A precificação de serviços é uma prática essencial para manter sua empresa competitiva no mercado e financeiramente saudável.
Neste artigo, você vai entender quais aspectos devem ser levados em conta para precificar um serviço, num passo a passo simples e bem estruturado.
Além disso, verá a importância de revisitar preços esporadicamente, quando mudar a precificação e como comunicar novos valores aos clientes.
Boa leitura! 😉
- O que é precificação de serviços?
- Qual a importância de fazer uma boa precificação de serviços?
- Qual é a diferença entre preço e valor?
- Como determinar o preço ideal de um serviço em 8 passos?
- Como fazer ajustes na precificação de serviços?
- Quais são os erros mais comuns na precificação de serviços?
- Qual a melhor ferramenta para administrar o financeiro da sua empresa de serviços?
O que é precificação de serviços?
A precificação de serviços serve para definir quanto será cobrado por um trabalho prestado, a partir de fatores como custos operacionais, mão de obra, impostos e margem de lucro desejada.
Diferente da venda de produtos, precificar serviços pode exigir uma análise mais estratégica.
Isso porque o valor percebido pelo cliente depende de questões como tempo gasto, qualidade, especialização e resultados entregues.
Fazer uma boa precificação de serviços, equilibrando interesses da empresa e do cliente, é o que garante que o negócio seja lucrativo sem perder competitividade.
Qual a importância de fazer uma boa precificação de serviços?
Fazer uma boa precificação de serviços é essencial para garantir a sustentabilidade do negócio.
Um preço bem calculado mantém a margem de lucro e ainda ajuda a posicionar a empresa de forma competitiva no mercado.
A precificação correta:
- Evita prejuízos;
- Traz mais previsibilidade financeira e segurança nas decisões;
- Permite planejar investimentos, ajustar a equipe e oferecer serviços com mais confiança.
Quando os valores são definidos sem critérios, o resultado costuma ser o oposto: perda de rentabilidade, instabilidade e até desgaste da imagem da empresa.
Por isso, uma precificação de serviços estratégica é uma das coisas mais importantes numa gestão eficiente.
Por que precificar serviços de manutenção?
Os serviços de manutenção têm particularidades que exigem uma atenção especial na precificação. Isso acontece porque o custo final envolve variáveis, como:
- Tempo de execução;
- Deslocamento;
- Materiais utilizados;
- Complexidade do serviço.
Uma precificação bem feita ajuda a garantir que cada atendimento seja lucrativo, sem que o preço se torne um obstáculo para o cliente.
Além disso, permite planejar melhor o fluxo de caixa e prever a demanda ao longo do mês.
Qual é a diferença entre preço e valor?
Preço é o quanto o cliente paga pelo serviço. Valor é o quanto ele acredita que o serviço vale.
Mesmo parecendo sinônimos, são conceitos diferentes e que influenciam diretamente na percepção do cliente e na lucratividade do negócio.
O preço pode ser calculado, com base em custos, tributos e margem de lucro.
Já o valor está ligado à experiência, qualidade do atendimento, confiança e resultados que o serviço entrega.
Entender essa diferença é o primeiro passo para criar uma estratégia de precificação de serviços mais inteligente.
Quando a empresa oferece valor real, o cliente tende a aceitar preços mais altos, porque reconhece o benefício que está recebendo.
Como agregar valor ao seu serviço de manutenção?
Agregar valor ao serviço de manutenção significa oferecer algo além da execução técnica. Isso pode incluir, por exemplo:
- Atendimento ágil;
- Comunicação clara;
- Uso de materiais de qualidade;
- Garantia de serviço.
Esses fatores aumentam a confiança do cliente e justificam preços mais altos.
Outro ponto importante é a percepção de profissionalismo, que reforça a imagem de uma empresa comprometida com resultados e pode ser atingida com:
- Uniformes;
- Organização;
- Pontualidade
- Registros detalhados das visitas.
Quando o cliente percebe que está pagando por eficiência e tranquilidade, e não apenas por uma tarefa pontual, o serviço se torna mais valorizado.
É esse diferencial que fortalece a fidelização e mantém o negócio competitivo mesmo diante de concorrentes mais baratos.
Como determinar o preço ideal de um serviço em 8 passos?
Uma precificação de serviços efetiva envolve entender o mercado, os custos e o que o cliente está disposto a pagar.
A seguir, veja um passo a passo que ajuda a chegar a um valor justo e vantajoso para o negócio:
1. Analise a concorrência
Antes de definir seus preços, é importante entender quanto o mercado está cobrando por serviços semelhantes.
