técnico verificando com um computador indicadores da manutenção realizada nas instalações elétricas

Indicadores de manutenção: o que são e quais os principais

Entenda o que são indicadores de manutenção, sua importância e conheça os 12 principais indicadores que sua empresa precisa acompanhar.

Os indicadores de manutenção são aliados da gestão de serviços, auxiliando na eficiência da operação e sendo um diferencial competitivo para sua empresa.

No artigo a seguir, vamos conhecer os 12 principais indicadores de manutenção, sua importância, como calcular e como a tecnologia pode ajudar nesse processo. Acompanhe!

Veja também: Software de manutenção para controle automático dos serviços

O que são indicadores de manutenção?

Os indicadores de manutenção são métricas referentes ao funcionamento dos equipamentos, bem como dos atendimentos. Eles ajudam o gestor a mensurar o desempenho dos ativos, a qualidade das inspeções, o tempo de atendimento, a periodicidade do serviço necessária para cada maquinário, entre outros dados.

A partir do resultado das medições, a empresa pode tomar as medidas de melhoria necessárias para garantir uma boa performance tanto dos ativos quanto da equipe de manutenção.

Os indicadores podem abranger diferentes áreas e aspectos, como disponibilidade do equipamento, confiabilidade, desempenho, custos, segurança e conformidade regulatória. Continue acompanhando para conhecer os principais indicadores de manutenção!

Qual a importância do uso de indicadores de manutenção?

O uso de indicadores de manutenção é muito importante para o acompanhamento das métricas da empresa e para traçar o planejamento da manutenção. Veja alguns benefícios dos indicadores:

  • Monitoramento do desempenho: os indicadores de manutenção fornecem uma visão qualitativa e quantitativa do desempenho dos ativos, ajudando a identificar padrões, tendências e problemas recorrentes, permitindo que ações corretivas sejam tomadas de forma proativa;
  • Tomada de decisões embasadas: os indicadores fornecem dados concretos que auxiliam na tomada de decisões informadas. Com base nesses indicadores, os gestores e profissionais de manutenção podem identificar áreas de melhoria, priorizar recursos, planejar manutenções preventivas, decidir entre reparo ou substituição de equipamentos, otimizar cronogramas de manutenção e gerenciar custos de forma mais eficaz;
  • Melhoria contínua: os indicadores ainda permitem uma abordagem de melhoria contínua, fornecendo informações sobre o desempenho atual e metas futuras. Ao estabelecer metas e monitorar indicadores-chave, as equipes de manutenção podem implementar ações corretivas e preventivas para aprimorar o desempenho, reduzir falhas, aumentar a disponibilidade e prolongar a vida útil dos ativos;
  • Gestão de recursos: indicadores de manutenção auxiliam na gestão eficiente de recursos, incluindo mão de obra, peças de reposição, ferramentas e tempo de inatividade. Com base nos indicadores, é possível planejar e agendar as atividades de manutenção de forma mais precisa, evitando interrupções não planejadas, minimizando paradas e otimizando o uso de recursos disponíveis.
  • Comunicação e prestação de contas: outra vantagem dos indicadores é que eles fornecem uma maneira clara e objetiva de comunicar o desempenho e os resultados da equipe de manutenção para a gestão e clientes. Eles facilitam a prestação de contas, a transparência e a demonstração do valor agregado pela manutenção.

O uso de indicadores de manutenção é fundamental para uma gestão eficaz e estratégica das atividades, ajudando a identificar problemas, tomar decisões fundamentadas, implementar melhorias contínuas e otimizar o desempenho dos ativos, contribuindo para o sucesso operacional e financeiro da empresa.

Veja também: Dashboard de manutenção: o que é e quais dados acompanhar

Quais são os principais indicadores de manutenção?

Existem doze principais indicadores de manutenção que sua empresa precisa conhecer e acompanhar. São eles:

MTBF – Mean Time Between Failures

O MTBF, ou Mean Time Between Failures, pode ser traduzido como tempo médio entre falhas.  Ou seja, aqui medimos o tempo de bom funcionamento do equipamento entre a manutenção e o aparecimento de uma nova falha.

O MTBF considera três intervalos: a primeira falha, o retorno à operação após a manutenção, e uma nova falha. A partir dele, é possível prever quando uma nova falha irá aparecer e se planejar com antecedência.

