Como calcular Custo de Manutenção?

A gestão de custos de manutenção é muito importante para a operação de toda empresa. 

Os seus gastos devem ser administrados com o intuito de impedir investimentos desnecessários, além de auxiliar na redução de orçamento de manutenção, sem perder a eficiência do trabalho. O custo de manutenção está relacionado com a mão de obra, ferramentas, peças de reposição, entre outros elementos. 

A partir de agora, explicaremos quais são os tipos de custos de manutenção, como calcular o custo de manutenção e como reduzi-lo no dia a dia da operação.

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Quais são os tipos de custos de manutenção? 

Para entender melhor o que são custos de manutenção, é importante classificá-los da seguinte forma: 

  • Custos Diretos
  • Custos Indiretos;
  • Custos Induzidos. 

Vamos explicar, resumidamente, cada um deles. 

Custo Direto

Os custos diretos estão relacionados com as atividades que fazem parte do dia a dia da operação:

  • Peças de reposição;
  • Ferramentas;
  • Mão De obra;
  • Insumos;
  • Serviços.

Custo Indireto

Já no custo indireto, é possível adicionar a depreciação de equipamentos:

Como se sabe, com o passar do tempo, os ativos perdem o valor naturalmente, seja pelo seu uso ou pelo desgaste dos componentes. Então, é necessário fazer manutenções para que eles voltem a funcionar corretamente. 

Custo Induzido

Por fim, o custo induzido surge pelos impactos que são gerados na cadeia produtiva, como um problema no setor de manutenção. 

Aqui, é possível colocar como exemplo uma equipe que teve que fazer hora extra em virtude de um problema que surgiu em um determinado equipamento.

Conhecer essa classificação é fundamental para fazer a análise corretamente. Assim, tanto a gestão financeira quanto a gestão de dados podem ser organizadas de forma clara e com eficiência. 

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Como calcular Custo de Manutenção? 

Existem inúmeros indicadores de desempenho utilizáveis na manutenção. Eles têm propósitos variados de acordo com as metas a serem atingidas pelo seu time.  Alguns deles são:

  • Gastos com Manutenção em Percentual do RAV (Custo de Reposição do Ativo);
  • Valor do estoque de materiais e peças de reposição de MRO (Manutenção, Reparo e Operação) expressos em percentual do RAV;
  • Custo de manutenção por unidade produzida;

Por exemplo, os gastos absolutos de manutenção, convertidos em percentual do RAV, vão demonstrar em quanto tempo os ativos em serviço poderiam ser substituídos por novos. 

Vamos exemplificar e calcular: 

  • Custo anual total de manutenção de R$ 1.000.000,00 
  • Valor para reposição das máquinas e equipamentos em uso de R$ 20.000.000,00.

RAV =R$ 1.000.000,00/R$ 20.000.000,00 = 0,05 * 100 = 5%.

Já o  valor do inventário de materiais e peças de reposição de MRO (Manutenção, Reparo e Operações) se refere a todo o estoque das unidades fabris em avaliação. 

Isso inclui o estoque em consignação e o estoque gerenciado pelo fornecedor, caso  houver. 

De acordo com o SMRP, nas melhores indústrias esse indicador fica abaixo de 1,5%, ou seja, o valor do estoque de materiais e peças é menor que 1,5% do Custo de Reposição do Ativo (RAV).

Por fim, o exemplo do custo do consumo energético que pode ser melhorado entre 5% a 10% dependendo do programa de manutenção adotado e das metas da empresa. 

Quanto maior a participação da manutenção preventiva e preditiva, melhor a eficiência energética dos processos.

Como reduzir os custos com manutenção? 

A partir de agora, mostraremos algumas dicas para que você aprenda como reduzir os custos com manutenção.  Acompanhe! 

Crie planos de manutenção com prioridades 

Recomendamos contar com o apoio da Matriz de Criticidade e do Plano de Manutenção. Essas são ferramentas que ajudam a escolher quais são as ações de manutenção mais indicadas para a operação e suas periodicidades. 

Na Matriz de Criticidade, a Curva ABC é utilizada como base, uma vez que ela consegue focar na classificação de máquinas e equipamentos conforme o impacto de falhas em vários critérios.

