fluidos refrigerantes para AVAC

Fluidos refrigerantes: tipos, legislação + PMOC Excel grátis

Os fluidos refrigerantes estão no centro da refrigeração e da climatização, viabilizando desde o conforto do ar-condicionado até a conservação de alimentos em câmaras frias e indústrias.

Eles funcionam como transportadores de energia térmica, graças às suas propriedades físico-químicas específicas.

Mas, apesar de essenciais, os fluidos refrigerantes também exigem atenção. Neste artigo, você vai conhecer seus tipos, o que diz a lei e como ter a tecnologia a seu favor.

Boa leitura 😉

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O que são fluidos refrigerantes?

Fluidos refrigerantes são substâncias, que podem estar em estado gasoso ou líquido, utilizadas em sistemas de climatização.

Seu principal objetivo é absorver o calor e transferi-lo de um ambiente para o outro.

Em outras palavras, os fluidos refrigerantes servem como meio de transporte da energia térmica dentro de equipamentos e sistemas de refrigeração. 

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Por que usar fluidos refrigerantes?

Porque os fluidos refrigerantes são um componente essencial nos sistemas de refrigeração.

Sem eles, seria impossível que a climatização como conhecemos hoje existisse. São produtos utilizados, por exemplo, em:

  • Geladeiras e freezers;
  • Aparelhos de ar-condicionado;
  • Câmaras frias;
  • Sistemas de climatização industrial.

Suas características fisico-químicas, como ponto de evaporação e condensação e estabilidade sob diversas pressões os tornam eficientes.

Essas propriedades são difíceis de encontrar de forma tão eficiente em outros líquidos ou gases comuns.

Sem os refrigerantes, teriam que ser utilizados métodos de resfriamento menos práticos, como gelo, água fria ou sistemas enormes de ar comprimido.

Quais os tipos de fluidos refrigerantes?

Existem alguns tipos de fluidos refrigerantes. Cada um deles é indicado em determinados casos.

Veja detalhes sobre cada um deles:

Hidrocarbonetos halogenados 

Os fluidos refrigerantes desse tipo são hicrocarbonetos que possuem um ou mais desses elementos: cloro, flúor ou bromo.

Eles são os tipos mais largamente utilizados, exceto pelos CFCs (Clorofluorcarbonetos), dos quais falaremos mais adiante. 

Suas principais características são:

  • Inodoros em concentrações de até 20% no ar;
  • Liberam vapores inodoros e não irritantes;
  • Não são tóxicos;
  • São ininflamáveis e não combustíveis, porque não contêm elementos que alimentam a combustão;
  • Não corroem os metais comuns em equipamentos de refrigeração, desde que estejam secos ou livres de vapor d’água. 
  • Têm alta ação solvente sobre a borracha natural, mas não interferem em materiais de borracha sintética. 

Hidrocarbonetos puros

Os hidrocarbonetos puros são conhecidos como refirgerantes naturais. Por isso, são considerados ecologicamente corretos.

São amplamente utilizados, com destaque para adequados indústrias de petróleo e petroquímica, como por exemplo.

Os principais hidrocarbonetos puros são o propano, o isobutano e o propileno. Algumas de suas características são:

  • Ecológicos;
  • Alta eficiência energética e bom desempenho termodinâmico;
  • Preços de mercado competitivos;
  • Altamente inflamáveis, exigindo cuidados especiais durante o manuseio;
  • Necessitam menos volume que outros tipos de gases refrigerantes.

Compostos inorgânicos

Os principais compostos inorgânicos usados em refrigeração são a amônia, o dióxido de carbono e, em alguns casos, a água.

Também é bastante comum que outros compostos, como sais, sejam utiizados como aditivos em outros tipos de refrigerantes para controlar a temperatura e evitar corrosão.

Misturas azeotrópicas

Uma mistura azeotrópica é a junção de dois componentes que têm o mesmo ponto de ebulição e condensação.