Essa análise ajuda a identificar a média de valores praticados e a perceber se a sua empresa está abaixo, acima ou dentro do padrão.
Avalie empresas do mesmo porte e com nível técnico parecido.
Observe também o que elas oferecem além do serviço em si, como garantia, atendimento diferenciado ou prazos menores. Esses fatores costumam justificar diferenças de preço.
Mas atenção: analisar a concorrência não significa copiar valores. Cada negócio tem custos, margens e posicionamentos distintos. Use essas informações apenas como referência.
2. Calcule os custos
Antes de definir o preço, é fundamental entender quanto o serviço realmente custa para ser executado.
Isso evita que o valor cobrado seja menor do que as despesas envolvidas e garante que a empresa opere com lucro.
O primeiro passo é identificar os custos fixos, que são os gastos mensais que acontecem independentemente do volume de atendimentos.
Eles incluem despesas como:
- Aluguel;
- Contas de energia, água, internet, entre outros;
- Salários;
- Serviços de segurança.
Depois, é hora de listar os custos variáveis, que mudam conforme o número de serviços prestados. Entram nessa categoria impostos, comissões e taxas de cartão, entre outros.
3. Estabeleça o Custo Unitário do Serviço
Com os custos fixos e variáveis já definidos, o próximo passo é descobrir quanto custa, de fato, executar cada serviço.
Esse cálculo é importante para entender o ponto em que o preço deixa de cobrir despesas e passa a gerar lucro.
Para isso, comece calculando o custo da mão de obra direta. Basta multiplicar o custo por hora do profissional pelo tempo gasto na execução do serviço.
Em seguida, inclua os gastos com materiais, ferramentas e insumos utilizados.
O resultado da soma desses valores é o Custo Unitário do Serviço, ou seja, quanto a empresa gasta para entregar uma única unidade de serviço ao cliente.
4. Estime o volume mensal de vendas
O próximo passo é estimar quantos serviços a empresa consegue realizar por mês e comparar esse volume com a capacidade produtiva da equipe.
Nessa etapa, também vale incluir a margem de lucro desejada, que costuma ficar em torno de 20%.
Com esses números, a empresa entende se o volume estimado é suficiente para cobrir custos e alcançar a rentabilidade esperada, ou se será necessário ajustar o preço ou a capacidade de produção.
5. Use a margem de contribuição
O quinto passo é entender a margem de contribuição, que mostra quanto cada serviço vendido ajuda a cobrir os custos fixos e a gerar lucro.
Para chegar a esse valor, basta aplicar a seguinte fórmula:
Margem de contribuição = faturamento – (custo dos serviços prestados + despesas variáveis)
Esse cálculo revela se o preço praticado é suficiente para manter o negócio saudável.
Caso a margem seja muito baixa, ou se o volume mensal de vendas não for capaz de cobrir os custos, é sinal de que o preço do serviço está abaixo do ideal e precisa ser ajustado.
6. Calcule o markup
O markup, também chamado de taxa de marcação, é outro índice que ajuda a definir o preço ideal do serviço.
Ele garante que o valor cobrado cubra todos os custos e ainda gere o lucro esperado.
A fórmula do markup é:
Markup = 100 / [100 – (DV + DF + LP)]
Em que:
- DV representa as despesas variáveis;
- DF são as despesas fixas;
- LP é a margem de lucro pretendida.
Com esse cálculo, a empresa encontra o fator que deve multiplicar pelo custo total do serviço para chegar ao preço de venda.
7. Defina o modelo de precificação
Os principais modelos de precificação de serviços são:
- Precificação por hora: garante um retorno preciso sobre o tempo utilizado para prestar o serviço;
- Precificação fixa: ideal para quando os custos com o serviço são muito claros. Nesse caso, convém incluir taxas adicionais para determinadas situações;
- Precificação variável: depende de cada cliente, projeto ou negociação.
O tipo ideal vai depender, entre outras coisas, se o serviço que sua empresa oferece é mais previsível ou se há variações frequentes de custo.
8. Calcule o preço de venda
Após realizar os cálculos acima, é hora de aplicar a fórmula final:
Preço de venda = Custo Unitário do Serviço x Markup
Como fazer ajustes na precificação de serviços?
Muitas pessoas se preocupam com a precificação de serviços e se esquecem de um fator muito importante: as mudanças no mercado.