Imagine, por exemplo, gerador. Se ele apresenta riscos para a segurança do operador e do meio ambiente, se a produção é interrompida por completo devido a sua ausência, se a qualidade do produto final é afetada e se o custo de manutenção está dentro do orçamento, provavelmente, ele deve ser classificado como prioritário.

Após analisar os equipamentos de acordo com os critérios acima, você pode classificá-los conforme a criticidade.

  • Criticidade A: indispensáveis para a operação, como no exemplo acima; 
  • Criticidade B: médio impacto. O problema não impacta de forma drástica a produção, a segurança e a operação;
  • Criticidade C: a falha não influencia diretamente a produção. 

A partir daí, você consegue trabalhar com prioridades, focando naquilo que traz não só custos de manutenção, mas que afetam negativamente a produção e a qualidade do trabalho. 

E é aqui que entra o papel do Plano de Manutenção, uma planilha onde você define datas, quem irá executar a manutenção, em qual período de intervalo, etc. 

Veja um exemplo abaixo: 

Plano de Manutenção Modelo em Excel

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Descubra o MTBF do ativo 

Uma dica interessante é fazer o cálculo do tempo médio entre as falhas, isto é: o período de tempo que houve um problema em um ativo e quando ocorrerá o próximo defeito na máquina. 

É muito importante descobrir esse valor porque, quanto menos tempo um equipamento permanece em manutenção, menos problemas você terá com gargalos, furos no estoque, atrasos na entrega e desperdício de recursos.

Para fazer o cálculo do MTBF, é necessário contar com três variáveis: tempo real de disponibilidade (TD), tempo total de manutenção (TM) e P.

O TD se refere ao período em que um ativo pode operar sem reparo. Já o TM é o período em que um equipamento ficou inerte devido a manutenção e falhas. O P é o número de vezes em que um ativo não foi utilizado por causa de um reparo.

Quer entender como funciona? Veja o exemplo abaixo!

  • Gerador: disponibilidade integral de 24 horas;
  • Interrupções: três (uma hora, duas horas e 30 minutos (0,5 horas). 

MTBF = [24 – (1 + 2 + 0,5)] / 3 = 6,8333 horas ou 410 minutos

A partir daí, você consegue desenvolver estratégias para resolver um gargalo que está ligado ao equipamento, fazendo com que o ativo fique menos tempo parado na manutenção. É mais produtividade para a sua empresa e menos custos com reparos.

Conheça o MTTR da sua equipe 

O MTTR se refere ao período em que um equipamento ficou parado em manutenção.

Descobrir esse dado é fundamental para entender o quanto tempo é necessário aguardar a solução do problema. Se o período for maior que o permitido, vale, por exemplo, investir em um ativo temporário. Um bom valor de MTTR é aquele em que o número fica sempre baixo.

Nunca é demais lembrar que nem sempre o MTTR está relacionado com o MTBF, uma vez que ele utiliza apenas duas variáveis: o TM e o P.

A fórmula para descobrir o MTTR = (Tempo total de reparo) / (quantidade de falhas)

Ao utilizar o mesmo exemplo acima, é possível ter a seguinte fórmula:

MTTR = (1 + 2 + 0,5) / 3 = 1,1666 horas ou 70 minutos

O MTTR será: 0,5 horas ou 30 minutos, ou seja: período em que sua equipe deve concluir o reparo. Ele ficará ativo a cada 11,5 horas, a indisponibilidade será de 30 minutos.

planilha orçamento prestação de serviços

Use um plano de manutenção emergencial 

Trata-se de um plano em que é aplicado manutenção corretiva não planejada. Nele, a operação já tem conhecimento sobre como resolver o problema de forma mais ágil.

Ou seja: quando um equipamento tem pane elétrica, quais são as estratégias de manutenção que precisam ser executadas? Existe alguma norma de segurança que é necessário acrescentar?

Lembrando que este é um plano emergencial, que deve ser evitado através do planejamento e do investimento em manutenção preventiva sempre! 

Registre as ocorrências dos equipamentos 

O histórico de anomalias ajuda a entender os motivos pelos quais ocorrem as falhas e como evitá-las pelos próximos dias.