Para o cálculo do MTBF, existe uma fórmula que deve ser aplicada:

Fórmula de como é calculado o MTBF, sendo MTBF = (TD - TM) / P
MTBF = (TD – TM) / P

Para calcular o indicador, vamos usar os seguintes dados:

  • Tempo Real de Disponibilidade (TD): período em que o equipamento irá operar sem precisar de nenhuma interrupção para reparo; 
  • Tempo Total de Manutenção (TM): período em que o equipamento ficou parado por conta de manutenção e falhas; 
  • P (Parada): quantidade de vezes que o ativo ficou ocioso devido ao reparo.

Ou seja, vamos subtrair o tempo de manutenção do tempo de disponibilidade, e dividir esse número pela quantidade de paradas. O resultado será nosso MTBF.

Imagine que um equipamento está com disponibilidade integral de 24 horas para operar. 

Durante o dia, ocorreram três interrupções: uma hora, duas horas e 30 minutos (0,5 horas), totalizando 3,5 horas. Portanto: MTBF = [24 – 3,5] / 3 = 6,8333 horas ou 410 minutos.

O ideal é que o MTBF esteja sempre aumentando, porque mostra que o processo de manutenção preventiva está sendo realizado com sucesso. 

MTTR – Mean Time to Repair

Já o MTTR, ou Mean Time to Repair, representa o tempo médio de reparo. É o tempo entre a falha e o momento em que o sistema volta a operar após a manutenção, indicando a eficiência da equipe para efetuar o reparo do equipamento (quanto menor o MTTR, maior a eficiência do time).

O MTTR também pode ser calculado a partir de uma fórmula:

Fórmula de como é calculado o MTTR, sendo MTTR = Tempo Total de Manutenção / Número de Reparos
MTTR = Tempo Total de Manutenção / Número de Reparos

Voltando para o exemplo anterior, em que tivemos três paradas (número de reparos) totalizando 3,5 horas (tempo total de manutenção). Logo: MTTR = 3,5 / 3 = 1,1666 horas ou 70 minutos.

Ao contrário do MTBF, o MTTR deve ser cada vez menor, indicando que a equipe precisa de pouco tempo para realizar as manutenções corretivas necessárias.

Leia também: MTBF e MTTR: o que são e quais as principais diferenças?

Taxa de falhas

A taxa de falhas é um indicador muito usado no cálculo de outros indicadores de manutenção, como veremos mais adiante.

A taxa de falhas é o inverso do MTBF, e é representada na fórmula pela letra grega lambda (λ):

Fórmula de como é calculado a taxa de falhas, sendo λ = 1 / MTBF
λ = 1 / MTBF

Para descobrir a taxa de falhas de um equipamento, basta dividir 1 pelo MTBF. Pegando o exemplo anterior: λ = 1 / 6,8333 = 0,1463.

Disponibilidade inerente

A disponibilidade (também chamada de Availability) do equipamento está relacionada à sua capacidade de operar conforme o programado. Ou seja, mede a proporção do tempo em que um equipamento está disponível para uso.

Assim como o MTBF, a disponibilidade inerente deve estar constantemente crescendo, pois mostra que o equipamento está cada vez mais disponível para ser utilizado.

Para calcular a porcentagem da disponibilidade, vamos usar a seguinte fórmula:

Fórmula de como é calculado a disponibilidade inerente, sendo % Disponibilidade = (MTBF / MTBF + MTTR) x 100
% Disponibilidade = (MTBF / MTBF + MTTR) x 100

Vamos usar novamente o exemplo do equipamento que citamos acima. Se o MTBF é igual a 6,83 e o MTTR equivale a 1,16, concluímos que disponibilidade = 6,83 / (6,83 + 1,16) x 100 = 85,48%.

Confiabilidade

A confiabilidade, ou Reliability, é semelhante à disponibilidade. Regulamentada pela NBR 5462 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), ela pode ser definida como a capacidade do equipamento de desempenhar uma função sob determinadas condições e dentro de um intervalo de tempo.

Ou seja, a confiabilidade mede se o ativo é confiável considerando a probabilidade dele desempenhar bem suas funções. Tanto a confiabilidade quanto a disponibilidade são essenciais para elaborar o PCM.