Periodicamente, é preciso fazer ajustes no valor dos seus serviços. Veja:
Quando fazer ajustes na precificação de serviços?
É difícil estimar uma periodicidade fixa para a realização de ajustes, mas existem algumas situações em que é necessário realizar mudanças. Veja:
- Aumento de custos operacionais – quando o custo do serviço sobe, seja por conta, por exemplo, de insumos, softwares, impostos, mão de obra ou deslocamento.
- Mudanças na demanda – se você está recebendo mais pedidos do que consegue atender ou percebe uma queda na procura.
- Aumento de valor percebido – quando você melhora seu serviço de alguma maneira, seja pela velocidade, qualidade, suporte ou adição de etapas.
- Alterações no mercado ou no setor – concorrentes subindo (ou baixando) valores, surgimento de novas tecnologias, novas regras, sazonalidades.
- Periodicidade mínima – mesmo sem mudanças bruscas, revisar preços a cada 6 ou 12 meses é uma boa estratégia para evitar defasagem.
Como recalcular o preço sem perder rentabilidade?
Para recalcular o preço de forma mais precisa, o ideal é começar revendo quais partes do serviço realmente consomem tempo.
Algumas etapas são mais trabalhosas do que parecem, e entender isso ajuda a atualizar o valor de maneira coerente com o que você entrega hoje.
Outro passo importante é olhar para os concorrentes, mas sempre usar seus próprios dados como base.
Analisar projetos passados dá uma visão muito mais clara do esforço envolvido. Isso evita que o novo preço seja definido apenas com base no copia e cola.
Também vale considerar sua capacidade atual de atendimento. Mesmo que a margem de lucro esteja boa, sua rotina pode ter mudado: mais demanda, mais complexidade ou menos tempo disponível.
Ajustar o preço levando isso em conta ajuda a manter o ritmo de trabalho equilibrado e compatível com o que você pode entregar.
Como comunicar o reajuste aos clientes?
Depois de atualizar seus preços, o mais importante é avisar o cliente com uma boa antecedência. Isso dá previsibilidade e evita aquele desconforto de mudanças repentinas.
Na comunicação, informe o novo valor, quando ele passa a valer e como fica para serviços que já estão em andamento.
Se fizer sentido para o seu modelo, você pode oferecer um pequeno período de transição, permitindo que pedidos feitos antes da data continuem no valor antigo.
A ideia é manter tudo claro, leve e profissional.
Quais são os erros mais comuns na precificação de serviços?
Confira os erros mais comuns na hora de fazer a precificação de serviços:
Copiar o preço dos concorrentes
Usar concorrentes como referência pode ajudar, mas copiar valores sem análise quase sempre distorce o preço.
Cada negócio tem custos e processos diferentes. O seu valor precisa refletir a sua operação, não a estrutura de outra empresa.
Definir um valor abaixo do mercado
Cobrar menos para tentar ser competitivo parece estratégico, mas tende a prejudicar no médio e longo prazo.
Preço baixo reduz a percepção de valor, dificulta reajustes e pode comprometer a sustentabilidade do serviço.
Não estudar o mercado
Ignorar o mercado na hora de fazer a precificação de serviços é um erro comum. O setor define limites importantes de preço, expectativas e padrões.
Sem esse olhar, é fácil ficar muito acima ou muito abaixo do que o público aceita. Uma análise simples já ajuda a ajustar o valor com mais segurança e coerência.
Qual a melhor ferramenta para administrar o financeiro da sua empresa de serviços?
Muitos prestadores de serviço ainda dependem de processos manuais, planilhas espalhadas e controles pouco confiáveis.
Isso dificulta não só a precificação de serviços, mas também:
- A emissão de cobranças;
- O acompanhamento de pagamentos;
- A organização do fluxo de caixa.
Isso gera perda de tempo, retrabalho e falta de clareza sobre a saúde financeira do negócio.
Com o Produttivo, esse cenário muda. O sistema integra serviços prestados e financeiro em um único lugar, permitindo:
- Emitir cobranças automaticamente assim que o serviço é concluído;
- Acompanhar pagamentos até a entrada no caixa;
- Visualizar receitas, pendências e histórico em um painel centralizado;
- Reduzir erros e evitar retrabalho com dados sempre organizados;
- Integrar o controle de ordens de serviço com o financeiro da empresa;
- Tomar decisões com base em informações reais e atualizadas.
Assim, o gestor ganha mais agilidade, segurança e previsibilidade para manter o negócio saudável, focando no que mais importa: estratégias para crescer.
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