Pensando em ingressar na área de manutenção ou aperfeiçoar os seus conhecimentos sobre o tema?
Então as dicas abaixo são para você!
- O que é Manutenção?
- Manutenção e o mercado de trabalho
- Cargos dos profissionais de manutenção
- Metodologias e estratégias de manutenção
- Quais são os tipos de manutenção?
- Nível de Criticidade e priorização dos equipamentos: o que é e como fazer?
- Plano de Manutenção: o que é e como fazer?
- Quais são os principais indicadores de manutenção?
- Como melhorar a gestão de manutenção?
- Outros conteúdos que você pode gostar
O que é Manutenção?
Manutenção é um grupo de práticas que tem como objetivo analisar, monitorar e manter ativos em bom funcionamento.
Ou seja, a manutenção foi criada para que possamos ter equipamentos em atividade por mais tempo, garantindo a segurança de quem os manuseia.
Além disso, a manutenção traz diversos benefícios para a empresa, como:
- Redução de desperdícios;
- Otimização de tempo e serviço;
- Redução de falhas nas máquinas;
- Redução de custos de manutenção;
- Menos tempo de parada do reparo;
- Aumento de vida útil das peças;
- Mais segurança para as pessoas e para o ambientes.
Mas, quais são os tipos que existem? Quais são as mais indicadas para a minha empresa? Como melhorar a gestão de manutenção? É isso que discutiremos a partir de agora.
Manutenção e o mercado de trabalho
Fonte: Ministério da Economia
O gráfico acima é um estudo chamado Mapa das Empresas, realizado pelo Ministério da Economia.
Ele retrata o poder econômico que o setor de manutenção e serviços tem no Brasil, sendo representado 48% das empresas ativas do país.
Outro dado que mostra a força das atividades de prestação de serviços na economia nacional foi o divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em fevereiro de 2021, o setor registrou um crescimento de 3,7% em comparação com o mês anterior e ultrapassou a projeção pela primeira vez desde o início da pandemia, com 0,9% acima do montante computado em fevereiro de 2020.
E claro que tudo isso reflete no mercado de trabalho, nos cargos e competências exigidos e nas vagas disponíveis.
Cargos dos profissionais de manutenção
No mercado de trabalho de manutenção existem diversas possibilidades, setores e níveis de cargos disponíveis.
Para crescer na área, assim como em qualquer outra, é necessário dedicação, estudo, desenvolvimento e experiência.
Entre os cargos técnicos de manutenção estão:
Assistente Técnico de Manutenção;
Auxiliar de Manutenção (Industrial, Elétrica, Hidráulica, Mecânica, entre outros seguimentos);
Oficial de Manutenção;
Mecânico de Manutenção;
Agentes de Serviços de Manutenção;
Entre outros.
Sobre as competências dos cargos acima, é necessário lembrar que cada um tem sua particularidade mas que, de modo geral, os profissionais das áreas precisam ter:
- Ensino Médio Completo ou Ensino Nível Técnico;
- Formular planos de manutenção preventiva e corretiva;
- Analisar e operar as atividades do plano de manutenção nos equipamentos e ativos;
- Dar suporte as áreas e times técnicos e administrativos da empresa;
- Gerar orçamentos, relatórios e laudos técnicos;
- Controlar o orçamento da área de manutenção da empresa;
- Entre outros.
Já os cargos que envolvem a gestão da manutenção estão:
Gestor de Manutenção;
Coordenador de Equipes de Manutenção;
Planejador de Manutenção;
Supervisor de Manutenção.
Aqui não é diferente, cada segmento irá exigir um nível de experiência e atributos profissionais particulares, porém, geralmente as empresas priorizam as seguintes competências dos cargos acima:
- Superior Completo ou Pós Graduação;
- Organizar e gerenciar as equipes de manutenção;
- Criar o planejamento, KPI’s e metas do setor nas empresas;
- Propor metodologias e soluções inovadoras e tecnológicas;
- Atribuir atividades aos profissionais do time;
- Acompanhar os indicadores de manutenção;
- Entre outros.