A fórmula da confiabilidade é a seguinte:

Fórmula de como é calculada a confiabilidade, sendo: R (t) = e^⁻λ.t
R (t) = e^⁻λ.t

Para fazer essa conta, vamos precisar da constante de Néper (e), cujo valor é 2,7182, da taxa de falhas como vimos anteriormente (λ) e do período de tempo (t) em que esperamos que o ativo cumpra suas funções. É você quem define essa informação. 

Usaremos como exemplo o intervalo (t) de 10 dias. Conforme nosso cálculo anterior, sabemos que a taxa de falha (λ) é igual a 0,1463. Com isso: R (10) = e ⁻⁰⸴¹⁴⁶³ ̽ ¹⁰ = 58,81%.

Leia também: O que é confiabilidade e como calcular

CMF – Custo de Manutenção sobre Faturamento

O CMF (Custo de Manutenção sobre Faturamento) indica se o custo de manutenção, que envolve gastos como mão de obra, peças e ferramentas, entre outros, está dentro do esperado em relação ao faturamento da empresa.

Se você trabalha internamente dentro de um setor de manutenção de uma empresa, esse indicador pode ser valioso para comprovar os resultados da sua área. Se você é um prestador de serviço, pode utilizar o CMF para calcular o valor dos seus serviços.

Ainda, o CMF pode indicar que o custo de manutenção está muito alto e será necessário reavaliar as estratégias de manutenção.

Veja a fórmula para calcular esse indicador:

Fórmula de como é calculado o CMF, sendo: CMF = Custo Total de Manutenção / Faturamento Bruto x 100
CMF = Custo Total de Manutenção / Faturamento Bruto x 100

Imagine que uma indústria fabricante de itens de limpeza teve um gasto com manutenção de R$1 milhão durante o período de 1 ano. Neste mesmo intervalo de tempo, a empresa faturou R$25 milhões bruto. 

Temos: CMF = 1.000.000 / 25.000.000 x 100 = 4,00%. Para saber se essa porcentagem é boa ou ruim, será preciso fazer um comparativo de mercado para saber se esses 4% estão dentro de uma meta saudável para a empresa. O mais assertivo é compará-lo com a média do segmento em que sua empresa está atuando.

CPMV – Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição

O CPMV, ou Custo de Manutenção sobre Valor de Reposição, também é um indicador financeiro.

Com ele, é possível analisar o custo de manutenção empregado em cada equipamento e identificar se seria mais vantajoso continuar mantendo o ativo ou comprar um novo, por exemplo. 

Aconselhamos utilizar o CPMV para equipamentos de alta criticidade.

Calcular esee indicador não é difícil, mas antes precisamos entender o que é a sigla ERV (Estimated Replace Value). Traduzido com Valor Estimado de Troca, é a quantidade de capital que você terá que bancar para comprar um novo equipamento. 

Vamos aos números:

Fórmula de como é calculado o CPMV, sendo: CPMV = Custo Total de Manutenção / Valor de Compra de Um Novo Ativo x 100
CPMV = Custo Total de Manutenção / Valor de Compra de Um Novo Ativo x 100

Digamos que o orçamento do conserto de um ativo na empresa saiu R$4.000. Já o preço de um ativo igual, porém novo, seria de R$190.000. Assim: CPMV = 4.000 / 190.000 x 100 = 2,10%.

6% é o valor máximo aceitável para esse indicador dentro do período de um ano. Mas atenção!  Esse número pode variar conforme o equipamento e o segmento — em alguns casos, o CPMV não pode passar de 2,5%.

Para um resultado positivo, precisamos encontrar um número menor do que os estipulados. Caso contrário, é mais vantajoso comprar um novo equipamento do que continuar mantendo o antigo.

CMUP – Custo de Manutenção sobre Unidade Produzida

Já o Custo de Manutenção sobre Unidade Produzida (CMUP) se refere aos gastos com manutenção em relação à precificação dos produtos.

O objetivo do CMUP é conhecer o quanto o custo de manutenção (materiais, mão de obra, impostos, etc) impacta o preço final de cada unidade de produto fabricado em uma indústria.