Além disso, tendo um histórico dos equipamentos os técnicos responsáveis irão entender exatamente o que já foi feito no ativo, evitando retrabalhos e ajudando nas tomadas de decisões mais assertivas.

Invista na manutenção preventiva 

De acordo com a NBR 5462, a proposta da manutenção preventiva é atuar com prevenção para impedir anomalias nos ativos, além de evitar manutenções que não estavam agendadas e acidentes na rotina de trabalho. 

A manutenção preventiva é planejada para determinados períodos, sendo mais econômica que o custo da manutenção corretiva. 

No segundo caso, o prejuízo é maior, pois o ativo permanece inerte por mais tempo, além disso, o reparo é mais lento se for comparado com outros tipos de manutenção.

Use a tecnologia a seu favor

Ferramentas, como o aplicativo do Produttivo, podem influenciar no aumento de agilidade, menos retrabalho e até em novas oportunidades de negócio para a sua empresa. 

A tecnologia permite acompanhar a performance da sua equipe em tempo real.

Você utiliza dados e análises mais completas, que ajudam a administrar os custos de manutenção.

Ao todo são 8 gráficos de desempenho que auxiliam no controle de toda a operação. 

Veja alguns exemplos: 

Software de manutenção do Produttivo para controle automático dos serviços

Relatório de preenchimentos realizados 

Aqui fica todo o seu histórico de serviços e todos os relatórios gerados por sua equipe. Você pode filtrar por cliente, responsável técnico, data, tipo de serviço e várias outras informações. Você encontra facilmente e em poucos cliques qualquer informação que desejar. 

Relatório Preenchimento Realizados

Relatório de alertas 

Os alertas representam problemas ou pontos de atenção que foram identificados durante as inspeções e serviços realizados pela equipe em campo. Como você vê na imagem acima, os gráficos apresentam os alertas mais recentes e os mais frequentes, em uma visualização simples de entender e super organizada.

A partir deles você pode mapear planos de ação e até já deixar alguns serviços agendados. 

Relatório de Alertas

Relatório de volume de trabalho

Um importante indicador para as empresas é a quantidade de trabalhos realizados. Com esse indicador você consegue:

  • Mensurar a produtividade;
  • Mensurar o crescimento da empresa;
  • Identificar a necessidade da contratação de mais colaboradores, ferramentas ou softwares para atender o crescimento da demanda.

Além de agrupar por mês o colaborador, também é possível filtrar por locais/recursos, formulário e data, permitindo fazer diversas análises, como o cliente que esta demanda mais trabalho, qual serviço está sendo mais recorrente e por quem, possíveis quedas em demandas específicas e vários outros. 

Relatório de Volume de Trabalho

Relatório de tempo de atendimento

O tempo de atendimento é uma métrica crucial para manter qualidade dos serviços prestados e implica diretamente na satisfação dos clientes. Tendo esse indicador é possível:

  • Manter a qualidade e rapidez dos atendimentos;
  • Monitorar SLAs;
  • Mensurar a produtividade;
  • Identificar gargalos no processo. 
Relatório de Tempo de Atendimento

Indicadores de Inspeção

Com esses indicadores você tem um panorama completo de como estão seus ativos. Como ilustrado na imagem acima, cada barra representa a pontuação atingida na aplicação dos checklists de inspeção e auditoria.

Os gráficos podem ser visualizados em 4 tipos de agrupamentos:

  • Agrupado por Local/Recurso;
  • Agrupado por Atividade;
  • Agrupado por Seção;
  • Agrupado por Outros Critérios. 
Indicadores de Inspeção

Graças a essa ferramenta, é possível acompanhar as atividades e o desempenho da equipe de maneira simples; programar suas atividades recorrentes e criar um plano de ação para corrigir algum problema a partir do alerta. 

A partir desses dados e recursos, o gestor consegue definir indicadores de desempenho (KPIs) para descobrir se a sua equipe de manutenção está fazendo um trabalho eficiente e quais são os pontos que precisam de ajustes. 

Tudo isso garante agilidade, padronização e confiabilidade para toda a operação.

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