes.

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A abertura do chamado pode ser feita pelo cliente via QR Code com um link exclusivo, e o gestor recebe a solicitação na hora. Então é só repassar o serviço para o técnico e acompanhar o preenchimento de relatórios, checklists e ordens de serviço pelo celular.

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