A fórmula é simples:

Fórmula de como é calculado o CMUP, sendo: CMUP = Custo de Manutenção / Total de Unidades Produzidas
CMUP = Custo de Manutenção / Total de Unidades Produzidas

O ideal é que esse valor não seja tão alto a ponto de impactar nos preços da empresa.

HH – Empregado por Tipo de Manutenção

HH é uma sigla para o termo Homem Hora. Para entender esse indicador, precisamos levantar o total de Homem Hora investido (isso pode ser controlado pelas ordens de serviço) e segmentar por tipo de manutenção aplicada. 

O ideal é que 80% do tempo de mão de obra seja investido na manutenção planejada, como as preventivas. Por outro lado, se o HH for maior nas manutenções corretivas, é sinal que seu plano de manutenção precisa ser revisto.

Fator de Produtividade da Mão de Obra

Também conhecido como Wrench Time, o Fator de Produtividade da Mão de Obra é o tempo gasto pelo colaborador em suas atividades. Esse fator deve considerar somente o tempo produtivo, ou seja, excluindo o tempo gasto com deslocamento, pausas, intervalos e outras interrupções.

Ainda que o técnico trabalhe por um período de 8 horas, ele gasta tempo com atividades como deslocamento até o posto de trabalho, pausa para descanso, atrasos e ociosidade em geral, de modo que seu tempo produtivo representa apenas uma porcentagem da jornada diária.

Considerando que os técnicos não estão disponíveis 100% do tempo, precisamos levar em conta alguns pontos:

  • Tempo produtivo: é o período real utilizado pelo técnico para deixar tudo nos conformes (por exemplo, colocar um ativo de volta em operação de forma 100% eficiente);
  • Deslocamento até o equipamento: considere aqui se há uma rota para chegar ao cliente, por exemplo;
  • Obtenção de ferramentas e materiais: o técnico precisou sair para obter cabos ou peças para que não estavam no planejamento inicialmente? Isso conta por aqui;
  • Pausas autorizadas: horários de almoço, idas ao banheiro, etc; 
  • Atrasos de coordenação: mudanças no planejamento ou refação de serviços;
  • Recebimento de instruções: o momento onde aquela peça esperada que atrasou a entrega chegou;
  • Ociosidade geral: distração da equipe com conversas, por exemplo; 
  • Atrasos e términos adiantados: geralmente analisado com base no ponto que o técnico bate, se com atrasos ou contando horas extras;
  • Ociosidade por excesso de mão de obra: existem mais profissionais do que demanda de trabalho? Isso também deve ser considerado e incluído nessa análise.

Faça uma estimativa média de cada um desses tópicos por membro da equipe e obtenha o indicador necessário em forma de porcentagem.

Por exemplo: se consideramos uma jornada de 8 horas, sabemos que apenas 4 dessas horas são de tempo produtivo; o restante é gasto com os fatores que vimos acima. Portanto, o Fator de Produtividade da Mão de Obra é de 50%.

Backlog

Backlog é compreendido como o tempo levado pelos técnicos para efetuar todos os serviços, apontando a relação entre as demandas de serviços e a capacidade que os profissionais têm de atendê-los.

Por ser um indicador de tempo, o cálculo deve ser dado em minutos, horas, dias, semanas, meses, etc. Ao somar todas as pendências, a fórmula do backlog permite calcular qual o tempo necessário para concluir todas as demandas com base na mão de obra disponível.

Para calcular o backlog, vamos precisar do Fator de Produtividade e também do número de HH distribuído pelas ordens de serviço recebidas pela empresa. O HH total é o tempo disponível para conclusão das tarefas, podendo ser medido em semanas, meses ou outros períodos.

Por exemplo: se sua empresa conta com três funcionários e cada um deles trabalha 40 horas por semana (8 horas ao dia), seu HHT é de 120.

Além disso, vamos precisar levantar os seguintes dados:

  • HH OS: para referência, vamos usar o termo ordens de serviço (OS) para representar cada demanda recebida. O tempo de trabalho necessário para cada serviço será representado na fórmula como hora-homem ordem de serviço, ou seja, o tempo estimado para conclusão daqueles chamados. É preciso estimar o tempo HH para executar cada serviço, bem como calcular o tempo gasto efetivamente;
  • HH disponível: homem-hora disponível é a multiplicação de homem-hora total pelo fator de produtividade. Ou seja: considerando o tempo produtivo da sua equipe (fator de produtividade) e HH total (tempo estimado para conclusão do serviço), obtemos a capacidade.