Metodologias e estratégias de manutenção
Depois de falarmos do mercado de trabalho e suas infinitas possibilidades, é hora de comentarmos sobre as metodologias e estratégias de manutenção.
Elas são muito importantes para mantermos o pleno funcionamento dos ativos, gerenciar os custos de manutenção, coordenar equipes, entre outros benefícios.
Entre as metodologias e estratégias estão: a escolha do tipo de manutenção utilizada nas rotinas de trabalho, o nível de criticidade dos equipamentos e o desenvolvimento do plano de manutenção, por exemplo.
Então vamos conhecer cada um deles:
Quais são os tipos de manutenção?
Conhecer os tipos de manutenção, como eles funcionam e quais são as suas características é fundamental para definir as melhores estratégias de manutenção para cada ativo.
Dessa forma, a chance de ter sucesso em um determinado reparo é maior.
Veja abaixo:
O que é Manutenção Produtiva Total?
Denominada também de TPM (Total Productive Maintenance), esse tipo de manutenção tem como objetivo trazer um novo tipo de cultura da empresa, ou seja: todos os colaboradores são responsáveis por manter os ativos e equipamentos funcionando corretamente.
A TPM traz diversos benefícios para o negócio. Dentre os mais comuns, encontram-se:
- Aumento da motivação da equipe;
- Anulação de pausas não agendadas;
- Menos custos operacionais;
- Mais conhecimento dos colaboradores e líderes da empresa.
O que é Manutenção Preventiva?
A manutenção preventiva é aquela em que a empresa atua para evitar que as falhas e panes ocorram em equipamentos, impedindo que as interrupções não apareçam na rotina.
Ela funciona de forma preventiva, como o próprio nome já diz, seguindo um planejamento e a periodicidade do mesmo.
Geralmente, a manutenção preventiva está relacionada a inspeções de rolamentos durante a operação, troca de peças desgastadas, lubrificação, limpezas, entre outras atividades.
O que é Manutenção Corretiva?
A manutenção corretiva ocorre quando há uma falha urgente em um equipamento e é necessário ajustá-la imediatamente, caso contrário, as paradas podem trazer diversos prejuízos para a operação, como: surgimento de gargalos e atrasos na entrega.
Um bom exemplo de manutenção corretiva é a reconstrução. O objetivo é reparar o ativo para que ele possa voltar ao desempenho original e estrutural, além de prolongar a vida útil.
Para executar esse processo, é necessário a desmontagem completa, reparação e troca das peças do equipamento.
Mas dentro da manutenção corretiva há 2 tipos: manutenção corretiva planejada e não planejada.
Manutenção Corretiva Planejada: ela continua acontecendo após a falha potencial (quando há falha, mas os equipamentos continuam em funcionamento), mas é guiada por um planejamento mais adequado, com manutenções periódicas e estratégias mais bem definidas.
Manutenção Corretiva Não Planejada: ocorre quando já existe a falha funcional (quando a operação para por completo), aí sim é necessário um plano emergencial, a fim de consertar a falha o mais rápido possível.
O que é Manutenção Preditiva?
A proposta desse tipo de manutenção é acompanhar de perto o funcionamento de um sistema com o intuito de descobrir se houve alguma alteração em sua operação. Dessa forma, é possível evitar que aquele sinal se transforme em uma anomalia.
A manutenção preditiva também é denominada de “condicionada”, “não-sistemática” ou “preventiva por estado”. A proposta é prever problemas que podem prejudicar a rotina da empresa.
O que é Manutenção Detectiva?
Já a manutenção detectiva utiliza técnicas mais avançadas para encontrar a causa raiz dos problemas mais profundos.
Geralmente aplicada em ativos com valor agregado mais alto, onde uma troca de peça ou a sua parada pode trazer prejuízos quase irreversíveis para a empresa.