Isso faz com que os componentes não possam ser separados pelo método de destilação. Uma mistura azeotrópica de duas substâncias.

Sua principal vantagem é unir propriedades de componentes mantendo a estabilidade durante todo o processo de refrigeração.

Misturas não azeotrópicas

Já uma mistura não azeotrópica é quando os pontos de ebulição e condensação não são iguais.

Por isso, existe um intervalo de pressão e temperatura em que uma parte da mistura é líquida e a outra é gasosa. 

Suas principais vantagens são a eficiência energética e o comportamento termodinâmico.

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Quais os impactos dos fluidos refrigerantes na natureza?

Os fluidos refrigerantes, quando vazam ou são descartados de forma incorreta, podem causar dois grandes problemas ambientais: a destruição da camada de ozônio e o aumento do aquecimento global

Esses impactos são medidos por dois índices importantes:

  • ODP (Potencial de Destruição da Camada de Ozônio, ou Ozone Depletion Potential): indica o quanto uma substância pode danificar a camada de ozônio, tomando como referência o valor 1. Substâncias como os CFCs e HCFCs têm alto ODP, enquanto os HFCs, HFOs e fluidos naturais possuem ODP igual a zero.
  • GWP (Potencial de Aquecimento Global, ou Global Warming Potential): mostra quanto calor um gás consegue reter na atmosfera em comparação ao CO₂, que tem valor 1. 

Os fluidos mais utilizados antigamente, como os CFCs (clorofluorcarbonetos), tinham como impacto principal a destruição da camada de ozônio. 

Por isso, foram proibidos pelo Protocolo de Montreal, um tratado internacional assinado em 1987 que obrigou os países a eliminar o uso dessas substâncias. 

O Brasil aderiu a esse protocolo e criou normas internas, como a Resolução CONAMA nº 267/2000, que trata do recolhimento e destinação final de CFCs.

Já os fluidos mais novos, como os HFCs (hidrofluorcarbonetos), não afetam o ozônio, mas têm alto potencial de aquecimento global. Isso significa que, se liberados na atmosfera, eles contribuem fortemente para o efeito estufa. 

Para enfrentar esse problema, foi criado o Acordo de Kigali (2016), que é uma emenda ao Protocolo de Montreal. Ele determina a redução gradual do uso de HFCs em todo o mundo. O Brasil também se comprometeu a seguir esse acordo.

O que a lei diz sobre fluídos refrigerantes?

Além dos tratados internacionais que vimos acima, existem regras nacionais sobre fluidos refrigerantes. 

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza duas normas regulamentadoras que tratam de fluidos refrigerantes:

  • NBR 16069:2012 trata da segurança em sistemas de refrigeração. Apesar de não tratar diretamente dos fluídos, fala dos procedimentos de segurança que os envolvem;
  • NBR 16666:2018 trata diretamente dos fluidos refrigerantes.

O Ibama é o órgão que fiscaliza no Brasil, inclusive exigindo relatórios de importação e consumo desses produtos. O descumprimento pode gerar multas e outras penas.

Como os fluidos refrigerantes são classificados?

Existem duas classificações principais de fluidos refrigerantes. Veja:

Por nível de toxicidade

Fluidos refrigerantes não tóxicos são marcados pela letra A.

Já as substâncias tóxicas são classificadas como B.

É importante lembrar que, em altas concentrações, todos os fluidos refrigerantes podem se tornar tóxicos.

Por nível de inflamabilidade

O nível de inflamabilidade é o outro jeito de classificar os fluidos refrigerantes. As categorias são: 1, 2, 2L e 3. Veja o que cada uma significa:

  • 1 – Não apresentam nenhum grau de inflamabilidade, como a maior parte dos HFCs;
  • 2 – praticamente extintos na atualidade; 
  • 2L – levemente inflamáveis, com velocidade de propagação lenta, ou seja, necessita de muita energia.
  • 3 – altamente inflamáveis e com rápida propagação do fogo.

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Perguntas frequentes sobre fluidos refrigerantes

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