Com isso, a fórmula para HH disponível deve ser:

Fórmula de como é calculado a hora homem, sendo: HH disponível = HH total x Fator de produtividade (%)
HH disponível = HH total x Fator de produtividade (%)

Tendo esse dado em mãos, vamos calcular o backlog da seguinte forma:

Fórmula de como é calculado o backlog, sendo: Backlog = Σ HH OS planejadas + Σ HH OS pendentes + Σ HH OS programada + Σ HH OS executadas ÷ HH disponível / HH disponível
Backlog = Σ HH OS planejadas + Σ HH OS pendentes + Σ HH OS programada + Σ HH OS executadas ÷ HH disponível / HH disponível

Vamos usar como exemplo o período de uma semana (cinco dias úteis) Imagine que precisaremos de 30 HH para concluir as OS planejadas, 10 HH para as OS pendentes, 20 HH para as OS programadas e 45 HH para as OS já executadas.

Já o HH total, como falamos acima, é o número de funcionários multiplicado pelo número de horas. No exemplo que usamos, chegamos a 120 HHT. E o fator de produtividade dos colaboradores da empresa (ou seja, o tempo produtivo) é de 50% da jornada, ou 4 horas.

Com isso, calculamos que: HH disponível = 120 x 0,5 = 60, portanto Backlog = 30 + 10 + 20 + 45 / 60 = 1,75.

O resultado ideal do cálculo do backlog deve ser 1. Caso sua empresa obtenha um resultado maior, significa que possui muito serviço para pouca capacidade, e a tendência é que as demandas se acumulem.

Por outro lado, se o resultado for menor que 1, é porque a empresa possui muita equipe disponível, mas poucos serviços em demanda.

Leia também: O que é backlog manutenção e como calcular

Cumprimento dos planos de manutenção preditiva e preventiva

Como mencionamos anteriormente, o ideal é que os equipamentos priorizem a manutenção preditiva e preventiva, de modo que a manutenção corretiva seja apenas emergencial, quando necessário.

Para esse processo, uma boa opção é elaborar um plano de manutenção.

O Kit Plano de Manutenção do Produttivo é um material gratuito para te ajudar no calendário de manutenções estratégicas e assim aproveitar os equipamentos ainda mais.

Veja como usar o Plano de Manutenção na prática:

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Qual é a classificação dos indicadores de manutenção?

Quando falamos de dados e indicadores de manutenção, precisamos entender a definição de três pilares: indicadores estratégicos, indicadores táticos e indicadores operacionais.

As descrições abaixo vão te ajudar a entender o conceito de cada um desses indicadores.

Indicadores estratégicos

Os indicadores estratégicos estão diretamente ligados ao planejamento estratégico da empresa. São metas e números macro que, geralmente, são definidos com base na visão e valores do seu negócio.

Por exemplo, o crescimento do número de clientes. Com quantos clientes você iniciou o ano e com quantos a mais pretende fechar daqui a 3, 5 ou 10 anos? E como pretende chegar lá? 

Essa meta é definida pela alta administração, como diretores e sócio-proprietários.  Os responsáveis também devem propor diretrizes para a equipe alcançar esses objetivos Essas metas, por sua vez, devem ser desdobradas nos indicadores táticos (tópico abaixo).

Uma boa aposta para estabelecer os indicadores estratégicos é a análise SWOT (Strengths, Weaknesses, Opportunities e Threats, ou Forças, Fraquezas, Riscos e Oportunidades). 

Através da SWOT, você vai fazer um raio-X do seu negócio, colhendo todas as informações (internas e externas que possui). Aqui entram dados como:

  • Reclamações e elogios de clientes; 
  • Pesquisas internas e externas; 
  • Análise de concorrentes; 
  • Análise do panorama geral político e econômico; 
  • Indicadores dos seus serviços e da equipe;
  • Qualquer outra informação relacionada ao setor que você atua.

A ideia é identificar como você se encontra hoje, aonde quer chegar e quais são as suas forças, fraquezas, riscos e oportunidades nesse cenário.