Nível de Criticidade e priorização dos equipamentos: o que é e como fazer?
Agora que você já conhece os tipos de manutenção, é bom entender a importância da matriz de criticidade dos equipamentos.
Essa é uma metodologia que aponta o estado dos ativos, quais você deve priorizar durante a escolha do tipo de manutenção e, a partir daí, começar a criar seu plano de manutenção.
Para saber como montar e utilizar a matriz de criticidade, indicamos este artigo, que traz de forma detalhada todas as informações que você precisa saber.
Plano de Manutenção: o que é e como fazer?
Planilha disponível no Kit Plano de Manutenção.
Imagine a quantidade de ativos que fazem parte de uma operação. Cada um contém as suas particularidades e períodos específicos de manutenção.
E aí, como controlar todos os processos?
Para isso, vale a pena utilizar o plano de manutenção ao seu favor.
Nesse documento, contém um cronograma com os principais serviços que precisam ser efetuados e a periodicidade de cada um, entre as quais: semanais, quinzenais, trimestrais, semestrais e anuais.
O plano de manutenção garante mais vida útil dos ativos, evita custos desnecessários com equipamentos, permite agendar atividades que melhoram a eficiência de um ativo, entre outras questões.
Para te auxiliar nesse processo, preparamos um material gratuito, o Kit Plano de Manutenção, nele você encontra uma planilha em Excel + um guia de boas práticas.
O material vai facilitar o seu trabalho e já conta com alguns preenchimentos de exemplo para você se basear. Para baixar grátis, clique aqui.
Quais são os principais indicadores de manutenção?
A lista de indicadores de manutenção é extensa. Por meio dela, é possível entender quais são aquelas ações que surtiram efeitos positivos e quais são aquelas que precisam ser ajustadas.
O MTBF (Mean Time Between Failures), por exemplo, permite descobrir o tempo médio entre falhas. Dessa forma, você consegue entender o período desde o momento em que ocorre uma falha até a próxima anomalia.
Já o CMF (Custo de Manutenção sobre Faturamento) é um indicador que ajuda a comprovar a qualidade da gestão de manutenção. Aqui, são adicionados diversos custos:
- Despesas com materiais;
- Terceirização dos serviços;
- Mão de obra interna;
- Depreciação dos maquinários;
- Perda de faturamento.
Para saber mais sobre indicadores de manutenção, indicamos essa leitura: Dados e indicadores para gestão de serviços externos.
Como melhorar a gestão de manutenção?
Uma dica interessante é organizar os dados e a gestão de custos da sua empresa. Dessa forma, você terá uma visão mais completa da origem de cada um.
Além disso, um bom planejamento permite evitar gastos desnecessários e ajuda a estabelecer os investimentos com mais assertividade.
- Custos diretos: mão de obra, ferramentas, peças de reposição, insumos e serviços;
- Custos indiretos: originários da depreciação de equipamentos e do lucro cessante (prejuízo causado pela pausa de uma tarefa);
- Custos induzidos: correspondem às consequências que impactaram nos processos produtivos ou no caixa da empresa por meio de uma anomalia no área de manutenção.
Para fazer uma gestão de manutenção com eficiência, é necessário ainda analisar os equipamentos e falhas para reduzir os reparos, criar um plano de manutenção e gerenciar a equipe de manutenção.
Nessa etapa, lembre-se de estabelecer metas, investir em treinamento dos colaboradores, manter diálogo com a equipe e avaliar a performance do time para potencializar os resultados.
Outros conteúdos que você pode gostar
Como aprender nunca é demais, separamos alguns outros artigos relacionados ao tema manutenção para você continuar aprendendo. São eles:
- Manutenção em plataformas offshore
- Como fazer e vender Manutenção de Ar Condicionado?
- Manutenção de geradores: 3 passos para aumentar a vida útil do equipamento
- Manutenção de Motores Elétricos como deve ser feita?
- Manutenção de Compressores para prolongar a vida útil
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