Dica: medir a satisfação do seu cliente através do indicador de Net Promoter Score (NPS) logo após as visitas técnicas ou finalização dos serviços é um ótimo caminho para você saber no que está acertando e no que pode ter algum ponto de atenção e otimizações.

modelo de pesquisa de satisfação para baixar

Indicadores táticos

A análise e o controle dos indicadores táticos é feita pelo engenheiro responsável ou pelo coordenador da equipe.

Aqui envolvemos as metas gerenciais, de médio prazo, que mostram os resultados dos processos internos. Vale pensar que esses indicadores devem contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos gerais da empresa.

Por exemplo:

  • Tempo de atendimento dentro do prazo;
  • Pontualidade e assiduidade;
  • Preenchimento padronizado de checklists e ordens de serviço;
  • Fotos de qualidade;
  • 100% de cobertura das OS.

Veja no gráfico abaixo um exemplo de indicadores táticos:

Relatório Volume de Trabalho

Ter informações como essas facilita a planejar rotas, a entender a complexidade de cada cliente e qual técnico pode atender melhor as necessidades dele e até entender o desempenho de cada profissional, gerando assim promoção e reconhecimento. 

Analisar dados tangíveis como esses elevam a qualidade dos serviços e encurtam o caminho para chegar aos resultados positivos.

Indicadores operacionais

Pegando um gancho da dica anterior, os indicadores operacionais envolvem os colaboradores de forma plena, pois eles têm um papel fundamental e contribuem ativamente para os objetivos estratégicos da organização.

Os resultados desses indicadores são utilizados e controlados por supervisores e técnicos.

Por exemplo: vamos pensar sobre o histórico dos equipamentos. Se sua equipe possui informações operacionais, como quais peças foram trocadas, quantas vezes o ativo foi inspecionado em um período de tempo, entre outras, é possível usar tudo isso para padronizar e agilizar os atendimentos em campo, evitando retrabalhos ou gastos desnecessários durante as manutenções. 

Olha só o gráfico a seguir:

Exemplo de indicadores operacionais

Esse é um exemplo de relatório de alertas gerados pela equipe externa. Com a ajuda da evolução tecnológica do segmento da manutenção, já é possível ter um acompanhamento efetivo dos ativos, gerenciando de forma estratégica as inspeções, antecipando os problemas e focando em soluções inteligentes.

Como analisar corretamente os indicadores de manutenção?

Separamos algumas dicas para você aproveitar melhor os indicadores de manutenção e seus resultados, olha só:

Tenha objetivos claros

É sempre bom lembrar que as metas traçadas lá nos indicadores estratégicos precisam ser claras, objetivas e alinhadas com a equipe de ponta a ponta.

Assim, as chances de gerar ruídos de comunicação são quase nulas e as análises dos resultados serão fiéis às expectativas geradas.

Categorize as informações por quantitativas e qualitativas

Sim, existem dois métodos de análise que precisam ser separados e categorizados para te ajudar a ter uma visão ainda mais estratégica e compreensível das métricas propostas.

Com a análise quantitativa o resultado é numérico. Por tanto, ela tem como característica principal ser racional, mais objetiva.

Já a qualitativa é um pouco mais complexa pois depende da particularidade de cada objeto de estudo. Por isso, agregar conhecimento e aplicar novas técnicas do mercado ajudam muito na tomada de decisão.

Utilize ferramentas estratégicas para gestão

Por falar em gestão, ter o controle das ordens de serviço e dos relatórios fotográficos durante as manutenções é fundamental para pensar estrategicamente em melhorias contínuas.

Para isso já existem sistemas e aplicativos, como o Produttivo, que auxiliam nesse acompanhamento. 

Com o Produttivo, é possível personalizar seu próprio padrão de ordem de serviço com muita facilidade e autonomia. Você configura uma única vez e o sistema gera todas suas ordens de serviço automaticamente no modelo configurado.

Faça um teste grátis e veja todos os benefícios na prática!

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Mapeie hipóteses e cenários distintos

Fazer o exercício de pensar em hipóteses para analisar dados é um processo interessante, especialmente para gerar aprendizado e melhoria contínua. Sempre que notar um problema ou uma oportunidade para sua empresa, anote os processos envolvidos e tudo o que foi realizado, além dos testes realizados nos reparos propostos.

Caiu o desempenho da equipe em campo e você acha que a queda tem relação com a insatisfação dos colaboradores ou falta de suporte e treinamentos? Aqui está uma boa oportunidade de pontuar o que pode ser melhorado com base nas informações colhidas durante os atendimentos e feedbacks do time.

Para não ficar no achismo, é importante comprovar as hipóteses por meio de ferramentas de qualidade, como análise de causa raiz, árvore de falhas e outros métodos.

Compartilhe os indicadores de manutenção

Compartilhar os dados com outros líderes ou profissionais da empresa é fundamental para que eles possam dar uma segunda opinião às informações apresentadas.

A colaboração das equipes neste aspecto pode aumentar a produtividade — um dado pode ser interessante para mais de um setor do que para outro, e com isso todos ficam alinhados e chegam no objetivo geral da empresa mais rápido e com mais eficiência.

Como apresentar os indicadores de manutenção para a equipe?

Os indicadores de manutenção não devem ficar só com a gestão; apresente com clareza os indicadores para a equipe e o caminho para alcançá-los. Durante a apresentação, certifique-se que todos estão à vontade para opinar e contribuir com as suas opiniões.

Transforme os dados em estratégias, e por meio deles mostre ao time o porquê de determinado resultado, a identificação de problemas e, mais do que isso, a conclusão e definição de soluções. 

Além de trazer segurança à equipe, essa metodologia pode abrir portas para novas ideias e melhorias.

Planilha gratuita para calcular os indicadores de manutenção

Para te ajudar a calcular os indicadores de manutenção da sua empresa, o Produttivo criou a Planilha Indicadores de Manutenção, um material totalmente gratuito que faz o cálculo automaticamente.

A planilha já vem pronta para uso, basta substituir as informações de exemplo com os números da sua operação. Olha só:

O material já vem com fórmulas prontas para calcular:

  • MTBF;
  • MTTR;
  • Taxa de falhas;
  • Disponibilidade;
  • CPMV;
  • CMV;
  • CMUP.

Para ter acesso ao material, é só clicar aqui e fazer uma cópia da planilha ou baixar no seu computador e preencher com as informações corretas.

Você pode fazer isso acessando o menu “Arquivo” e depois clicando em “Fazer uma cópia” para editar online no Google Sheets ou em “Fazer o download” para editar no Excel no seu computador.

Para calcular os indicadores, basta substituir os números de exemplo com as informações corretas da sua empresa. O campo ‘Fórmula’, que está presente em todos os indicadores, já vem com a fórmula correta de cada indicador, portanto não precisa alterar esse campo. Basta alterar os números que a fórmula faz o cálculo automaticamente.

Como a tecnologia pode ajudar no acompanhamento dos indicadores de manutenção?

Os indicadores de manutenção podem ser acompanhados de forma manual, mas a tecnologia agiliza esse processo para que você possa fazer a análise de forma automatizada e assim direcionar seus esforços para outras áreas.

Com o Produttivo, por exemplo, todas as informações registradas nas ordens de serviço, relatórios e checklists ficam armazenadas no sistema e podem ser acompanhadas em formato de gráficos fáceis de entender.

Vamos ver como os indicadores de manutenção são mostrados no software:

Ilustração de como os indicadores de manutenção podem ser observados no software do Produttivo

O painel do gestor ajuda nos insights necessários para chegar nos resultados. São mais de 8 gráficos que geram:

  • Relatórios de preenchimentos realizados;
  • Relatórios de alerta;
  • Relatório de volume de trabalho;
  • Relatório de tempo de atendimento;
  • Indicadores de inspeção. 

Além disso, o Produttivo conta com recursos como:

  • Modelos digitais de relatórios de manutenção, ordens de serviço e checklists para diversos segmentos;
  • Fotos ilimitadas tiradas na hora, com marcação de hora e GPS; 
  • Questões de conformidades com alertas e pontuação;
  • Orçamento com cálculo automático de peças e serviços;
  • Histórico para o acompanhamento das visitas técnicas;
  • Relatórios personalizados com as cores e logo da sua empresa;
  • Assinatura digital; 
  • Funcionamento offline;
  • QR Code e link exclusivo para abertura de chamado;
  • E muito mais!
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